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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

#303 JAPAN HOUSE + EXPOSIÇÃO - CONSTRUÇÃO: COMO 180 MIL HASHIS PODEM VIRAR ARTE?

Hello, andarilhos. Vocês estão bem? Bora carnavalizar ou fora bloquinhos?



Que eu amo exposições, vocês estão carecas de saber. É cada uma mais incrível que a outra e não entendo muito quem não curte. Só sei que está bem longe de ser chato.
Adoro saber sobre técnicas, as ideias e o que o artista estava pensando naquele momento. E são nessas que a gente conhece cada um melhor que o outro.

E cá estamos nós de novo na Japan House, centro de difusão da cultura milenar japonesa. Bora ver mais uma exposição diferentona?
Vamos curtir a MOSTRA "CONSTRUÇÃO" do artista TADASHI KAWAMATA?


Absolutamente tudo pode virar arte? Acredito que sim. E como 180 mil hashis viram arte?

Tadashi Kawamata, artista contemporâneo japonês, nascido em Hokkaido, nascido em 1953, começou a sua carreira muito jovem.
Foi convidado para representar o Japão na Bienal de Veneza, Itália com apenas 28 anos. E desde então, não parou mais: foram Berlim Viena, Nova York, Alemanha... entre outros.
Tadashi já teve uma passagem por aqui anteriormente. Em 1987, participou da 19a Bienal Internacional de Arte de São Paulo, com uma instalação ao ar livre, na Avenida 9 de Julho.
E essa expo, marca o seu retorno na cidade, após pouco mais de 30 anos.


E OS HASHIS?

Tadashi não é nada convencional. Então, ele usa objetos do cotidiano para levantar questões e necessidades dos desejos humanos e faz com que o público interaja e se entregue a um novo ponto de vista para o uso desses materiais.

Ele escolhe o que vai usar com muito cuidado. É sempre o aspecto de precariedade, com aquele jeito de inacabado para que tudo tome outra forma.
Famoso por usar fragmentos de madeiras, pranchas, barris e cadeiras, a ideia da vez ao lançar essa mostra intitulada "Construção" é a utilização de hashis ( varetas de madeira usadas como talher e muito importante, quase que essencial na cultura japonesa. Para mim, é muito difícil de usar ). São 180 mil talheres japoneses utilizados e grudados com cola quente e o tal "enforca gato".

São 90 mil pares, suspensos por fios e apoiados sutilmente no solo. É incrível como a natureza desse objeto é alterada tão delicadamente e que nem percebemos como um simples hashi, que usamos de forma tão mecânica, tão usual e tão normal, pode ser desconstruída.

E o público fica embasbacado com esse túnel tão diferente e que do nada, podemos tentar traduzir tudo aquilo em que ele pensa no momento.
Além disso, a expo mostra uma série de fotos e vídeos das principais intervenções realizadas em sua carreira desde o começo.
As fotos são ótimas.

A exposição é bem curtinha. Acho que em 40 minutos, dá para você conseguir ver tudo, além de tirar fotos ou gravar Stories, se quiser.
As fotos ficarão lindíssimas e está em um lugar também que dispensa qualquer comentário.

Ah, e sabe o que é incrível também? Por iniciativa da Japan House, a montagem dessa mostra contou com a colaboração e empenho de 350 estudantes voluntários de várias universidades de São Paulo, de cursos de arte, design, arquitetura, com a supervisão do próprio artista e com a intenção de valorizar o encontro e fazer um intercâmbio com a cultura brasileira e nipônica.

Maravilhoso, né?

Aproveita que é Carnaval, fuja o quanto puder dessa bagunça e fique na companhia dos hashis.


Endereço: Avenida Paulista, 52 - Bela Vista
Telefone: 11 30908900
Site: JAPAN HOUSE
Horários: Terças-Feiras aos Sábados: 10h00 às 20h00 //  Domingos e Feriados: 10h00 às 18h00 //  Segundas-Feiras: FECHADO
Estacionamento próximo ao Shopping Paulista
GRATUITO
POSSUI WI-FI

That'all, andarilhos. Mais uma exposição incrível para a conta. E lembrem-se: só a arte salva da ignorância e do preconceito.
Liberte-se!

Beijos nipônicos e até sábado


VAI VIAJAR?

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sábado, 7 de dezembro de 2019

#288 JAPAN HOUSE + EXPOSIÇÃO: ISTO É MANGÁ - A ARTE DE NAOKI URASAWA - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Vão fazer o quê hoje?


Que eu amo ler não é segredo para ninguém e que eu devo muito ao Maurício de Souza. Aprendi a ler com gibis aos 3 anos. Sim, foi muito cedo.

E alguns anos atrás, ensaiei a ler alguns mangás como "Bleach", "Another" e alguns outros... mas, parou por aí.

E aí, sábado, algo me despertou de novo. Vamos conhecer NAOKI URASAWA e conferir a exposição "ISTO É MANGÁ"?

Inaugurada no finalzinho de Outubro na Japan House, que é um centro de difusão da cultura japonesa, divulgando desde a arte milenar até a contemporânea que também conta com uma lojinha e um restaurante, café, espaço para oficinas, um jardim bem fofo e espaço para palestras e eventos, essa exposição nos traz a obra de Naoki Urasawa.

Esse quadrinista japonês, de 59 anos ( que eu dava bem menos, muito menos ), começou sua carreira no comecinho dos anos 1980, onde se destacou com a obra Yawara, que é uma garotinha adepta das artes marciais. Pelo o que eu vi, a história é muito bonitinha.
A série terminou em 1993 com 29 volumes encadernados e até uma série animada e adaptações para o cinema.

Essa Exposição que já passou por Londres e Los Angeles, nos Estados Unidos, percorre esse universo do autor que contém mais de 400 desenhos e storyboards e que aborda universos distintos como ficção científica, terror, esporte e mistério.
Há biombos com quadrinhos inteiros possibilitando essa vivência ( ah, nessa parte é proibido tirar fotos. Direitos autorais, baby! Respeite!)

São vários personagens e destaco um que me deixou completamente curiosa para conhecer melhor, que é o Billy Bat, um morceguinho detetive meio gangster, do qual ele é designado para resolver inúmeros mistérios. A história se passa em 1949.
Me lembrou muito da Turma do Arrepio daqui. Só quem é andarilho velhinho, se lembra do que eu estou falando.

Eu poderia dar os detalhes de todos os personagens aqui, mas a ideia é fazer com que você entre no universo do Naoki e se eu contar tudo, com certeza, perderá a graça.

E o mangá faz parte da 9a arte ( alguém sabe quais são as outras 8? Desafio para vocês.) e extremamente importante para a cena cultural japonesa. Faz parte essa identidade e já faz um tempo que os mangás se tornaram os queridinhos do povo ocidental, principalmente para uma galera nerd/geek.

A cultura nipônica é fantástica e o mangá tem um público tão cativo que acho que é preciso ter curiosidade para conhecer mais.
E que tal começar pelo Universo de Naoki Urasawa, esse cara super cool, nascido em Tóquio, premiado internacionalmente, publicado em mais de 20 países e reconhecido pela força de sua narrativa, com personagens profundos e complexos, ideias inovadoras e amante de música como The Beatles ( xiii, não vai para o céu!) e Bob Dylan.

Ah, e sabe o que eu senti falta? Mangás dele para vender. Mancada não ter, hein, Japan House?

Deu para perceber que eu amei a exposição e estão vendo? Até então, eu nem sabia da existência do Naoki e me apaixonei.
É só ir com a mente aberta.

Endereço: Avenida Paulista, 52 - Bela Vista
Telefone: 11 30908900
Site: JAPAN HOUSE
Horários: Terças-Feiras aos Sábados: 10h00 às 20h00 //  Domingos e Feriados: 10h00 às 18h00 //  Segundas-Feiras: FECHADO
Estacionamento próximo ao Shopping Paulista
GRATUITO
Classificação indicativa: 12 anos

É, isso, andarilhos. Ficamos por aqui e alegre por ter colocado mais coisinhas em minha bagagem. E mangás são super legais.

Beijos nipônicos e até quinta que vem!