quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

#299 PATRIOPAN - PÃES E DOCES: TRADIÇÃO NO IPIRANGA

Hello, andarilhos. Tudo bem? Como vão as coisas?


São Paulo é uma das cidades com um dos maiores polos gastronômicos do mundo. Milhares de restaurantes, padarias, sorveterias e hamburguerias estão espalhadas por aí, atendendo a todo tipo de gosto e paladar.
Infelizmente, eu peco um pouco nessa parte. Talvez, para dar uma economizada ou para não perder tanto tempo sentada. Sei lá, acho que eu prefiro focar em outras coisas.

Mas, enfim... é preciso dar referências de restaurante por aqui. Sempre! E prometo que as coisas mudarão.
Afinal, como dizia minha bisavó: saco vazio não para em pé.

Como estamos perambulando pela Zona Sul, vamos dar um pit stop em um lugar que é tradição no Ipiranga? Bora comer na PATRIOPAN - PÃES E DOCES?


Localizada a dois quarteirões do Museu do Ipiranga, essa padaria gigantesca se destaca pelo tamanho enorme e pela quantidade de coisas deliciosas que ali são oferecidas.

Não tem muitas informações sobre a história dela; de como surgiu, o porquê surgiu, quem é o dono, etc e tal... mas sabemos ela foi inaugurada em 1977 e que em 2013, ela foi considerada uma das 100 melhores padarias brasileiras, ganhando o Prêmio Rich.

Realmente, o prêmio e o título são merecidos. Primeiro, que o espaço é gigantesco e dá para perambular a vontade e segundo que, não é só uma simples padaria: eles servem almoço tambem e sim, dá para comer chorando de tão bom.

Além do self-service, com uma variedade imensa de delícias, eles também oferecem temakis, Bufê completo com cestas de cafés da manhã, cafés especiais, uma imensa variedade de pães, salgados como coxinhas, quibes, risoles, empadas e muito mais, além de várias opções de sobremesas como bolos, carolinas recheadas e sorvetes.

Maas, sempre tem um mas: o valor é alto. Bem alto. Não dá para comer a toda hora. Uma vez na vida outra na morte, tudo bem.
Como escolhemos o serviço por quilo, era antes das 14h00 e era feriado: o valor deu R$77,00. Sim, uma bela de uma facada. Vontade de chorar? Sempre!

O bom é que tem ar condicionado e um ar aristocrático. Sim, as pessoas que frequentam ali tem o nariz empinado. Ipiranga, babies. Estamos em um dos bairros mais importantes de São Paulo.

O que importa mesmo é que a comida é boa e que dá sim, para matar a fome. Não consigo opinar sobre o atendimento. Foi normal. Nem agradáveis e nem ríspidos. Eles estão ali para fazer o que tem fazer. Apenas.

Preciso voltar para experimentar outras coisas. E sim, vale a pena almoçar por lá. Mesmo sendo caro e a reclamação não é só minha não. Você lerá vários comentários do tipo no Google.
Ah, trabalhamos com realidade por aqui.

AH, já ia me esquecendo: eles também fazem entrega e aceitam encomendas.

Curtiu? Acho que vale a pena ter um almoço/jantar especial com quem você gosta e depois me dizer se gostou ou não:

Endereço: Rua dos Patriotas, 681 - Ipiranga
Telefone: 11 20637853
Horários: Diariamente: Das 5h00 às 22h00
Site: PATRIOPAN - PÃES E DOCES
E-mail: contato@patriopan.combr
Possui estacionamento com manobrista
Média de R$80,00 ( dois almoços por quilo + Coca Cola de 600 ml )


VAI VIAJAR?

Você sabia que quando você faz qualquer reserva com um link aqui no blog, o "Somos Andarilhos" ganha uma pequena comissão? Sim, aqui também é trabalho. Obviamente que você não é taxado a mais por isso e com esse presente para você, ainda ajuda o "Somos Andarilhos a se manter de pé e produzir mais conteúdos incríveis e de qualidade! Quer ver mais viagens e lugares maravilhosos por aqui? Então, vamos reservar?


  • Passeios e ingressos: GET YOUR GUIDE
  •  Hospedagem: BOOKING
  •  Seguro viagem: SEGUROS PROMO
  •  Passagens aéreas baratas: PASSAGENS PROMO
  •  Aluguel de carro: Rent Cars
  • AmazonAMAZON
  • CivitatisCIVITATIS


    Ficamos por aqui, andarilhos. Nada melhor do que ter um almoço com comida farta e delícia, depois de um dia inteiro caminhando.

    Beijos gostosos e até quinta!

sábado, 1 de fevereiro de 2020

#298 MUSEU VICENTE DE AZEVEDO: O BAIRRO DO IPIRANGA MUITO ALÉM DO "INDEPENDÊNCIA OU MORTE"

Olá, andarilhos. Vocês estão bem? O que vão aprontar nesse fim de semana?

Quem acompanha o blog, conhece a saga de tentar fugir dos lugares mais clichês. Sei lá, eu canso de ir nos mesmos lugares sempre.
Vocês não cansam não?

Muitas vezes é ir em um bairro por onde ele é mais conhecido e ver o que quase ninguém conhece. Sim, todos os bairros podem ser turísticos. Falta vontade e energia de quem tem mais condições para isso. Pois bem...

E o Ipiranga é um deles. Conheci o lugar de hoje através de uma das melhores contas sobre São Paulo no Instagram: o VIVA CULTURA SP. E uma simples porta me chamou a atenção. E é tudo tão histórico e importante quanto o Museu do Ipiranga.

Faz algum tempo que estou conhecendo melhor o bairro do Ipiranga que é muito além do "Independência ou Morte". Está pronto para conhecer o MUSEU VICENTE DE AZEVEDO?


Tudo começa em 1859, com o nascimento de José Vicente de Azevedo, lá em Lorena, interior de São Paulo.
Ficou órfão aos 10 anos de idade, quando o seu pai morre precocemente aos 34 anos de idade. É a partir daí que sua vida e seus pensamentos começam a mudar. Mas, jájá falaremos sobre isso.

Advogado em sua primeira formação em 1883, casa-se com Cândida Bueno Lopes de Oliveira no ano seguinte.

Monarquista, lutou contra a República, mas não adiantou muito. Mesmo assim, entrou para a vida política e foi eleito Deputado da Província de SP em 1884.
Logo em seguida, adquire do governo um extenso lote de terras, 46 hectares, além de chácaras e terrenos particulares.

E é a partir daí, com a aquisição desses terrenos que o bairro do Ipiranga começou a ter identidade. Pois Vicente de Azevedo, fez parte dessa primeira ocupação e que ainda pulsa por lá.

Já em 1890, constrói o primeiro orfanato para meninos. Lembram que eu disse acima que depois que ele ficou órfão tudo mudaria? Ele passou a ajudar crianças sem famílias e não gostaria que elas ficassem sem conforto, amor e carinho. Então, Vicente, meio que se tornou o pai daquelas crianças.

Já, em 1896, inaugura o asilo das Meninas Orfãs de Nossa Senhora Auxiliadora e tanto o orfanato quanto o asilo, oferecia cursos profissionalizantes e para meninas ensinavam a costurar, a bordar e todas essas tarefas para que elas pudessem ser independentes.
Só, lembrando que estamos em 1896 e ainda existia trabalho feito para mulher e trabalho feito para homem. Era o comportamento da época.

Vicente fez tantas coisas para ajudar os outros que ele ganhou o título de Conde, pelo Papa Pio XI no Vaticano, assinado pelo próprio em 1908.

Para você entender o tanto de construções que foram feitas por eles; existe as 12 maravilhas do Ipiranga feitas por ele e é quase como se fosse um caça ao tesouro: todos tombados e considerados Patrimônio Histórico.
Acho que todo bairro deveria ter as suas 10 jóias arquitetônicas, não é não?

Pois bem, quando ir para o Ipiranga, tente encontrar o : Seminário Central do Ipiranga, Grupo Escolar São José, Instituto de Cegos Padre Chico, Seminário João XXIII, Clínica Infantil do Ipiranga entre tantos.
Morreu em 03 de Março de 1944, deixando a esposa e 8 de 11 filhos que eles tiveram.


ENFIM, O MUSEU...

Inaugurado em 22 de novembro de 1896 por Ramos de Azevedo ( Olha ele aí de novo... mais um prédio para conta: Casa das Rosas, Pinacoteca, Mercadão, Palácio dos Correios...), com um portão em decoração art nouveau maravilhoso de lindo, doado pela Marquesa de Itu, cujas iniciais estampam nos adornos, foi projetado para abrigar meninas orfãs ( Asylo de Meninas Orfãs e Desamparadas Nossa Senhora Auxiliadora do Ypiranga).

O jardim foi inspirado nos Jardins de Versailhes na França e que abrigam os bustos do Vicente e da Cândida.

E, chegando lá, você vai se deparar com os portões fechados. Assusta um pouco, mas é só tocar a campainha que eles abrem, sem problemas.
A visita é guiada. Eu não solicitei, mas como eu não conhecia nada sobre ele, então achei melhor ter uma. A guia, Rebeca, foi simplesmente maravilhosa e soube nos explicar tudo com paciência.
Quem não curte esse tipo de visita, melhor optar em fazer outra coisa.

Enfim, logo na entrada, uma capela de 1896 nos recebe e pouquíssima coisa foi mudada desde então. Inclusive, tem missas abertas ao publico.

O acervo é algo incrível. Possui mobiliário da época, incluindo objetos de decoração, fotos, vestuário do século XX e muitas fotos em preto e branco. Dava para perceber que as crianças amavam o Vicente.
São mais de 4500 registros relacionados a vida e atuação dele, documentação sobre o Asilo, o Grupo Escolar e a Clínica Infantil.

Além de tudo isso, tem uma biblioteca, mas que não entramos, com 6000 títulos com temas como História do brasil, Religião, Artes, Genealogia, entre outros...
Por falar em genealogia, há uma árvore genealógica da família. E sim, é enorme.

E esse é o legado desse homem que foi tão importante para o bairro do Ipiranga e que ainda perpetua. O Museu é pequeno, mas ainda assim ficamos 1 hora e meia vendo tudo. Acredito que seja o suficiente.

Curtiu? Então imagina pisar em um lugar que respira desde 1896 e que sempre foi conhecido por atitudes benéficas de um casal que acreditava na solidariedade e que partir disso, desenvolveu atividades inclusivas, socioassistenciais, educativas e culturais atendendo cerca de 1700 pessoas por mês? É algo espetacular.

E precisamos divulgar mais espaços como esse.

Bora?

Enderço: Rua Dom Luis Lasanha, 300 - Ipiranga
Horários: 3as feiras às Sextas-Feiras: Das 9h00 às 17h00 // Segundas-feiras, Sábados e Domingos: NÃO FUNCIONA
Telefone: 11 2215 6900
Site: MUSEU VICENTE DE AZEVEDO
E-mail: museuvicentedeazevedo@org.com.br // agendamentova@funsai.org.br
GRATUITO
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO



Finish, andarilhos. Acho que deu para perceber o quanto eu fiquei encantada com esse museu e espero retornar mais e mais vezes. O Ipiranga é um bairro clássico e sinceramente, é preciso prestar mais atenção nele.

Beijos filantrópicos e até quinta que vem.



VAI VIAJAR?

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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

#297 VILA PORTUGUESA NA LIBERDADE: UM PORTAL PARA A EUROPA DA DÉCADA DE 1920

Hello, andarilhos. Vocês estão bem? O que vão aprontar nesse fim de semana?


Vocês bem sabem que um dos motivos do "Somos Andarilhos" existir era mostrar lugares diferentões e que quase ninguém conhecia.
Com o tempo isso foi mudando, mas não muito.

Realmente, me irrita quando alguém "mostra o guia definitivo" de qualquer coisa. Primeiro, que eu não sou guia turístico para montar um roteiro de A a Z e não te deixar livre para escolher o momento e a experiência que você quer viver.
Eu só mostro tudo por aqui e você escolhe de modo independente o fazer e para onde ir.

O lugar de hoje foi citado ( nem foi mostrado ) pelo Olavo, do blog Melhor de Sampa sobre um tour guiado que ele faz no bairro da Liberdade.
Fiquei com receio de perguntar por ser o trabalho dele e resolvi pesquisar sozinha.

Mas, vamos conhecer a VILA PORTUGUESA?

Imagina você andando pela Liberdade e pá, um portal aparece e você se transporta bem no meio de uma vila europeia, completamente calma e tranquila, contrariando toda a lógica do caos de São Paulo.

Quando eu digo que São Paulo pode ter ( muitos ) momentos de paz, é porque é verdade.

Infelizmente, não temos muitas informações sobre a vila nas redes e não conheço nenhum blogueiro que já tenho ido fazer fotos por ali, apenas o Olavo. Como ele não faz poses e nem curte aparecer muito, então nenhum blogueiro que curte uma foto, foi.

Sabemos que tudo começou na década de 1920 por iniciativa de José Ferreira da Rocha. Sabemos quem foi o seu Zé? Não sabemos.

Mas, a herança que eles nos deixou foi uma vila ( hoje, protegida por câmeras ) com muitas casinhas residenciais coloridas, charmosas e que faz pensar que estamos em Lisboa. Nunca estive em Lisboa, mas me deixe pensar que estamos por lá. Faz de conta.

Além de casas residenciais, pode ver o comercio funcionando. Vi uma espécie de tapeçaria, uma patisserie ( doceria ) da chef Vivianne Wakuda que é especialista em doces japoneses e doces que não são orientais. Mas, suas influências são francesas.
Fiz a visita na terça-feira e vi as portas fechadas. Não me lembro que horas eram. Mas acho que passava das 15h00, que é o horário de funcionamento que eu vi no Google.
Para quer quiser segui-la no Insta: VIVIANNE WAKUDA

E para quem é obcecado em portas como eu, simplesmente vai pirar. Cada uma mais linda do que a outra.
E tem duas entradas, no entanto, acredito que seja melhor a entrada pela Rua Taguá que tem um escadão ( tome cuidado para não cair, por favor!!! ) e aproveitar o melhor das mais de 30 casas que foram tombadas pelo CONPRESP em 2012.

O mais incrível é que antes de descermos o escadão, a faculdade em que eu estudei durante 4 anos fica na rua e eu nunca percebi esse escadão. Você vê que coisa? Foi preciso um blog para eu começar a notar isso.

Curtiram? Nem eu pensei que fosse curtir tanto. Achei que seria uma vila por vila e tudo bem.

Endereço: Acesso pela Rua Taguá ou Viela José Ferreira da Rocha, s/n - Liberdade
Aberto 24 horas
GRATUITAÇO

É isso, andarilhos. Ficamos por aqui. É sempre ótimo descobrir lugares escondidos e conhecer mais esse achado fez o meu dia mais feliz.
Curta bem o seu passeio e tire fotos incríveis, combinado?

Beijos portugueses e até sábado


VAI VIAJAR?

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sábado, 25 de janeiro de 2020

#296 SÃO PAULO - 466 ANOS: PINACOTECA DE SÃO PAULO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? VAMOS DAR PARABÉNS PARA A NOSSA CIDADE MARAVILHOSA?


466 anos dessa cidade tão cheia de gás, multifacetada, que sabe ser tranquila e caótica ao mesmo tempo, tão cheia de culturas diferentes, tão dura e fria, mas ao mesmo tempo acolhedora e amorosa.
Precisamos saber viver São Paulo. Entender o que ela é. Abra os braços, os olhos e principalmente o coração para essa cidade que, é conhecida tão injustamente por SELVA DE PEDRA.
Acho que São Paulo acolhe cada um de um jeito diferente e são 466 anos dessa cidade multicolorida, tão inclusiva, tão colorida, tão plural, tão verde, tão inteligente, tão cheia de coisas para se ver ou fazer.
É aqui o meu chamado, a minha busca, a minha personalidade, o meu eu. Tão eu quanto os outros. Tantos plurais, tantos pronomes, tantos tratamentos para dizer São Paulo simplesmente É e simplesmente será.
Tão minha, tão sua, tão nossa!

E como hoje é o aniversário dessa quatrocentona fantástica, o lugar de hoje, eu já deveria ter falado antes, mas eu não quis. Mas, foi de propósito para as pessoas entenderem ou buscarem lugares não tão clichês assim.

Mas, é humanamente IMPOSSÍVEL falar de São Paulo sem falar dele. Será que tem alguma coisa ainda que precisa ser dita?

Vamos visitar pela milésima vez, a PINACOTECA DE SÃO PAULO?

Considerado um dos museus de arte mais importantes do país ( para mim, acho que é o principal ), com 500 mil visitantes por ano e cerca de 30 exposições realizadas anualmente, sua história é riquíssima e se confunde com a expansão e desenvolvimento de São Paulo.

Com pouca expressão artística em 1870, a expansão do café e a construção das estradas de ferro vieram para mudar esse cenário completamente. Era luxo, poder e riqueza.

E foi com a chegada do LICEU DE ARTES E OFÍCIOS, uma escola de ensino técnico e profissionalizante, que as coisas começaram a mudar. Essa escola passou pela direção de ninguém que Ramos de Azevedo ( o mesmo cara da Casa das Rosas, o Palácio dos Correios, entre tantos outros ).

Influente na vida política, bem relacionado e muito atuante da vida cultural que começava a se formar, Ramos pensou em reformular o Liceu, trazendo o curso de artes visuais para a escola, com o objetivo de formar artistas, artesãos e fazer com que também se tornasse Belas Artes de São Paulo.

Com o tempo, o espaço ficou pequeno. Até que Ramos solicitou o Governador do Estado, um novo terreno para que pudesse expor as obras em um lugar maior e que pudesse ter circulação de pessoas livremente.

E assim foi concedido o terreno, ao lado do JARDIM DA LUZ que eu já falei por aqui e com toda a sua arquitetura eclética, formada por 3 pavimentos, 2 andares e 2 pátios internos para garantir a ventilação. Além de tudo, deram um jeito de integrar o edifício e fizeram varandas para garantir a vista para o Jardim.

Uma coisa que eu não sabia e que fiquei chocada é que a Pinacoteca NUNCA ficou realmente pronta.  Bom, os tijolinhos que vemos não eram para estar ali e ainda ficou faltando uma cúpula.
Que loucura, né?

Em 1982, o edifício foi tombado, visando a preservação e a importância dos conjuntos arquitetônicos do bairro da Luz, integrando a Estação da Luz, o Museu de Arte Sacra e a Estação Júlio Prestes.
Entre 1993 e 1998, a Pinacoteca sofreu uma grande reforma administrada por Paulo Mendes da Rocha ( o mesmo cara do MUBE ), para atender as necessidades de grandes mostras e exposições internacionais. Essa reforma foi premiada com o Prêmio Mies van der Rohe de Barcelona.


O ACERVO...

Aaaaah, esse acervo. O primeiro andar recebe as exposições temporárias e o segundo andar abriga as obras permanentes e é aqui que faz a visita à Pinacoteca valer completamente a pena.
São cerca de 10 mil obras com artistas remanescentes do século XIX e XX, entre, pinturas, esculturas, desenhos, instalações, gravuras, objetos de arte decorativos e muito mais.

Certamente, você tem a sua obra preferida e depois quero que me conte qual é.

No meu caso, eu piro com o quadro "Saudade" do Almeida Junior. Eu fico horas olhando para esse quadro. Ele me hipnotiza.

Mas além de tudo, tem obras de artistas modernistas como Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Anitta Malfatti, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e muitos outros...
Paisagens, pinturas históricas e místicas, rostos, natureza morta são tudo o que você vai encontrar nas muitas horas em que você irá ficar ali dentro.
Tudo isso misturado a artistas brasileiros, franceses, italianos e muitos outros.

E é no segundo andar que está instalada a Galeria Tátil com 12 obras que compõem elaboradas especialmente para o deficiente visual para que possa curtir a Pina de forma livre e independente tocando-as por meio de duplas leituras como tintura e Braille, além de audioguia.
Perfeito, não?

Esse tour é uma verdadeira viagem à história da arte e também uma forma de praticar isso de maneira totalmente imersiva.

Além de tudo isso, dessa viagem no meio de pinturas e desenhos, a Pinacoteca desenvolve cursos, oficinas e projetos de educação muito especiais.Vale muito a pena ficar ligado e vendo no site de tempo em tempos o que ela vai oferecer.
E tem também uma sala de restauro que dá para ver o que está rolando na parte de dentro.

Ah, e depois de andar tanto, obviamente você estará com fome. Então, aproveite para encher o seu buchinho no Flor Café. Uma cafeteria linda bem em frente ao Jardim da Luz e que oferece todos os tipos de salgados, café e até almoço.

Curtiu? Não dá para falar de São Paulo sem mencionar a Pinacoteca. Eu fugi disso por 3 anos e vi que foi uma completa bobagem.

Endereço: Praça da Luz, 2 - Centro Histórico de São Paulo // Estação Luz
Telefone: 11 3324 1000
Horários: Segundas-Feiras às Quarta-Feiras: 10h00 às 18h00 // Terças-Feiras: FECHADO
Site: PINACOTECA DE SÃO PAULO
E-mail: ouvidoria@cultura.sp.gov.br
Ingressos: R$15,00 inteira // R$7,00 meia entrada //  Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos // SÁBADOS: GRATUITO
POSSUI W-FI
Possui bicicletário e estacionamento gratuito

É, isso. Curta São Paulo da melhor maneira possível e comemore o aniversário fazendo todas as coisas maravilhosas que só o Centro pode oferecer.
Pegue o seu amor, sua família, seus amigos e grite: SÃO PAULO, VOCÊ É FODA!


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Beijos paulistanos e até quinta que vem!





quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

#295 PARQUE DO TROTE: A ERA DE OURO DAS CORRIDAS DE CAVALOS

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão fazer no niver de São Paulo?


São Paulo tem pouco mais de 110 parques disponíveis para a população. Só daí, percebemos que não é só o Ibirapuera que existe, apesar de ser incrível.
O lugar de hoje já teve uma aura luxuosa e que hoje, podemos dizer que é um senhor cansado e com dor nas costas.
Literalmente, é isso.

Vamos conhecer o PARQUE DO TROTE?

Hou uma época em que a elite paulistana era muito cultural e se interessava muito por arte, lazer e entretenimento e eram extremamente ativos nessa cena. Eu não sei dizer em que momento esse comportamento mudou, mas mudou de verdade...

Em uma área de 120 mil metros quadrados, nossa história começa quando um comerciante alemão, chamado Guilherme Praun, compra uma chácara do Barão de Ramalho, que foi advogado e professor, junto com sua filha, Joaquina Ramalho.
Antes disso, Guilherme já tinha adquirido mais 115 alqueires de terra que se integrou a chácara.

E foi depois dessa aquisição toda, que Guilherme resolveu fundar o Clube Hypico da Vila Guilherme, para resolver os problemas de inundação na parte baixa do bairro.
Em 1937, foram construídas cocheiras, arquibancadas, pista para saltos, bilheterias, picadeiro... imagina só o luxo que deveria ser? Aquele povo tudo de chapéu e vestidinho. Um charme só.

E olhe só, até que Guilherme morreu em 1944 e seus descendentes venderam tudo aquilo para à Sociedade Paulista de Trote que ainda existe.

Diferente do Jockey Club de São Paulo que sempre foi mais cheio de fru-fru, a Sociedade Paulista abria os páreos para a população assistir e o salão de festas era alugado para bailes, aniversários e casamentos.
Enfim, marcou época na Zona Norte e muita gente relembra com saudade dessa fase.

Pra você entender como foi importante; depois de sua abertura, o governador da época Adhemar de Barros, viu aquilo como utilidade pública. A elite paulistana, enfim descobriu o local e passou a não só frequentar, como realizar apostas. O negócio era tão sério que os resultados eram divulgados na Gazeta Esportiva.

Mas tudo o que é bom dura pouco. Tudo o que é vivo, morre e ali aconteceria a mesma coisa. Na década de 1970, o público foi se desinteressando por apostas, cavalos e tudo o mais e ali, começava a perder público e entrou numa grande crise.

Crise essa que fez a Sociedade Paulista vender o espaço para a extinta Rádio Tupi, que instalou uma grande antena de transmissão.
No entanto, a crise continuou e com o aumento de outros tipos de jogos, o desinteresse por apostas aumentaram e o governador Jânio Quadros solicitou o fechamento do local, para construir um parque, onde todos os moradores da região pudessem aproveitá-lo.


ENFIM, O PARQUE...

Em 2004, iniciou- se o processo de tombamento onde pertenceu a Sociedade Paulista e todo o entorno. Tudo aquilo que fez a Sociedade Paulista de Trote ser o que era ( Baias, salão de festas, administração, arquibancadas imensas, etc...) foi necessário para que o Conselho entendesse que o significado cultural daquilo não poderia ser esquecido. Então, um intenso processo de restauração foi planejado. Inaugurado em Agosto de 2006, o Parque do Trote, também é conhecido por ser o primeiro parque dirigido a deficientes físicos da cidade, tudo porque foi mantida a pista de corrida de cavalos e sua característica é um pouco maior em largura. O que facilita muito para quem tem mobilidade reduzida.

O parque é realmente uma delícia. É enorme e dá para ficar boas horas ali, fazendo vários nadas ou praticando a sua corrida ou algum outro tipo de esporte.

A vegetação também é marcada por bons jardins e árvores do tipo ipês rosa e amarelo, paineiras e espécies ameaçadas de extinção como o jequitibá-rosa e o meu preferido: pau-brasil.
Além de tudo isso, existe a Trilha dos Sentidos que permite a apreciação das flores, através do tato, olfato e visão. Ideal para quem tem algum tipo de deficiência.

Foram encontradas mais de 33 espécies de aves como quero-quero, gavião- carijó, pica-pau do campo e anu preto e anu branco.
Bem, tirando aves, acredito que não se encontra nenhum tipo de outros animais, porém no dia, ao tirar fotos, vi um sapo bem gigantesco.
Aquilo tirou um pouco da minha tranquilidade. Não que eu tenha medo, mas esse bicho pula... então, é melhor ficar atento.

Não existe lanchonetes dentro do parque e acredito que seja bem difícil encontrar uma ao redor, mas sempre tem ambulantes, vendendo alguma coisa.
Mas, tem áreas de piquenique e churrasqueiras, além de duas quadras poliesportivas para jogar o seu futebolzinho à vontade.


Quanto aos animais, você pode levar o seu doguinho desde que esteja com a focinheira adequada. E não se preocupe, há vigias e seguranças por toda a parte.


Mas, eu preciso confessar uma coisa: o parque é maravilhoso, incrível e o melhor de tudo: tombado. No entanto, ele está bem esquecido.
Aliás, muito esquecido. Falta manutenção adequada.
Onde já se viu um lugar com uma história tão linda e tão importante em São Paulo, sofre com o tempo e o descaso?
As casinhas que há muito tempo foram um importantes salão de festas estão completamente abandonadas. A última restauração foi feita em 2006, um pouco antes do parque ser inaugurado.

Depois disso, acredito que nunca mais foi feito nada. Cenário de Resident Evil perde. É algo estarrecedor, triste e isso é uma coisa que me dá muita raiva. É o nosso patrimônio. Um dia, aquilo foi importante e pertence a nós de alguma maneira.
Preservar a História é preservar a nossa identidade. Deixar isso para lá é burrice e um ato criminoso.

Mas, mesmo assim dá para curtir o parque numa boa e acho que cabe a nós, lutar pelo o que é nosso. Se esse é o único parque da região, porque não unir as vozes e mostrar que tudo isso incomoda?

O que deveria incomodar é ficar em casa, presa a programas policiais que nos fazem uma lavagem cerebral sem precedentes.

Curtiu? Pois então... acho que vale a pena, ficar uma tarde em um lugar que foi a era de ouro das corridas de cavalos e sentir a aura dos apostadores, dos cavalos correndo e da alegria toda.
Mesmo porque, aquela cerquinha típica que separam a plateia dos animais ainda existe. E é algo mágico.
Sim, consegui me transportar para um daqueles dias e foi mega engraçado.
Só eu tenho sensações assim?
Me conta.

Endereço: Avenida Nadir Dias de Figueiredo, s/n - Vila Guilherme
Telefone: 11 2095 0165
Horários: Diariamente: Das 5h30 às 20h00 // O Portão 1 fecha às 18h00
SEM SITE
Possui WI-FI
Não possui estacionamento
GRATUITO



VAI VIAJAR?

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Ficamos por aqui, andarilhos. Vá e sinta a aura mágica de São Paulo na década de 1970. Tente se transportar e passe uma dia incrível com o seu amor, pegue um livro e descanse!

Beijos apostados e até sábado!




sábado, 18 de janeiro de 2020

#294 SESC IPIRANGA + EXPOSIÇÃO: O PASQUIM - 50 ANOS

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão aprontar nesse fim de semana?


Existe coisa melhor do que a liberdade? Liberdade de expressão, de pensamentos, de ideias e principalmente, a liberdade de ir e vir.
Não, não existe nada melhor do que isso. Se existir, alguém me fale. Por favor.

Em tempos onde, novamente, nossas ideias começaram a ser controladas, a arte e a cultura estão sendo perseguidas, onde a educação começa a ser desmontada, jornalistas sendo atacados e tantas outras coisas tristes de ser vistas e ouvidas, o lugar de hoje é um alívio para a alma.
Vamos aproveitar enquanto ainda temos.


Bora conhecer o SESC IPIRANGA e conferir a EXPOSIÇÃO: O PASQUIM - 50 ANOS?


Imagina você criar um jornalzinho ali no Rio de Janeiro, justamente na época mais repressiva da Ditadura Militar Brasileira? Pois é.

Seria quase tudo tranquilo, se esse jornal lançado por um dos maiores e melhores profissionais, o cartunista Jaguar e muito outros intelectuais, não tivesse criado um diálogo de oposição ao Regime.

Criado em 1969, o semanário que imediatamente se tornou um sucesso de público, chegou a atingir a marca de 200 mil exemplares, sendo um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro até hoje.
Com muito humor, o jornal tratava de comportamento e até assuntos triviais, mas quando foi instituído o AI-5 e a repressão aumentava cada vez mais, o Pasquim começou a afrontar e passou a ser o porta voz da indignação das pessoas.

Pois é. E é no bucólico SESC IPIRANGA, com curadoria de Zélio Alves Pinto e Fernando Coelho dos Santos, que essa exposição relembra os melhores momentos e comemora o aniversário de 50 anos desse jornal memorável, peculiar e diferente.

Diferentes formatos estão espalhados e que contam essa história super interessante. Logo na entrada, na área de Convivência, que é destinada à Leitura, reúne O SOM DO PASQUIM que são discos de vinil com música lançadas na época. Com fones de ouvido e banquinhos, você poderá ouvir a primeira gravação de "Águas de Março" de Tom Jobim, além de anedotas e piadas de Ronald Golias e Zé Vasconcellos.

Detalhes: são 5 discos de vinil expostos. Porém, no dia da visita, estavam funcionando apenas 2. O restante estavam em manutenção. Espero que tenham arrumado.

Ainda nesse espaço, há uma linha do tempo explicativa com as 50 capas mais interessantes dos 23 anos que o Pasquim existiu.

E, temos mais exposição na parte de fora, em um jardim que eu fiquei completamente apaixonada. Dá para tirar milhões de fotos, mas no dia, estava chovendo muito.
Enfim, nessa parte expositiva estão 33 totens dos jornalistas e colaboradores com uma mini biografia: então, abrace o Jô Soares, converse com o Ziraldo, escute o Jaguar, ouça o Vinícius de Moraes e tantos outros.

Mas, não pense vocês que tudo foram marshmellows e chocolates para eles. Em Novembro de 1970, 11 integrantes do Pasquim foram presos, por voz do regime militar, por causa de uma simples capa; que reproduzia a pintura de Pedro Américo no quadro "Independência ou Morte" com Dom Pedro gritando: EU QUERO MOCOTÓ.

Com linguagem jovial e escrachada, as entrevistas também eram incríveis. Jô Soares também foi perseguido por responder quais eram as mil e uma utilidades de uma cama e a cantora Maria Bethânia também quase foi presa por usar a palavra TESÃO.
Fala sério; vê se isso não é muita falta do que fazer?

E no Galpão da Unidade: uma réplica de uma redação de Jornal exposta, com uma mesa vitrine para olharmos todas as fotos, telefones antigos dos quais a gente pode atender e ouvir história dos integrantes. São curtinhas, cerca de 3 a 4 minutos cada, além de uma máquina de escrever disponível para o público escrever o que quiser.
Confesso que senti uma nostalgia e bem boa e é muito engraçado ver crianças tendo contato pela primeira vez com a máquina.
Pais, levem seus Enzos e suas Valentinas para saberem o que é uma máquina de escrever.

É tão gostoso escutar o barulhinho das máquinas.

Em contrapartida, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, lançou um site dedicado ao semanário, com as 1072 edições digitalizadas. Foi um trabalho de um ano, com a ajuda do Ziraldo e a Associação Brasileira de Imprensa ( ABI) que cederam exemplares para contemplarem essa coleção gigantesca , além de textos produzidos pelos colaboradores do Pasquim e os índices das sessões de jornal.

Aaaaah, eu já tive a oportunidade de pegar o Pasquim nas mãos e me deu uma saudade gostosa. Essa exposição é bem grandinha e aconselho a ter calma para absorver tudo.
Mesmo para quem não é jornalista, vale a pena conferir a história desse jornal que contribuiu e muito para o nosso comportamento, na pior época que o Brasil teve.

Endereço: Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga
Telefone: 11 33402000
Horários: Terças-feiras às Sextas-Feiras: 07h00 às 21h30 // Sábados: Das 10h00 às 21h30 // Domingos: Das 10h00 às 18h30 // Segundas-Feiras: FECHADO
Site: SESC IPIRANGA
GRATUITO
Possui ESTACIONAMENTO
POSSUI WI-FI
ATÉ 12.04.2020

É isso, andarilhos. Essa expo é uma resposta aos tempos horríveis em que estamos vivendo e que precisamos estar atentos, fortes e preparados para isso aqui não vire um Conto da Aia tupiniquim.


Beijos afrontosos e até semana que vem.

VAI VIAJAR?

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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

OS 10 MAIORES MICOS E PERRENGUES EM 03 ANOS DE "SOMOS ANDARILHOS". A #1 É ESPETACULAR!!!

Andarilhos da minha vida. Tudo bem com vocês? Vão aprontar bastante?


Hoje o post é um pouquinho diferente. Em vez de indicar algum lugar diferente ou novo, decidi reunir os maiores micos e perrengues que aconteceram nesses 03 anos de "Somos Andarilhos".

Nós dois, eu e o Alex andarilhos somos distraídos, ansiosos e afobados. Sim, é um verdadeiro caos.
Minha mente não é nada certinha e volta e meia vai acontecer alguma coisa errada ou desastrosa.
Isso é fato.

Então, obviamente que os rolês não sairiam normais. Tem muita coisa, de verdade. Mas, reuni os 10 maiores e mais engraçados dos quais lembramos e colocamos aqui.
Já adianto que não foi nada fácil criar a lista.

Aí, aproveita para conhecer esses lugares que foram um mico total por falta de planejamento, distrações ou desobediência.

Bora lá?



10. MUSEU DO JAÇANÃ.

Esse aqui não tem post, não tem foto, não tem nada de nada. Era Dezembro de 2017. Descemos no Metrô Tucuruvi, resolvemos ir a pé até o Jaçanã. Era pós Natal, não tinha absolutamente NADA aberto e achamos uma micro hamburgueria no meio do caminho e resolvemos parar para comer. Foram quase 3 horas andando a pé e chegamos no Museu na parte de trás. Parecia um ferro velho. Descobrimos uma outra parte dele, tocamos campainha, gritamos, batemos palma e nada. Apareceu uma mulher voltando do almoço, dizendo que o Museu estava de férias, que a visita era mediante agendamento e que não era aberto ao público para visitação.
Tivemos que andar tudo de novo até o metrô.


9. SÍTIO DA RESSACA

Imagina ir a um sítio arqueológico de sandália rasteira e um quase vestido? Quem faz trilha de sandália, pelo amor de Deus? Claro que não.
Escorreguei horrores e fui picada por formigas, obviamente.
Mas pensa que melhorou? Claro que não. Apesar da Casa ser incrível e não ter solicitado visita guiada, fiquei mais de 1 hora com um mulher colada em meu pescoço, sem trocar uma palavra comigo.
Foi horrível. O que ela pensou que eu fosse fazer? Roubar os murais que tem ali? Eu, hein?


8. ESPAÇO GARDEN DECORAÇÃO

Não tenho absolutamente NADA a reclamar. Foi um dos melhores lugares que eu conheci em 2019 e certamente, será o meu refúgio para fugir do Carnaval.
Foi um dia bem gostoso e vasculhei muitas coisas legais para comprar. O problema é que a floricultura é em pleno céu aberto e quando deu 5 horas da tarde, começou a chover tanto que tivemos que nos abrigar na loja. Mas não foi uma chuvinha não, foi um dilúvio que nos deixou presos na parte de dentro até às 19h30. É claro que o povo que trabalha lá precisava ir embora. E estávamos sem guarda-chuva. Não imaginava que pudesse chover daquele jeito.
O jeito foi ir embora com capa de chuva improvisada. Todos da loja se mobilizaram a confeccionar duas roupas para nós. Eram sacos de lixo. Tivemos que ficar por mais 2 horas nos protegendo dentro um posto de gasolina.
Até hoje, se lembram da gente.


7. PICO DO JARAGUÁ

Essa aqui já se tornou clássica. O que acontece quando você resolve subir uma montanha de quase 2000 mil metros de All Star? Quem faz trilha de All Star, pelo amor de Deus?
No meu caso, foi na descida. Escorreguei em mini pedregulho bem do safado e torci o joelho esquerdo. Sim, um mês sem andar e com muita dor.


6.PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ


As coisas também acontecem no maior parque linear do mundo. Quando descobri que tinha uma antiga casa de fazenda do século 17 perto da casa do andarilho, pirei. Isso foi no meio de 2018. Os tapumes estavam lá para que a casa fosse restaurada e relatos diziam que iria ser logo. Fiquei muuuuuito ansiosa.
Corta para a Jornada do Patrimônio/2019. Vi os totens no Metrô Tatuapé, dizendo que iria rolar visitas guiadas e tudo o mais. Fiquei muito feliz. Mais de um ano de espera e finalmente iria conhecer o casarão rosa que eu tinha me apaixonado.
Fuén. Cheguei lá e nenhum tapume havia sido retirado, nenhum restauro havia sido feito e nem sinal ou indício de que alguma coisa iria ser feita ali, futuramente. Propaganda enganosa total. Frustração completa.

5.CENTRO DE MEMÓRIA DO BIXIGA



Acho que nunca me senti tão mal na minha vida. O relato completo está nesse post aqui em cima.

Me senti curiosa, invasiva e mais um monte de sensações horríveis que eu não consigo explicar até hoje.
Era sábado, Copa da Mundo e quer saber mais? Clica no link.




4. CAPELA DA PUC

Ou o dia em que fui expulsa da Igreja. A Igreja é maravilhosa por dentro e por fora. Pode tirar fotos da fachada, mas não pode tirar fotos dos lado de dentro.
Eu não consigo ouvir um não direito, então, fui lá me aventurar.
O segurança, um baixinho de boca torta, já tinha me avisado que não era para fotografar.
Entrei na parte de dentro com a intenção de tirar pelo celular. Erradíssimo, eu sei. Mas, foi o que eu fiz.
O cara da faxina foi me dedurar, o segurança quase arranca o celular da minha mão e me solta um "TÁ PENSANDO QUE EU SOU TROUXA?" do alto do seu 1.60 e saímos correndo de lá, literalmente.

3. SHOPPING INTERNACIONAL DE GUARULHOS

O próprio post explica tudo o que aconteceu. Isso aqui o que aconteceu é surreal.


2. MACEIÓ

Imagina uma viagem que deu tudo errado? Principalmente na hora de voltar para casa. Onde já se viu, esquecer de olhar o dia de retorno e viver como se não houvesse o amanhã?
Resultado: perdemos dinheiro, perdemos reserva e gastamos um dia inteiro numa agência de viagens para resolver a volta para casa e pagamos 2000 reais completamente à toa, numa passagem de ida.
Sem contar que nessa viagem não deu praia em nenhum dia. Não fez sol.
A única coisa boa foi o hotel. Mais nada.


1.PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ


Micão. Fui ao parque pela primeira vez e achei gigantesco. Li que tinha quatis. E muito que bem... estava doida para ver, já que nunca tinha visto um pessoalmente.
Desejo realizado. Vi um reunião de uns 10 juntos, brincando. Os 10 perceberam minha presença e chegaram perto.
Um deles, se aproximou ainda mais. Talvez por eu estar com a câmera no pescoço.
Não sei o que deu em mim ou o que deu nele, saí correndo e sim, ele foi atrás de mim. Metade do parque simplesmente parou para ver a perseguição assassina. Até que eu cansei, ele cansou e não houveram registros em vídeo.
O Andarilho ficou tão chocado com o que viu que não teve como filmar.
Situação vexatória, absurda e que eu dou risada até hoje. Mico total.



Pois então, é isso. Ficamos por aqui com os maiores desastres nesses anos de "Somos Andarilhos" e espero que tenham se divertido.
E aí, quais são os seus?



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Beijos desastrosos e até sábado.