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quinta-feira, 25 de julho de 2019

#248 PRAÇA ROOSEVELT: DA MARGINALIDADE À QUERIDINHA DA GALERA

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Vão aprontar o quê nesse fim de semana?


Eu detesto pontos turísticos. Isso vocês já estão carecas de saber. Claro que eles são pontos turísticos por algum motivo: pela história ou pela importância que ele teve em algum momento. Mas, na minha opinião, um ponto só é ponto turístico por causa do boca-a-boca. Eu tenho outra tese também e essa é de Antropologia, mas aí duraria horas e ficaria bem chato. 

Mas, enfim... vamos falar de um lugar hoje que eu demorei bastante para conhecer e que sempre foi muito frequentado pela galera das artes.
Vamos fazer vários nadas na PRAÇA ROOSEVELT?


Tudo começou lá no século XIX, quando Dona Veridiana Prado ( uma mulher da elite paulistana. Não, não foi best friend da Marquesa de Santos. Mas também foi muito importante e com grandes amigos babadeiros da época) tinha um sobrado ao lado da Igreja da Consolação, onde ela vinha passar as férias.

Com o tempo, a elite paulistana deixou de lado o Centro de São Paulo, por causa da baixa do café e assim, ali também foi o Velódromo de São Paulo, o primeiro estádio de futebol da cidade, até que nos anos 1940, o terreno foi cedido à Prefeitura para que fossem construídas novas ruas e avenidas, incluindo a abertura da Avenida Ipiranga.

Mas, foi em 1950 que tudo começou a mudar. A praça foi asfaltada por causa do desnivelamento da rua e com isso, os casarões que foram abandonados, tiveram que ser demolidos, devido a uma revitalização no espaço.

Foi a partir daí, que a Praça, ainda sem nome, começou a ganhar vida. Na época da ditadura militar, lá na década de 1960, teve a sua fase áurea: atores, intelectuais e artistas, se reuniam para passar o tempo, discutir assuntos importantes, ter o seu momento de lazer, pois ao redor existiam boates, cinemas e bares... realmente era um reduto boêmio cuja nata artística de São Paulo se encontrava para colocar as fofocas em dia.

Bem, tudo o que é bom dura pouco, certo? Certo! Logo, o prefeito da época, Faria Lima ( esse mesmo do metrô), decidiu que queria construir um projeto arquitetônico: um centro cultural para mais de 1000 pessoas e um centro educacional. Contratou arquitetos renomadíssimos, como o Paulo Mendes da Rocha ( o que projetou o Mube), mas tinha concreto demais, pouco verde e foi um desastre. O projeto deu errado a ideia foi abandonada.

Mas, nada tão ruim que não possa piorar. Não é verdade? Errado! Jânio Quadros assumiu a prefeitura em 1986 e quis construir garagens ao seu redor. A Praça já não era bem vista aos olhos das pessoas e nada do que fizesse ali, conseguiria atrair público ou respeito dos outros.
Tentaram fazer diversas coisas para que a Praça Franklin Roosevelt ( em homenagem ao presidente americano na época), para que se tornasse o marco da cidade, igual a Pinacoteca e o Theatro Municipal de São Paulo.

Então, como não passava de uma piada na época, ninguém queria investir e as poucas empresas que tinham ali, foram embora.
Se esqueceram da Praça Roosevelt e durante a década de 1990, foram a vez do abandono, sujeira, usuário de drogas e degradação tomarem conta.

Mas, tudo começou a mudar com a chegada dos Satyros, no ano de 2000, uma companhia de teatro que resolveu se instalar por lá para chamar o público para assistir as suas peças.
Era preciso coragem, pois ali estava tomado pela violência, tráfico de drogas, assaltos e outras coisas horríveis que impediam as pessoas de circularem livremente, se tornando na época, um dos lugares mais perigosos de São Paulo.

Mas, foi pela insistência dessa galera que viram um potencial no lugar, foi um chamariz para novos grupos de teatro chegarem e a partir daí, travaram uma guerra com a Prefeitura para que reformassem o local, para que as pessoas ocupassem um lugar que, no passado, havia sido feliz.

Mas, foi só em outubro de 2012, que a Praça Roosevelt renasceu. Depois de tanta luta, batalha, brigas para que ela fosse tratada do jeito que se deve, hoje a Praça Roosevelt brilha de uma forma muito intensa.

Hoje, os frequentadores são um público bem diversificado. Skatistas são muito bem vindos, devido ao chão liso e os corrimãos e um chão perfeito para andar de patins.

A vista para o Minhocão é linda e dá para passar uma tarde inteira, vendo a movimentação da galera. São mais de 200 árvores, um cachorródromo para você andar com o seu Bidu e um policiamento 24 horas para a galera que precisa sentir a sensação de segurança. O que é otimo!

E sim, hoje a Praça Roosevelt é um lugar muito bem frequentado e feliz. Nem de longe, lembra o passado terrível que foi um dia.
Além disso, na praça mesmo, há dois restaurantes que ainda não comi, mas nos dois dias que eu fui, estavam bem cheios.

E como estamos no reduto da arte e da cultura, ao redor, há inúmeros lugares que eu espero ir logo para colocar por aqui:
Espaço Parlapatões, Os Satyros, Teatro de Arena Eugênio Kusnet, a Igreja da Consolação, Bar Mister Cult, Bar Rose Velt, Lekitsh Bar, são alguns dos espaços para quem não quiser ficar somente na Praça e na hora de bater a fome, fazer um rango por ali por perto.

Pois é, estão vendo como ter visão pode fazer tudo melhorar? Nada como a insistência e a vontade de fazer algo e melhorar a situação de alguém ou algum lugar. É fazendo isso que muitas coisas andam. É preciso ter mentes fortes em prol da nossa cidade.
Ocupá-la do jeito correto. É trabalho de formiguinha, mas vale a pena.

Endereço: Praça Roosevelt - Centro / República
Telefone: 113129 5248
Aberto 24 horas
GRATUITO
POSSUI WI-FI
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO


That's all, andarilhos. Vamos cuidar do que é nosso. Só assim podemos aproveitar tudo aquilo de bom. Sabe aquele lugar pertinho de você que está abandonado e que ninguém liga? Comece por você. Você vai se sentir bem.


Beijos revitalizados e até sábado.


quinta-feira, 27 de junho de 2019

#240 CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL + EXPOSIÇÃO: VAIVÉM - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Já estão se preparando para as férias?


Vocês bem sabem que eu amo exposições. Sim, sempre gostei e esqueço da vida e do tempo quando eu vou em uma.
Sempre achei um rolê divertidíssimo. Mesmo quando eu era mais nova.
O lugar de hoje já apareceu por aqui e o considero um dos mais bonitos que São Paulo tem. E também um dos mais icônicos.


E hoje eu quero te convidar para ir nessa mostra com um assunto bem diferentão. Vamos conhecer o CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL e ver a EXPOSIÇÃO: VAIVÉM?

Qualquer coisa pode render assunto. Mesmo. Mas, esse tema é muito mais cultural do que se parece.

Sabe aquela rede de balançar? Aquela mesmo de ficar à toa? Então, é isso que essa exposição nos conta. 
Que o uso dessa rede sempre foi e sempre será a nossa identidade e busca explorar essa relação entre a rede e ser humano.

Com curadoria do Rafael Duarte, crítico de arte e historiador, reúne mais de 300 obras lindíssimas distribuídas nos 4 andares do CCBB, além do subsolo com aquele cofre ( que eu morro de medo).

Muito associada à preguiça, malandragem e vadiagem, a rede já era usada pelos indígenas, bem antes dos portugueses chegarem aqui e fazerem a festa do caqui.
Inclusive na carta do Pero Vaz de Caminha enviada ao Rei de Portugal, ele cita a rede no texto.

Então, não existe nada mais brasileiro do que ficar se balançando. Do que dormir na rede, do que trabalhar na rede Sim, gente, trabalhar. Qual é o problema de se trabalhar deitado? Precisamos aprender muito com os índios.

As obras passeiam entre quadros, gravuras, pinturas, esculturas, selos, HQs do Zé Carioca mostrando o malandragem brasileira ( Só para constar, o Zé Carioca é um personagem brasileiro quando a Disney resolveu nos homenagear. É assim que somos vistos por lá. Só para lembrar.), entre outros.

É incrível como uma simples rede pode ter tanta história para contar. E para você ver como a desigualdade sempre existiu, até quando a pessoa morria, o jeito de se carregar uma rede e o tecido eram diferentes.
Pois bem, as fotos estão lindíssimas e são muito impactantes.

Além disso, a mostra traz redes tecidas por artesãs de diversas partes desse nosso Brasilzão, com diferentes técnicas utilizadas, entre elas uma artesã indígena de uma das tribos do Amazonas que apenas ela sabe como fazer, pois nenhuma das meninas se interessou em aprender. Então, quando ela se for, a técnica morre com ela. É uma pena!

Sim, rede é um ato político e de identidade. A rede é nossa. Ninguém na Europa sabia o que era isso, até os índios serem levados para lá, pelos portugueses e serem tratados como seres de outro mundo.
Sabe-se lá Deus, o que eles passaram naquela época. Tenho medo de pensar.

A exposição é tão legal que também é interativa. Dá para deitar nas redes, tirar muitas fotos legais e deixar seu Instagram mais colorido.
Mas, não seja folgado. Há redes por todas as partes. Dá para deitar? Sim! Mas, pelo amor de Jeová, não seja como essas pessoas folgadas que pegam a rede para si e fica por lá como se não houvesse mais ninguém no mundo. Ok?



Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro ( Metrô São Bento, Sé, República - tanto faz)
Telefone: 11 3113 3651
Horários: Quartas-Feiras às Segundas-Feiras: 09h00 às 21h00 //  Terças Feiras: FECHADO
Possui WIFI
GRATUITO
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
ATÉ 29 DE JULHO

É isso, então, andarilhos. Acho que consegui reunir todas as minhas impressões e ir para o Centro Cultural Banco do Brasil já é um ótimo motivo para sair de casa.
Ver exposições é uma delícia. Abra a mente.

Beijos balançantes e até sábado.


sábado, 1 de junho de 2019

#234 IGUANA SORVETERIA: SORVETE À MODA ANTIGA EM UM ESPAÇO COLORIDO

Hello, andarilhos. Tudo ok? Vão fazer o que hoje de bom?

Quem me acompanha por aqui, sabem que eu sou a louca do sorvete e que eu não consigo viver sem. E sim, prefiro sorvete no frio. E quando chega esse tempinho, vai me dando faniquito para conhecer todas as sorveterias que ainda falta. É claro que faltam muitas. E fico feliz em saber que isso não terminará nunca.

Conheci esse lugar pelo Instagram. Mas não estava procurando sorveterias por lá. Estava vendo Stories quando lembrei de pesquisar algo, vi a foto de uma taça de sorvete de chocolate tão linda que não tinha como deixar esse lugar passar batido.
Elogiei a taça e rapidamente, eles começaram a me seguir no Instagram. Mas, logo em seguida, deixaram de seguir. Fiquei bem triste, mas como eu não guardo rancor, eles estão aqui hoje nesse post. O que é bom, merece ser compartilhado.
Às vezes, é desse jeito que os rolês vem para mim.

Vamos nos lambuzar na IGUANA SORVETERIA?


Não consegui encontrar a história deles na web e eu fico bem triste quando não tem. Tudo tem que ser contado e o porquê ser contado.
Nada é nada sem história.

Então, em um ambiente pequeno, super colorido, charmoso, jovial , você encontrará uma sorveteria mega deliciosa.
É um ambiente bem familiar. No dia, vi várias famílias e todas estavam com seus Enzos e suas Valentinas.
Não tem mesmo muitos lugares, mas ainda assim é aconchegante.

E se sorvete já me faz feliz; self-service então é melhor ainda. Uma boa desculpa para fazer gordice à vontade e colocar tudo quanto é cacareco dentro.
São vários sabores de sorvete e escolhi: flocos que nunca pode faltar, pedacinho do céu ( uma cor azul que é impossível não resistir a ela), chocolate belga, além de amendoim, M&Ms, castanhas e cobertura de chocolate e morango.

E não é apenas sorvete que eles oferecem não. Tem bananas-split, acaí, paletas mexicanas, picolés, casquinhas e opções salgadas como tapiocas, além de bebidas como águas, refrigerante e cafés.
Dizem que o café é ótimo, mas que falta água com gás junto para dar aquela rebatida.
Eu fiquei só no sorvete mesmo.

A propósito, amei o atendimento. A menina, que eu esqueci o nome, foi mega simpática e atenciosa. Adoro gente que se dispõe a conversar com o cliente. Acho tão bom. Humaniza, sabe?
Não gosto de saber que empresas robotizam seus funcionários.

E é incrível que ao fazer minhas pesquisas, os comentários da galera em relação ao IGUANA, são quase 100% positivos. O que eu fiquei bastante feliz. Sempre tem um ou outro para fazer o do contra. Galera chata.

Ah, quase ia me esquecendo. Eles entregam sorvete em casa. Então quem não tiver com saco para sair de casa, é só pedir pelo IFOOD que o seu gelato ou o que for, chega em casa tranquilamente.

Mais uma sorveteria que fica no Centro. Apesar de viver dizendo que é São Paulo não é só Centro, não tenho como negar que ele oferece lugares incríveis, como esse, em uma rua super tranquila, quase colado ao caos da avenida 9 de Julho.
Viva o Centro!

Endereço: Rua Major Quedinho, 281 - Bela Vista
Telefone: 11 3105 6023
Horários: Diariamente: Das 13h00 às 22h00
E-mail: iguanasorveteria@hotmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/pg/iguanasorveteria/about/?ref=page_internal
Aceita Credito e Débito
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO

Ficamos por aqui, andarilhos. Mais uma sorveteria deliciosa para a conta em um lugar super acessível. Bora conhecer e se deliciar nas milhares de coisas que tem ali.
Junte a galera e faça a festa.

Beijos geladinhos e até semana que vem.