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sábado, 22 de junho de 2019

#239 MUSEU XINGU: CULTURA INDÍGENA BEM AO NOSSO ALCANCE

Olá, andarilhos. Vocês estão bem? Um ótimo sábado para todo mundo.


É incrível como São Paulo consegue surpreender a cada dia. Tem que estar muito ligado para prestar atenção em cada detalhe, cada sussurro e em cada cantinho que se passa em frente.
Vocês bem sabem como eu amo um museu e amo lugares diferentes. Museus diferentes então, é o rolê perfeito.

Já faz algum tempo que eu vejo como os indígenas são subestimados. O assunto é meio polêmico e que não é o intuito abordar aqui agora, mas temos que respeitar os verdadeiros donos dessas terras.
Nós é que temos que nos curvar a eles e pedir desculpas eternamente pelo tratamento que eles tiveram desde que o Brasil foi descoberto. Aliás, o Brasil começou errado e não tem essa de 16 anos de um certo partido de um certo barbudinho que perdeu sua liberdade.

Acho que nunca contei isso aqui, mas um dos meus maiores sonhos é passar o dia em uma aldeia indígena. Tenho certeza de que vou aprender muito mais em algumas horas e serão mais produtivos do que tudo que aprendi em 34 anos de vida.
Não sei se é exagero, mas vou adorar praticar o desapego durante 1 dia inteiro.


Diante disso, vamos admirar o MUSEU XINGU?


Tudo o que eu disser nesse blog aqui hoje, será pouco.

Primeiro de tudo que esse lugar, batizado como "Casa Amarela" foi inaugurado em 2012, em uma casa que simplesmente dá para chamar de nossa. Aconchegante e linda até dizer chega.

O Museu Xingu estava na minha listinha de lugares, fazia um tempo. Achava que era apenas um museu. Não tinha ideia do que eu poderia encontrar por lá.
Então, além de ser o Xingu, tem também um café, um ponto solidário, uma lojinha sem fins lucrativos que comercializa artesanatos brasileiros, uma sala de co-working e uma decoração lindíssima para blogueirar à vontade.


MUSEU XINGU:

Tudo começou com três irmãos, os Villa-Boas, em 1943, que em seus vinte e poucos anos, entediados e buscando se colocar no mundo, deixaram o conforto de casa em São Paulo, partiram para o desconhecido, se enfiaram na expedição Roncador-Xingu, conheceram terras indígenas e daí, descobriram suas verdadeiras missões.
Foram 40 anos morando na Amazônia, buscando um significado para a existência deles e qual era a missão deles na Terra.
Tenho certeza de que encontraram.

Então, o resultado dessa experiência foi o legado desses irmãos que fizeram questão de dividir o que eles viveram.
É claro que eles não estão mais vivos, mas o resultado dessa aventura, foram 150 objetos adquiridos pelo Orlando, em meados de 1970.

São inúmeros instrumentos incríveis como tacapes, objetos de ritos de passagem ( algo como uma luva que se punham mais de 20 formigas amazônicas e o menino ao completar 18 anos, tinha que colocar a mão ali dentro, esperar as benditas picarem e assim que acontecia, tirar. Só depois disso e que se você aguentasse, teria se tornado um homem de verdade. Dói até de pensar.), além de instrumentos de guerra, religiosos, panelas de cozimento à vapor, objetos decorados com urucum e jenipapo, e muito mais.
O museu é pequeno, mas dá para ficar ali brisando por um bom tempo. Deu para ficar 1 horinha.

É um assunto que me interessa e muito. Eu realmente adorei ficar ali. É algo bem diferente.

Infelizmente, eu não podia ficar mais e claro que terá uma segunda visita. Além do Museu, tem o café que ficou para uma segunda vez.

CAFÉ DA CASA:

Infelizmente, não tivemos tempo para tomar um cafezinho. O meu horário estava contado. Mas, é uma das coisas mais charmosinhas que eu já vi.

É bem café de tia, de vó, de vizinho que coloca a mesa e se passa uma tarde deliciosa, tomando chá com bolinho de chuva, fazendo fofoca de todo mundo.
É ou não é uma delícia se reunir em uma mesa à tarde para jogar conversa fora? São oferecidos salgados, bolos, cafés, refrigerantes entre outros.
Sem contar, a delícia que é ficar olhando para a decoração super charmosa. Tudo muito lindinho.

E por fim, o...


PONTO SOLIDÁRIO:



É muito bom ver e frequentar lugares que valorizam o Brasil e a nossa cultura. Em tempos de que patriotismo se tornou outra coisa, dá um afago no coração saber de atitudes como essa.
O Ponto Solidário é uma associação sem fins lucrativos que trabalha com a divulgação e venda da produção artesanal de diversas ONGS, comunidades indígenas, artesãos e pequenos produtores.
Eles valorizam o trabalho dessas pessoas.

Imaginem só, uma loja com peças trabalhadas, mostrando toda a cultura brasileira de forma única? É uma iniciativa linda com mais de 1 milhão de rendas geradas para comunidades desde 2010 e mais de 400 comunidades beneficiadas.
Pelo o que eu vi de longe, as peças são uma gracinha. Infelizmente, não consegui bater as fotos.
Acho que é o lugar perfeito para mostrar nossa diversidade. Todos os produtos tem identificação e assim, sabemos de onde foi que veio.
Ah, estava quase me esquecendo de dizer produtos recicláveis também são vendidos. São feitos com garrafas pet, sacolas descartáveis, tecidos, vidros, entre outros.

Enfim, já deu para perceber que eu adorei ter conhecido o Museu. E sabe o que é realmente engraçado. A galera que trabalha ali até nos recebeu meio assustados. E sabe o porquê?
Por que 90% dos visitantes são estrangeiros.
Cara, a gente aqui não conhece. Não é uma vergonha? Como pode?
Entreguei o adesivo do blog para a Débora prometendo tomar um café com mais calma.

Foi um dia incrível e descrever isso em palavras não mede o quanto ali é legal demais.

Bora conhecer?

Endereço: Rua José Maria Lisboa,  838 - Jardins
Telefone: Ponto Solidário - 11 55224440 // Salas de Reuniões e Coworking: 11 4899 3511
Site: http://www.casaamarela.art.br
E-mail: contato@casaamarela.art
Horários de Funcionamento:

  • Museu Xingu: Segundas-Feiras às Sextas: Das 10h00 às 18h00 // Sábados e Domingos: NÃO FUNCIONA;
  • Café da Casa: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: Das 10h00 Às 18h30 // Sábados e Domingos: NÃO FUNCIONA;
  • Ponto Solidário: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: Das 10h00 às 19h00 // Sábados: 10h00 às 14h00;
  • Casa Amarela: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: Das 10h00 às 19h00 // Sábados: Das 10h00 às 16h00
POSSUI ESTACIONAMENTO


That's all, andarilhos. Nada melhor do que conhecer lugares diferentes. Essa conexão é única e inexplicável.
É muito bom estar atenta a tudo isso e espero que você esteja.


E se você gosta do blog e de seu conteúdo, bora compartilhar com mais gente.

Beijos indígenas e até quinta.

sábado, 11 de maio de 2019

#228 MUSEU DA ENERGIA DE SÃO PAULO: E QUE SE FAÇA A LUZ!

Hello, andarilhos. Como vocês estão bem? Bora curtir esse sabadão?

Quem me acompanha aqui, sabe que eu sou alucinada por museus. Sim, quer me deixar feliz? Me leve em museus. De qualquer espécie ou assunto.
Eu amo mesmo aqueles diferentões, mas às vezes, visitar um clássico é mais do que perfeito.
Conhecer a História do Brasil e de São Paulo, acredito eu, que nos faz entender melhor os seres humanos e o mundo a nossa volta.
É tão libertador, eu acho.

Enfim, bora dar um rolê pelo MUSEU DA ENERGIA DE SÃO PAULO?

Em uma das casas mais lindas de São Paulo, mesmo eu trabalhando uma vida inteira, acho que não conseguiria ter uma dessas, está o Museu da Energia da cidade.

Precisamos voltar um pouquinho no tempo. Bem antes de se tornar o que é hoje, esse casarão pertenceu à família de Santos Dumont (esse mesmo que inventou o avião). No caso, quem morou ali, foi o irmão dele, Henrique Santos Dumont e que foi construído por Ramos de Azevedo, entre os anos de 1890 e 1894, no bairro que foi projetado para ser a morada da elite paulistana.

Sim, Ramos de Azevedo, o mesmo que projetou o Theatro Municipal, a Pinacoteca, o Mercadão, entre outros. Eu queria ter sido amiga do Ramos. Acho esse cara tão chique e talentoso.
Assim como a Marquesa de Santos. Cara, esse povo se conhecia tudo. Devia ser o máximo viver em São Paulo, naquela época.

Tentei encontrar o que o Henrique fazia da vida: se trabalhava ou era à toa, mas não consegui achar nada. Só sei que a fortuna da família se deve a pedras preciosas e o nosso querido café e mais nada. Então, ele era rico. Ponto. Era a ocupação dele.
Pois bem, Henrique morreu e logo depois, o casarão se tornou um internato para jovens ( meninos e meninas) de 1926 a 1951. A dona da escola morreu cedo e então, a escola foi fechada e a casa ficou abandonada por muitos anos, até ser ocupada por moradores sem-teto.
E ficou assim por muito tempo, até a Prefeitura pedir reintegração de posse e despachar as famílias de lá ( sério, fico imaginando para onde elas foram.)

Então, durante 4 anos, o casarão passou por um belo restauro, até a Secretaria de Cultura ceder o espaço para à Fundação de Energia e Saneamento, que nos deu esse presente tão incrível: o Museu de Energia.

Mas, vamos lá... São dois andares incríveis e acho que é um dos museus mais divertidos da cidade, pois ele é interativo.
Eu simplesmente AMO mexer nas coisas e meu lado criança grita quando isso acontece. Realmente, não há muitos museus interativos por aí.

É todo um acervo riquísssimo que conta a história da Energia de São Paulo, com 260 mil objetos fotográficos, 3500 objetos museológicos, 50 mil títulos em sua biblioteca, alem de documentos sonoros e visuais, a partir do século XIX.

Você vai pirar com a história dos antigos vagalumes, profissão que não existe mais, que eram os profissionais que acendiam as luzes dos postes quando anoiteciam.
Com o desenvolvimento, certas coisas se acabam... então, chegou uma hora em que não precisavam mais deles. Uma pena!

Além de tudo isso, vemos objetos que pertenceram à sua vó como: ferros de passar roupas a carvão, enceradeiras, secador de cabelos do século 19, fogão 4 bocas dos anos 1950, rádios, televisões preto e branco... é um acervo maravilhoso. Tenho certeza que a vovó iria amar rever tudo isso.
Tudo isso foi cedido pela EletroPaulo, CESP e Congás.

Também tem a história de como foi criado o horário de verão. E estou chocada que não foi no Brasil. Enfim, são 150 anos de história bem explicadinha, de como a energia foi importante para o crescimento de nossa cidade e nos faz refletir em como estamos utilizando essa energia em nossas vidas.

E o Museu da Energia não é só um simples museu: os projetos realizados e os que tem em mente são um serviço para a cultura das pessoas e reforça o conceito de cidadania e nos ensina a respeitar o próximo, nossa história, nossa cultura e enxergar melhor o ser humano.

É tão bom ver que esses valores ainda existam e que pessoas que fazem isso para o nosso crescimento, além de fazerem um trabalho intenso de restauração e desenvolver pesquisas arqueológicas.
Isso é extremamente maravilhoso.
Ah, e se não puder conhecer o Museu da Energia de São Paulo, a visita pode ser feita em Itu e Salesópolis.  Tem mais dois desses por lá.

Estão vendo como museu não é chato? Tudo vai de acordo com a sua criatividade e disposição. Passar um dia em museus podem ser muito divertido. Basta abrir a mente.
E eu adoro quando os pais levam seus Enzos e Valentinas para esse tipo de passeio. Tem que aprender cedo que museu é lugar de criança, sim.


Endereço: Alameda Cleveland, 601 - Campos Elíseos ( Sim, você irá passar pela Cracolândia. Claro que temos que ter cuidado em qualquer lugar do mundo, mas até hoje não me aconteceu absolutamente nada e o local tem policiamento constante. Então, não precisa ter medo. É um choque ver uma parte da sociedade que a gente prefere não ver. Dá para conhecer o museu descendo na Estação Marechal Deodoro, mas na Júlio Prestes é mais perto).
Telefone: 11 3224 1489
Horários de Funcionamento: Terças-Feiras aos Sábados: 10h00 às 17h00 // Segundas-Feiras e Domingos: FECHADO
Site: http://www.museudaenergia.org.br/unidades/rede-museu-da-energia/museu-da-energia-de-s%C3%A3o-paulo.aspx
E-mail: saopaulo@museudaenergia.org.br
Possui obras táteis para deficientes visuais e vídeos em Libras para surdos.
ENTRADA GRATUITA
NÃO HÁ ESTACIONAMENTO


Enfim, é isso. Sugiro que pegue um dia e vá descobrir que a energia que você consome todo santo dia tem muita a dizer do que você pensa. São anos de História reunidos em um lugar único e que oferece a você, de maneira didática e inteligente como nós podemos consumir conscientemente. É maravilhoso visitar um lugar com um passado tão intenso.
Vá e curta seu rolê.





Beijos de luz e até quinta!