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quinta-feira, 6 de junho de 2019

#235 BIBLIOTECA PAULO SÉRGIO DUARTE MILLIET: INCENTIVANDO A LEITURA DESDE 1956

Hello, andarilhos. Como vocês estão? Muito frio por aí?

Sempre bato na mesma tecla que, nós só conhecemos algo melhor, andando. Carro pode facilitar e muito, só que eu acho que é mais objetivo e com ele, não vemos tantos detalhes, que só caminhando, podemos perceber.

O lugar de hoje, foi encontrado por acaso. Fui ao Tatuapé resolver algumas coisas e depois, decidi subir a rua Tuiuti inteira, até o final dela, para ver onde dava. 
Só a conhecia até a Praça Silvio Romero. Nunca tinha ido mais adiante.
Cheguei nesse lugar e já estava fechado. Falei com o Andarilho e voltamos lá no dia seguinte. Eu sou alucinada por bibliotecas, então eu precisava conhecer essa.

Vamos ler alguma coisas na BIBLIOTECA PAULO SÉRGIO DUARTE MILLIET?

Primeiramente, vamos descobrir quem é Paulo Sérgio Duarte Milliet.

Esse moço, nascido em 1930, era filho do poeta modernista, Sérgio Milliet e sobrinho do escritor Paulo Duarte.
Com uma família talentosa dessa, começou a escrever poemas, cheios de tristezas e melancolias. Ai, adoro poetas e escritores melancólicos.
Acho que só a tristeza nos faz escrever coisas lindas e profundas.
Pois bem, infelizmente ele nunca conseguiu publicar livros em vida e nunca viu o seu sucesso. Infelizmente, morreu muito jovem, aos 19 anos, em 1949. Mas, teve o pai que publicou sua obra que é lida até hoje.

Então, em 1956, essa Biblioteca foi inaugurada e seu patrono é o Paulinho, que apesar de sua vida e carreiras curtas, suas obras são muito importantes para a Literatura Brasileira.
Bora conhecer os poemas "Balada do Caminhante" e "Poema da Eterna Caminhada"?

Enfim, são 37 mil exemplares de livros especializados e de ficção de tudo quanto é tipo, revistas, gibis, espaço kids para os Enzos e Valentinas, seções especializada em artes, banco de peças teatrais, além de multimídia, sala multiuso e recursos audiovisuais, além de ter um telecentro com 17 computadores disponíveis para utilização.
Tudo isso, ao redor de uma praça lindíssima que está sendo revitalizada. Aliás, acho que eu me apaixonei por lá, por causa da Praça que é toda diferentona.

Na época de sua inauguração, teve um impacto cultural muito forte no local, pois não haviam bibliotecas presentes por ali.
Era uma nova era chegando, pois sua missão era incentivar a leitura, estimular formas de expressão e desenvolver o senso crítico de todas as formas, incentivando um laço familiar e criando um vínculo com a biblioteca e a comunidade.

Desde então, fazendo inúmeros projetos para fomentar e incentivar o povo criar e gostar do hábito da leitura. Até que, em 1996, seu nome "Biblioteca da Mooca" muda e ganha o nome do Patrono atual.

A Biblioteca é a coisa mais gracinha do Universo. O espaço é super organizado, limpo e o atendimento é maravilhoso. Todos os atendentes são super simpáticos e amei passar um tempo ali, vendo tudo e tirando fotos.
Ah, e se quiser fazer carteirinha para retirar livros ( eu realmente espero que alguém ainda faça isso), é só levar o seu RG, CPF e comprovante de residência. A carteirinha fica pronta na hora.
Eles emprestam até 4 livros por 15 dias. É bastante tempo.

Ah, e já ia me esquecendo. A Biblioteca sempre promove eventos como: saraus, contação de histórias, oficinas, teatros, entre outros.
Vale a pena ficarem ligados.

Curtiu? Bora para a biblioteca que eu acho bem melhor do que perder tempo sentado em bar. Ah, eu acho.

Endereço: Praça Ituzaingó, s/n - Vila Regente Feijó - Tatuapé
Telefone: 11 2671 4974
Horários: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: Das 09h00 às 18h00 // Sábados: Das 09h00 às 16h00 // Domingos: Das 09h00 às 13h00
Facebook: https://www.facebook.com/pg/paulosergio.milliet/events/?ref=page_internal
POSSUI WIFI
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
GRATUITO

Ficamos por aqui, andarilhos. Nada melhor do que ter que companhia de livros para nos deixar mais fortes e entendidos. Combatemos o nosso inimigo com muita leitura, pois só elas nos traz senso crítico e inteligência para lidarmos melhor com o mundo e com o próximo.

Beijos cultos e até sábado.






sábado, 18 de maio de 2019

#230 BIBLIOTECA NARBAL FONTES : UM PEDAÇO DA FRANÇA NA ZONA NORTE

Hello, andarilhos. Tudo bem? Estão preparados para a Virada Cultural?

Quem acompanha o blog, sabe que para mim, livros são uma das melhores coisas da vida. Ler é a melhor forma de agregar conhecimento e nos livra completamente da estupidez e ignorância.
Acho que não há nada mais bonito do que ver uma estante repleta desses calhamaços cheios de páginas.

Eu soube do lugar de hoje por causa da Jornada do Patrimônio de 2017 e logicamente, eu precisava conhecer.

Vamos passar um dia lendo na BIBLIOTECA NARBAL FONTES?

Muito antes de nascermos e de ser uma biblioteca, o lugar pertencia a uma família tradicionalíssima e que se instalou no bairro de Santana.
Apresento a Família Baruel, que chegou por aqui, conseguiu um alqueire de terra e ali começou a cultivar milho, arroz e cana. O progresso veio rápido e eles enriqueceram.
O homem da família, era Francisco Antônio Baruel, alfeires de milícia, além de ser agricultor, fabricante de farinhas e telhas . Jesus, o homem fazia de tudo. Quer dizer, ele não... o infeliz tinha escravos que faziam por ele.

O que eu não tinha ideia é que o lugar que a família fabricava essas telhas fica onde o Sítio Morrinhos está hoje. Eles moraram por lá.
Eu já falei do Sítio Morrinhos por aqui. Foi um dos primeiros posts do blog. Inclusive, eu cito essa família lá no texto, mas não pesquisei nada sobre eles na época. Meu Deus, que preguiçosa eu sou.

Enfim, a família teve 5 filhos e um deles se formou em Farmácia e fundou a Farmácia Baruel no Centro da cidade e que se tornou um local muito importante e frequentado pelos estudantes de Direito, amigos do filho.

Daí, vem as homenagens: o filho farmacêutico Francisco Baruel, constrói um castelo para a filha, Maria Baruel, com o dinheiro da herança do pai, com uma arquitetura única, em estilo normando ( estilo francês, da Normandia).

Francisco morreu em 1928 e Maria viveu lá, até a morte do pai, quando veio a Prefeitura, com sangue nos olhos para tirar a mulher de lá, afim de fazer uma expropriação para utilizar a casa como bens assistenciais.


ENFIM, A BIBLIOTECA NARBAL FONTES...

A Chácara foi desmembrada e uma parte foi para a Prefeitura. Então, com um decreto criado em 1850, assinado pelo então prefeito Lineu Prestes, foi determinado que Capital e distritos houvessem Bibliotecas Infantis.
E com isso, foi criada a Biblioteca de Santana em 1951, com uma inauguração luxuosa, com a presença de Jânio Quadros, professores, pessoas da alta sociedade, autoridades, políticos incluindo o Secretário de Cultura, na época.

Em 1973, a Biblioteca muda de nome e passa a ter um patrono: esse mesmo, o Narbal Fontes.

E qual foi a importância dele?
Nasceu em Sorocaba, em 1899, se formou em Medicina no Rio de Janeiro, mas gostava mesmo era de livros.
Sei lá, às vezes, estar no meio de bisturis e cirurgias deve ser chato para caramba e nada divertido. Estar no meio de livros, não. Então, passou a vida escrevendo peças teatrais, poemas, novelas e até ganhou prêmios. Foi um dos compositores da música "Brasileirinho" e fundou uma Revista. O homem fez de tudo um pouco, até morrer em Abril de 1960.

Acho que não é à toa que esse homem é o Patrono de um lugar tão importante e tão rico.

Infelizmente, não podemos tirar fotos do lado de dentro, mas a Biblioteca conta com 32.000 exemplares de livros, incluindo literatura geral, espaço kids para todos os Enzos e Valentinas, espaço de revistas, DVDs e gibis e 6.000 de diversos itens entre mapas, atlas, partituras, entre outros...
E também dispõe de salas de pesquisa confortáveis para ficar à vontade.
Além de possuir banheiros masculino/feminino/unissex e um bebedouro com água geladinha.

E se não quiser ficar do lado de dentro, o espaço possui 1140 metros com um Jardim bonito, mas que precisa de cuidados, mas que ainda dá para tirar fotos lindíssimas.
Como o casarão é tombado, qualquer manutenção que pensarem em fazer ali, é preciso autorização.
Eles também emprestam livros. Basta fazer a sua carteirinha.

Outra coisa muito importante: o lugar também é usado para eventos culturais. Como eu já disse, só ouvi falar da biblioteca por causa da Jornada do Patrimônio. Além disso, eles promovem Encontro com Escritores, Exposições, Cursos, Oficinas, Palestras, além de obederecem o calendário cívico como: Dia das Crianças, Folclore, Proclamação da República, etc...

A Biblioteca também fazem visitas guiadas e tem parceria com Escolas, o CAPS ( Centro de Atenção Psicosocial - esse mesmo que o seu Presidente quer acabar) que toda semana, incentivam jovens e crianças a se interessarem por leitura, abrigos e centros educacionais.

Mais um lugar que me surpreendeu demais e fui muito bem tratada por todos. É incrível o poder que um blog tem.
Mas, mais do que isso; é a reação das pessoas quando eu digo que estou divulgando lugares fora do eixo Centro/ Paulista. Eles ficam tão felizes. É como se eu tivesse descoberto o ouro e fosse revelar para o mundo.

Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 170 - Santana ( 20 minutos de caminhada)
Telefone: 11 2973 4461
Horários: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: Das 09h00 às 18h00 // Sábados: Das 09h00 as 16h00 // Domingos: 09h00 às 13h00
E-mail: bmnarbalfontes@yahoo.com
Facebook: https://www.facebook.com/bibliotecanarbalfontes/
GRATUITO
WI-FI LIVRE
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO

That's all, andarilhos. Sim, biblioteca é um lugar para passeio. Estar no meio de livros pode parecer entediante, mas só eles trazem a resposta para tudo.
E como eu amo o silêncio, sentar e ficar lendo uma tarde toda é muito divertido sim. Você já experimentou?
E a Biblioteca Narbal Fontes por si só já é um convite.
Bora?

Beijos franceses e até quinta que vem!