sábado, 24 de fevereiro de 2018

#102 CASA DA IMAGEM

Olá, andarilhos! Tudo bem? Um ótimo sábado a vocês!


Eu sempre repito por aqui, quase que como um mantra, que eu amo lugares diferentes. Apesar de ser turístico, o lugar de hoje também não é muito conhecido.
Menos conhecido do que o Páteo do Colégio e o Solar da Marquesa de Santos e é tão pouco falado que quase não tem informações dele pela Internet. Eu não vejo gente falando que vai sair de casa para conhece-lo.
Bom, o lugar de hoje é mais um sítio arqueológico. Ah, andarilhos, eu amo um sítio arqueológico. Fico encantada com esses lugares que eram tão rústicos no passado. Fico alucinada com as coisas encontradas debaixo do solo. Já falei por aqui que eu sempre saio doida e que eu fico super curiosa com o que tem debaixo do chão da minha casa, já que foi um presídio e logo depois um cemitério. Sim, segundo meu avô, minha casa foi construída em cima de um cemitério. Sempre escuto barulhos esquisitissimos, mas... isso é outra história.

O lugar de hoje é mais um sítio dos dezessete pertencentes do Museu da Cidade de São Paulo. Já fui em sete deles. E todos eles respirando arte e história.

Apresento a CASA DA IMAGEM.

Logo explicarei o porquê de se chamar Casa da Imagem. Vamos do início. Também é conhecida como Casa no1.
Ela tem esse nome por causa de seu antigo número (1) e ficava na importantíssima e antiga Rua do Carmo.
Segundo documentos, essa casa linda e imensa que possui 3 andares, é de 1689. Faltavam 296 anos para eu nascer. Gente, muita loucura.
Sua construção foi feita através de taipa de pilão ( areia, barro e argila ) como a maioria das casas nessa época. As construções paulistas tinham essa característica e esse tipo de material foi utilizado até o século XIX.
A casa pertenceu a vários donos e chegou a ficar abandonada por 13 anos, até que foi instalado no imóvel, o Colégio Paulistano. No fim do do século XIX, o imóvel passou a ser do Governo de São Paulo e pertenceu a Companhia de Gás até 1910. Depois disso, vários órgãos da Polícia passaram por ali até 1970. Em 1974, o Instituto Genealógico Brasileiro e a Academia Paulista de Direito teve o direito ( trocadilho?) de utilizar os serviços por ali.
E assim, de novo, a bendita ficou abandonada por mais dois anos. Em 1976, a recém criada Secretaria de Cultura instalou-se ali e aí, então, a casa começou a ser objeto de estudo e descobriram que ela precisava de restauro, novas pinturas, recapagem e que o edifício precisava ser remodelado para um  futuro projeto que começava a ser criado.
Sei lá, acho que depois de tanta gente ter passado por ali, era impossível que tudo estivesse realmente bonitinho. Alguma coisa teria que ser feita.

Então, o restauro foi concluído em 1980 e oficialmente passou a pertencer ao Departamento de Patrimônio Histórico.

É claro que eu resumi tudo. Não dá para colocar 290 anos até 1985 em um blog. Não estou muito a fim que vocês durmam.

Sua arquitetura é única. O estilo é o eclético e os seus três andares remontam aos chalés que surgiram no interior da Europa no século XIX. O Centro Velho de São Paulo guarda muita coisas incríveis, parece mesmo que estamos no século XIX. Mas, tudo se contrasta com o novo. Só que, particularmente, essa rua, nos faz realmente pensar que estamos em 1940 ou 50. É como se um teletransporte viesse e nos sequestrassem. Já imaginou andar de bonde? Acho que essas é uma das ruas mais lindas de São Paulo. Outra rua que é lindíssima é a Avanhadava, inspirada na Europa e dominada pela Família Mancini que comanda a P*** toda, com todos os seus restaurantes no mesmo endereço , por exemplo. Quero falar dela logo, por aqui.

Em 2006, foi pedido um novo restauro e conservação. As obras se iniciaram em 2009 e foram concluídas em 2011, quando finalmente se tornou aberta à visitação e assim, surgiu a Casa da Imagem.

Finalmente vamos descobrir o que é a CASA DA IMAGEM. Agora que vem a parte mais legal
Para quem é publicitário, curte boas fotos, publicidade ( a publicidade brasileira é considerada a melhor do mundo), propagandas antigas e história, a Casa da Imagem, nada mais é do que uma instituição voltada a memória fotográfica de São Paulo. Se bem que não é só daqui não, tem muitas fotos de propagandas antigas que nos fazem sentir uma nostalgia gostosa.
São 84.000 imagens expostas na parede que passou por uma detalhada técnicas de conservação e restauro. Na verdade, são 130 mil imagens que foram localizadas. O restante ficarão em um banco de dados para acesso e pesquisa na Internet. Nesse banco de dados, ao fazer a pesquisa, conseguimos encontrar os autores das imagens e saber o quão importante eles são para a nossa história.

É maravilhoso esse projeto. Saber que a nossa cidade está toda documentada em fotos é muito importante para analisar e constituir nossa história. Sempre digo por aqui que saber História é importante. Impede de nós cometermos bobagem. Ler, se informar e estudar o que aconteceu no passado é a melhor coisa para saber de nós mesmos. História não é decoreba e nem precisa saber tanto das datas. Esqueça isso.
Precisamos aproximar o paulistano de São Paulo. Precisamos apresentar direito São Paulo para o turista. O Brasil não é só Rio de Janeiro e esqueça que praia de paulistano é shopping. Não é! Não precisa ser.

É importante que o cidadão tenha conhecimento de seu acervo e de sua importância, entenda que é preciso preservar o nosso patrimônio e que ele faz parte de tudo isso.

Reserve pelo menos, duas horas para visitar tudo. É foto demais para ser analisada. Se vocês forem como eu e o meu andarilho, e que gosta de ver tudo com os mínimos detalhes, 2 horas ainda será pouco. Depois, se der tempo, vá ao Solar da Marquesa de Santos que eu já falei por aqui, em dois posts passados. Vá ao Beco do Pinto e depois vá tomar um café no Páteo do Colégio. Reserve um dia inteiro para isso. É muito bom ficar ali no Centro Velho de São Paulo. Lugares icônicos merecem nossa visita.

A Casa da Imagem foi tombada em 1992 e é considerada patrimônio histórico. Nada pode ser mexido, violado ou estragado.

Endereço: Robert Simonsen, 136B - Sé - Centro / Linha Vermelha do Metrô
Telefone: 11 3106 5122
E-mail: contato.casai@prefeitura.sp.gov.br
Horário de Funcionamento: Terças feiras aos Domingos: Das 9h00 às 17h00 // Segundas Feiras: FECHADO
ENTRADA GRATUITA
Há serviços educativos no local.

Então, é isso andarilhos. Tirem o dia para andar por ali e respire a verdadeira São Paulo. Vá conhecer esses lugares que fizeram e fazem nossa história até hoje. Tudo ali inspira para fazer fotos lindíssimas. Passe o dia pelos três ( Páteo do Colégio, Casa da Imagem e o Solar ) e me diga o que acharam, ok? Voltem aqui depois. Vou adorar saber das fofocas!

Beijos, beijos, beijos!









quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

#101 PARQUE TRIANON

Hello, andarilhos! Como estão pós Carnaval? Conseguiram sobreviver? Espero que sim.


Eu sempre disse por aqui que eu evitaria os pontos turísticos. Enquanto os outros estão correndo atrás do vermelho, estou indo atrás do azul. Estou indo atrás de cor que não existe. Fazer pesquisas sobre que lugares ir é o mais difícil, já que lugares escondidos e curiosos geralmente não estão nos guias turísticos. Mas, como eu amo fuçar por aqui e ali, eu acabo descobrindo coisas do arco da velha. E não consigo parar. Chego a ficar cansada, mas é divertido. Não sei onde vai me levar, mas espero que seja para um lugar bom.
Não é que eu quero ser a diferentona. É que eu curto opções e o "e se...". Meu cérebro está sempre trabalhando em busca de algo que não é o que falam para mim. Talvez por isso, eu não gosto do igual...
Não consigo entender como as pessoas gostam de viver amontoadas, por exemplo, em um bloco de Carnaval. Isso jamais vai entrar na minha cabeça. Não é nem mais pela música. É pelo jeito que a cidade fica, os atropelos, os excessos, o exagero... enfim. É também como no Instagram: sigo muitas contas de viagem e diariamente vejo os Stories de umas 20. Algumas delas, estão nos mesmos países e é incrível como todas mostram a mesmíssima coisa. A mesma praia, as mesmas festas, os mesmos restaurantes, enfim... fica na minha cabeça: será que é só isso? Não tem museus legais, outras praias a serem apresentadas, livrarias, parques...? Meu Deus! As pessoas viajam errado. Eu jamais pediria uma música brasileira se eu fosse numa balada asiática, por exemplo. Se eu viajei para o exterior, tenho que conhecer a cultura de lá e desapegar um pouco da minha aqui. Foi para isso que eu viajei, afinal de contas.

Tudo isso, para dizer que, Graças a Deus, muitos países estão lendo e chegam no blog, talvez, pela curiosidade de conhecer mais sobre os pontos turísticos. É claro que terá, mas quero mostrar que São Paulo é muito mais do que um MASP, um Parque do Ibirapuera, um Museu do Ipiranga ou um Terraço Itália que eu dificilmente irei entrar um dia. Acho que não tenho nem roupa para entrar lá. Não será aqui que vocês irão encontrar turismo de luxo. Não gosto de lugares que pagam para respirar, maneira de dizer.

O lugar de hoje é muito turístico e já que tenho me interessado muito por parques, apresento o PARQUE TENENTE SIQUEIRA CAMPOS.
Ou mais docemente conhecido como PARQUE TRIANON. O nome oficial é homenagem ao militar e político que participou de uma revolta em 1924.
O parque foi inaugurado em 03 de Abril de 1892, um ano depois da estreia da Avenida Paulista por aqui.
Na época, São Paulo dominava com o cultivo e a distribuição de café e como sempre fomos muito influenciados pela cultura americana e europeia, o jardim ficou com ares ingleses. Não à toa, a construção ficou sob responsabilidade do arquiteto francês Paul Villon. Diz a lenda, que documentos antigos, o parque ficou conhecido como Parque Villon.
O nome Trianon vem do Clube frequentado pela elite paulistana na época. Barões do café, intelectuais, artistas e madames patricinhas que não deviam fazer nada o dia inteiro, frequentavam o bar do clube. O MASP ainda não existia. Lina Bo Bardi ainda não tinha entrado em ação para construí-lo. Imagina encontrar com esse povo todo na época. Acho que teria sido muito legal conversar com todos eles.
Por muitos anos, ficou conhecido como o Parque da Avenida e foi palco de muitos eventos e grandes festas luxuosíssimas. O nome do bar frequentado pela alta sociedade se chamava Belvedere Trianon e ficou por lá até 1957, quando foi demolido para dar espaço ao MASP.
Eventos curiosos como corrida de automóveis aconteciam. Fico imaginando quais eram os automóveis e qual era a velocidade. Deveria ser engraçadíssimo ver aqueles carrinhos fofos competindo. Em comparação com os carros de hoje, deveria ser corrida de tartarugas. Digo, os carros não deveriam ter tanta potência. Sei lá, também não entendo nada de carros.
Outro evento importantíssimo que ocorre até hoje, a São Silvestre, aconteceu em 1924 com a largada dentro do parque. Logo em seguida, no mesmo ano, foi doado à Prefeitura que deu o nome oficial em 1931.

Esse cenário é muito discrepante. Um emaranhado de folhas em seus 48 mil metros quadrados, com vegetação pertencente a Mata Atlântica. Um oásis no meio de tantos prédios. Acho injusto falar que São Paulo não tem verde, não tem natureza. Tem e muita... é só saber procurar.
A flora é bem extensa. São 135 espécies de árvores e todas muito bem localizadas. Digo, há plaquinhas indicando o que é o que. Mas, ainda assim, prefiro o Parque da Água Branca. Todas as árvores estão muito bem descritas.
Podemos encontrar espécies ameaçadas como o palmito-juçara, chichá e cabreúva. O que eu pude reparar também é que há muitos jequitibás e cedros. Cada árvore mais linda que a outra. Há outras espécies das quais eu nunca tive ouvido falar como tamboril e seafórtia.

A fauna também é bem agitada. Apesar de estar bem no meio da Avenida Paulista, é um dos únicos locais que é possível a reprodução desses animais. Obviamente, não encontraremos macacos, o parque abriga 37 animais alados ( já fico imaginando fadas) como várias espécies de borboletas, morcegos e 28 tipos de pássaros como o tico-tico, sabiá e um que eu nunca ouvi falar também, o piriguari.

Além disso tudo, o parque oferece playgrounds ( só crianças até 10 anos pode entrar ). Fico chateada que uma criança grande não pode brincar no balanço. Qual é o problema? Podia fazer um balanço para adultos também, né?
Se alguém quiser se exercitar, tem aparelhos de ginástica à vontade. Acredito que não pode entrar com bicicleta e nem com animais. Eu nunca vi as duas coisas.

Por domingo, já que a Paulista fica livre de carros até às 18h00, o parque costuma receber 8.000 pessoas. É muita gente... imagino o quanto não recebe por dia ou por semana.

Então é isso: São Paulo é uma cidade apressada que mal tem tempo de observar os detalhes. Entrar naqueles oásis composto por pedras portuguesas, bem no meio da Avenida Paulista é algo que precisa ser vivenciado. Ter esse contraste é importante. Meditar é importante.
Tire um tempo para você e ande por ali calmamente. Respire. Preste atenção nas esculturas: o Fauno de Victor Brecheret. Tem esculturas dele no Largo do Arouche também. Lembram que eu fiquei com vergonha de tirar fotos, por causa de um monte de gente que estava ali perto?
E também a Aretuza do Francisco Leopoldo Silva. Essa é maravilhosa. Tente imitar a pose da estátua. Será engraçado.
Caso queira tirar fotos profissionais, é preciso assinar um termo de responsabilidade, como todo parque obriga. Fiz um ensaio lindíssimo em janeiro desse ano. Ficou show.

Outra estátua lindíssima e icônica é a que fica bem em frente. É uma obra em mármore do escultor Luigi Brizzolara, que representa Bartolomeu Bueno da Silva, mais conhecido como Anhanguera. A história dele é bem importante. Vale a pena procurar.

O bom também que há um posto policial em frente. Acredito que seja fixo. Então, fique tranquilo em seu passeio.


Endereço: Avenida Paulista ( bem em frente ao MASP, não tem como errar ) OU Rua Peixoto Gomide, 949 - Cerqueira César -  Linha Verde Metrô ( Metrô Trianon )
Horário de Funcionamento: Diariamente - Das 06h00 às 17h30
ENTRADA GRATUITA
Telefone: 11 3253 4973 // 11 3289 2160


Bom, andarilhos. Vivo dizendo que é preciso conhecer melhor a sua cidade e só assim, você irá se
 conhecer melhor. É preciso estar atento aos detalhes. Viver correndo não é saudável. Tirar um tempo para você só nos finais de semana é perder um tempo precioso da sua vida que não voltará mais. Tenha essa consciência. Tire 5 minutos para ver o céu e mesmo que seja na hora do seu almoço, vá para o parque e tenha a sensação de que nada mais existe. Esqueça o barulho de carros, esqueça a lotérica, as contas para pagar e escute os pássaros, veja o que passa desapercebido na sua vida, cuide mais de você, mesmo que seja 15 minutos. Respire, esqueça um pouco do seu celular e viva. Você merece.

Depois voltem aqui e me diga o que acharam. Conversem comigo. Deem sugestões. O que vocês gostam de fazer? O que é legal ser mostrado por aqui?

Beijos, beijos, beijos!





sábado, 17 de fevereiro de 2018

#100 TEMPLO ZU LAI

Hello, andarilhos! Vocês estão bem? Estão nessa de bloquinhos e folia ainda? Já não chega?


PARABÉNS PARA NÓS. CHEGAMOS AO POST NÚMERO 100. QUERO AGRADECER IMENSAMENTE POR FAZEREM O BLOG CRESCER E POR ME FAZER ACREDITAR QUE ELE VAI CHEGAR EM ALGUM LUGAR A QUALQUER MOMENTO. QUERO LEVÁ-LO PARA TV. EU PRECISO LEVÁ-LO PARA A TV. QUERO TRANSFORMÁ-LO EM ALGO TELEVISIVO. REDE GLOBO, MULTISHOW, SBT, GLOBOSAT, O QUE FOR, ME NOTEEEEEEM! CONTINUEM LENDO, APOIANDO, DIVULGUEM PARA OS AMIGOS, INTERAJA, O BLOG TAMBÉM É SEU. QUERO SABER O QUE VOCÊS ACHAM DELE E O QUE FAZEM PARA SE DIVERTIR. ALGUM LUGAR DIFERENTE OU CURIOSO PARA INDICAR?

Andarilhos, são 100 postagens. Fico imaginando e me perguntando qual é a quilometragem que eu já andei. São 100 lugares completamente diferente uns dos outros. Uns são mais legais, outros são de menos. Já fui em lugares que eu achei que seriam o máximo e foram uma decepção total e tiveram lugares que eu não dava nada e que me surpreenderam completamente. Acho que essa é a graça, não é? E vem muito mais por aí... continuem lendo e por favoooooooor, comentem alguma coisa. Conversem comigo, vai?
Bom, vamos ao resultado da enquete. Há 2 semanas, fiz uma votação: qual lugar deveria ser homenageado no centésimo post. Templo Zu Lai ou Theatro Municipal? O resultado foi...


Eu não achei que eu deveria falar de religião por aqui. Cada um acredita ou não acredita no que quiser. Seja lá qual for o seu credo, se você é ateu, hindu ou bruxo, temos que respeitar aquilo que é incompreensível para nós. Fé é algo único e algo que não deve ser explicado, assim como o amor. Como a fé parte da vivência que temos e da experiência que cada um tem, não dá para impor a sua fé diante de outra pessoa. Ela nunca passou o que você passou e vice-versa. Respeito é bom e nada mais lindo do que respeitar e saber que o seu Namastê tem a mesma importância que o saravá do outro. O que será no final de tudo isso? Um dia vamos saber. Estamos pensando muito no Juízo Final e estamos esquecendo do agora, de consertar nossas atitudes, nossos pensamentos e esquecendo do quanto somos mesquinhos e intolerantes. Será que vamos mesmo para o Céu? Não somos aptos a entender isso.

Seja lá você evangélico ou católico, adepto do camdomblé ou do espiritismo, precisamos nos unir e entender que todas as religiões pregam algo único, só que de maneiras diferentes. Eu tenho minha fé, fui para a igreja durante muitos anos e hoje tenho uma grande preguiça. Eu oro sempre que dá e converso com Deus o tempo inteiro. O tempo todo. É um bate papo sem fim. E é legal.

O lugar que venceu a enquete é um reduto de paz, tranquilidade e harmonia. Acho que deveríamos aprender mais com os budistas. Tudo o que eles querem é paz interior, luz e harmonia. Mais nada. Vamos desapegar das coisas e dos outros e nos concentrar o que é realmente importante de fato. No dia que todo mundo entender que não são milhões de dólares que te deixarão feliz e que um Fusca te leva para o mesmo lugar do que uma Ferrari, as coisas ficarão cada vez mais fáceis. Os princípios são bonitos e deveriam ser postos na prática. Vamos aprender a ser livres.

Enfim, apresento o vencedor da enquete. TEMPLO ZU LAI. Um dos lugares mais lindos que eu já vi.

ZU LAI ( significado ): Do chinês para o português: aquele que foi/veio.


O Templo Zu Lai foi inaugurado em 05 de Outubro de 2003. É o maior templo budista da América Latina com 10.000 de área construída, ocupando um terreno de 150.000 metros quadrados.
O templo é ligado ao Monastério Fo Guang Shan, com raiz no Budismo Mahayana. Sua intenção para os adeptos, frequentadores e curiosos é mostrar os ensinamentos e divulgar os princípios do budismo através da educação, cultura, filantropia e purificação espiritual.
Eu não sou budista, mas eles pregam o que muitas igrejas deixaram de pregar. Ensinamentos que ficaram perdidos: tolerância, respeito e amor ao próximo. Essas três palavrinhas deveriam ser a base da educação e filosofia de vida de qualquer um. Não é preciso ser muito inteligente para perceber isso.

A história do templo começa há mais de 20 anos, quando um mestre muito importante veio ao Brasil a convite e para prestigiar a oficialização de um monastério. Um casal, discípulos do mestre, estavam presentes na cerimônia e muitos alegres ao ouvir as palavras do mestre na realização da cerimônia, resolveram doar o sítio da família para ele. E assim, no futuro se transformaria no templo lindíssimo que vemos hoje.
Desde então, o Templo tenta conservar a tradição milenar e realiza práticas e cerimônias para os adeptos. Então, desde a sua criação se baseia em quatro pilares, sob os "Oito Preceitos": cultural, educacional, ações sociais e das práticas religiosas. Acho que desapego também é uma prática cada vez mais difundida.

Ao longo de 11 anos de existência, com uma divulgação ampla e o número de adeptos cada vez maior, o espaço ficou inviável e já não comportava mais tanta gente. Em maio de 2000, procuraram um novo terreno e tiveram como base as construções orientais da Dinastia Tang ( não o suco) e foram construídos por engenheiros brasileiros, taiwaneses, chineses e japoneses, além de ajuda dos 4 cantos do mundo ( Brasil, Paraguai, Argentina, EUA, entre outros).

Eu sempre via por fotos e achava realmente muito lindo, mas por foto, não é a mesma coisa que ver pessoalmente. A imensidão do templo é algo inacreditável. As esculturas são chocantes. Até as cores são diferentes. Parecem ter vida e conversam com você.

Logo que chegamos, a cerimonia já tinha  começado. Meu andarilho é budista, mas eu não. Então, não participamos. Acredito que só quem já está acostumado a participar. O local é aberto, então dá para ver o ritual. Você não pode se aproximar muito. Se der um respiro diferente, as pessoas que tomam conta do salão, já pedem para se afastar. Eu achei isso um pouco irritante. Mas, como eu sou visita e estava pisando num solo sagrado do qual não estou acostumada, deixei pra lá. Eu brigo internamente. O que é um pouco contraditório dentro de um templo budista.

Preste bastante atenção na roupa que está usando. Eles não toleram decotes, regatas, saias muito curtas ou bermudas. Eu acho certo. Tudo bem que não é uma igreja, mas é um local de muita espiritualidade. Não dá para ir de qualquer jeito. OK, eu estava de regata, mas estava de calça larga, então ninguém reclamou.
Se desconecte um pouco e presta atenção nos cânticos ou mantras. É admirável a capacidade dos monges a cantar por horas. Percebi que eles também batem um uma espécie de tambor. Acredito que deve doer o braço, pois ficam assim durante um bom tempo.

Chegamos lá achando que não tinha muita coisa a ver ou fazer. Há tanta coisa que você fica até meio perdido. Primeiro, que tudo é fotografável. Então, esqueçam as horas e escolham as melhores poses e os melhores ângulos.
O Jardim parece o paraíso. É perfeito. Acredito que exista milhões de lugares perfeitos no mundo e acho que esse configura entre eles.
Há muitos jabutis no lago e eles são bem fofos. Até fazem pose. Para quem tem medo de aranhas, esse não é lugar indicado. Tem várias delas e eu que não ligo muito, não gostei. Elas são gigantescas. Passeie pelo Jardim, preste atenção nas esculturas e nos diversos Budas ali espalhados. São vários. Não são um só.
Conhecemos apenas um, a representação do homem gordinho.
Para saber mais sobre o Budismo e suas variações, funciona o Museu de Arte Budista que conta toda a história da religião, como é o pensamento e explica todos os níveis de espiritualidade. Tem muitos objetos, o que eu achei bem legal por ser um espaço bem pequeno. Ali dentro, é proibido tirar fotos. Até tentei, consegui discretamente, mas apaguei. Eu me senti culpada, então o arrependimento bateu e resolvi descartar a foto. Não façam o que eu fiz, ok?
Para quem curte a história das coisas como eu, dá para ficar um tempinho bom no Museu.

Como tenho certeza de quem vai até ali é para ficar o dia inteiro, obviamente precisa matar a fome Eles servem almoço vegetariano. O refeitório é gigantesco e como sempre vai muita gente, aconselho a ficar perto da cozinha, assim que abrir, para evitar filas. A comida é uma delícia e a trilha sonora é oriental. Antigamente, o almoço era gratuito, mas como o templo não recebem auxílio nenhum do nosso governo lindíssimo, acho muito mais do que justo para manter um local tão sagrado e importante funcionando.
O valor do prato é R$30,00. Tem restaurante no Centro de São Paulo que é muito mais caro do que isso, então compensa e muito.
Há a Cafeteria também, onde pães feitos pelos monges são vendidos. Muito mais baratos e menos abusivos do que os pães feitos pelos Monges do Mosteiro de São Bento. Comprei um e achei bem gostoso e tomamos raspadinha de uva. Bem coisa de criança mesmo.
A lojinha de souvenires é uma graça. Os preços são acessíveis. Meu andarilho comprou 3 camisetas com ideogramas orientais e eu comprei um leque branco lindíssimo para minha mãe, por R$10 reais.

Outras coisas que não são permitidas: animais de estimação, fotos, fazer piquenique, demonstrações de afeto como beijo e abraços, posturas inadequadas e não fazer barulho na porta da sala de cerimônias.
Fotos são permitidas dentro da área aberta, desde que seja para uso comum. Nada de drones, fotos para comerciais, books e ensaios. Acho um pouco de folga já.

O templo também se mantém ministrando cursos, como Tai-Chi-Chuan. Eu tenho vontade de fazer, deve queimar várias calorias. Eu pude assistir a apresentação e é algo muito legal de assistir. O Ano Novo Chinês está aí. Dia 25 de Fevereiro terá a celebração. Acho que é um programa muito legal de se fazer. Então, se programe.

Andarilhos, então é isso. Por mais que eu fale e tente descrever, as palavras seriam poucas para dizer como tudo é maravilhoso. Só vendo de perto mesmo para entender o que é aquilo. Não tem como explicar.

Endereço: Estrada Fernando Nobre, 1451 - Parque Rincão - Cotia
Telefone: 11 3500 3600
Acesso pelo km 28 da Raposo Tavares
Há um ônibus que sai da Liberdade. Ele fica atrás da Ikesaki ( loja de cosméticos ) e é cobrado R$15,00 por pessoa. Tem 46 lugares, então aconselho chegar bem cedo. O horário de saída é 8h30, mas chegue uma meia hora antes para garantir o seu lugar. O horário de volta é 16h00. Então, se programe.
Site do Templo ( toda e qualquer informação sobre cursos estão lá): http://www.templozulai.org.br
ENTRADA GRATUITA

Então, se desconectar é preciso. Sair dessa rotina louca é extremamente importante para o descanso da nossa mente.
Entre em contato consigo mesmo e veja o que sua alma pede. É muito importante escutar e sentir isso. Estar em um ambiente de paz ajuda e muito. É importante conhecer novas culturas, religiões e pessoas. Traz amadurecimento pessoal e espiritual. Tem pessoas que viajam o mundo inteiro e não conseguem encontrar isso. Talvez isso esteja perto de você. Em São Paulo, em Cotia. Ouça o chamado. Não é tão difícil.

Depois, voltem aqui e me contem o que acharam, certo?


Beijos, beijos, beijos!

















quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

#99 ROLLER JAM

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? Estão vivos ou foram atropelados pelo Carnaval? Curtiram muito?

Eu amo fazer coisas diferentes. Vocês já estão cansados de saber isso por aqui. Cultura de massa NUNCA foi e nunca será a minha escolha. Ainda mais agora, que resolvi andar por São Paulo e minha pesquisa sobre lugares diferentes parece não ter fim. Sempre que vem uma lista para minhas mãos, há sempre um lugar novo que eu nunca ouvi falar. Quando eu falo que eu qualquer buraco em São Paulo sempre tem algo a nos mostrar, é a pura verdade. São Paulo esconde milhões de segredos. Mas, ela prefere não guardar esses segredos. É como um caça ao tesouro, daqueles de Páscoa. Precisamos ir atrás para descobri-los.

Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando falamos em balada? Badalação, muitos crushes, bebida, gente bêbada, música alta e dançar até o sol aparecer, não é? Eu também nunca curti ficar de madrugada zanzando por aí. Eu amo a tarde, nem da manhã eu gosto muito. Gosto de ter hora para chegar e hora para sair. Ficar muito tempo ou muitos dias em um lugar, me entendia num tanto que me desespera. Tem uma dose certa para mim. Eu tenho que fazer outra coisa quando eu enjoo daquilo. Imediatamente!

Enfim, não precisa ser desse jeito que eu disse. Quando eu falei por aqui também que eu não curto barzinhos, eu me refiro à ficar sentado, botando a fofoca em dia e fazendo retrospectiva de Facebook. Sou completamente a favor de bares que entretenham o público de alguma maneira. Eu simplesmente não consigo ficar sentada. Então, uma prova disso é o Willi Willie que eu já falei por aqui. Uma reunião entre amigos e depois, flechadas e mais flechadas.

O lugar de hoje é sensacional. Fui comemorar o aniversário da minha irmã... andando de patins. Isso mesmo!
Apresento a ROLLER JAM. Para quem curte andar de patins, clima retrô e música boa, esse é o lugar ideal.
A história tem seu começo, lá pelo início dos anos 1990, quando dois jovens patinadores se conheceram em rinques de patinação nos Estados Unidos. Como lá é algo trivial, essa dupla com vocação para negócios, voltou para o Brasil e resolveram se juntar e a criar a Roller Jam. A casa está fazendo 5 anos de existência. É bem nova.
Instalada em 1200 metros quadrados, tem como destaque uma pista de patinação de madeira. Como eu disse, o clima é bem vintage. Tudo para sentir no clima da época de sua tia-avó. Época da disco music, bailinhos, John Travolta com o seu "Grease". O melhor de tudo é a trilha sonora: pop rock dos anos 1970, 1980 e 1990. Simplesmente perfeito. Há um DJ que comanda enquanto patinamos. Ele é bem alto-astral. Aliás, sempre tem DJs convidados.
Caso tenha medo de andar de patins ou não saiba direito, há monitores para te auxiliar quanto patina ou se caso você sofrer alguma queda. Esse foi o meu caso aliás, fazia tempo que eu não punha um patins no pé e eu sou acostumada com aquele de quatro rodinhas enfileiradas. Levei 2 mega tombaços. Torci o joelho e o pé e na segunda vez, bati o cóccix que está doendo até agora e não estou conseguindo andar direito, no momento. Se acontecer algo mais sério ao cair e você chegar perto de morrer, bombeiros socorristas irão te ajudar.
O bom é que o visitante pode trazer o seu próprio patins ao invés de alugar. O que eu bem recomendo, sabiam? Aliás, essa foi a única coisa que eu não gostei nada, nada. Eu não tenho patins e tive que alugar. O estado deles e dos equipamentos não são muito bons. Tenho certeza que eles não lavam os patins. Sim, tem cheiro de chulé e é bem forte. Os equipamentos de segurança estão muitos gastos. O velcro quase não gruda.
Ou seja, para 5 anos de casa que está longe de ser velha e os equipamentos já estão desse jeito, imagina quando completar 10 ou 20 anos. Sei lá, achei falta de cuidado. Eles precisam renovar o estoque URGENTE! Por isso, recomendo levar o seu patins e os seus equipamentos. É bem melhor. Acho que alguém tem que reclamar com eles. O ingresso não é tããão barato assim. Acho que dá para fazer novas compras. Um lugar tão legal quanto esse merece um pouquinho mais de atenção .
E acabo de descobrir que essa é a única pista de patinação da América Latina. Ou seja, fica mais feio ainda e acredito que a responsabilidade seja maior. Vamos renovar esses patins JÁ!
Se optar pelo aluguel mesmo, a numeração é de 26 a 45, é bem extensa. O que achei bem legal.


Caso se canse de andar de patins, tem a área de alimentação e de jogos. Uma lanchonete estilo Diner americana, irá te servir: hambúrguer, hot dog, milk shakes, cerveja, batatas fritas são o carro chefe. Enquanto come, dá para assistir videoclipes da época em vários telões gigantescos espalhados na parece.
Além de tudo isso, dá para se divertir com pebolim, sinuca, maquina de pegar ursinhos e fliperama retrô. Tudo é muito fofo.

Esqueci de me dizer que há armários para guardar as suas coisas e andar por lá, sem problemas. São 120 armários a sua escolha.
Nunca perca sua comanda. Eles cobram R$2,00 por perda.


Então, é isso. Pegue sua família, seus amigos e vão curtir um programa super legal e diferente. É muito bom conhecer coisas desse naipe. E que cada vez, pessoas com esse tipo de pensamento criem coisas ainda mais diferentes. E o melhor de tudo é que fica na Zona Leste. Precisamos redescobrir essa Zona que é tão esquecida pela mídia e que, muitas vezes, é marginalizada, por se concentrar a "periferia". Aff, que gente tonta! Acho que dá para viver sem shopping, sem ficar sentado se entupindo de calabresa e por mais que seja maravilhoso, não destine a sua vida só para o Netflix. Netflix é uma das melhores invenções da vida, mas tem um mundo lá fora a ser explorado.
Aterrise no Roller Jam e relembre a sua adolescência, quando as escolas deixavam levar os patins na sexta-feira para andar na quadra. Bora matar a saudades.

E para quem quiser aprender a andar de patins e arrasar depois, tem aulas todo sábado: das 14h00 às 16h00.

Endereço: Rua Fernando Falcão, 393 -  Mooca - Linha Vermelha do Metro
Telefone: 11 4561 00 90
Contato: contato@rollerjam.com.br
Horários: Terças-feiras às Quintas-feiras: 16h00 às 22h00 // Quintas-feiras e Sextas-Feiras: 16h00 às 04h00 // Domingos ( Dia da Família ): 16h00 às 22h00
Site com todas as informações de ingresso: http://rollerjam.com.br/agenda/

NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO // ACEITA CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO ( Somente Visa, Master e ELO)

Espero que vocês tenham gostado e vá lá conhecer e reviva o adolescente que mora ainda dentro de você. Passe uma noite gostosa com aqueles que você ama ou até mesmo sozinho. Depois, volte aqui para me contar como foi. Combinado?

Beijos, beijos, beijos!




sábado, 10 de fevereiro de 2018

#98 SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS

Hello, andarilhos lindos! Tudo bem? Um ótimo sábado a vocês! Vamos fugir de bloquinhos, desfiles de escola de samba, Carnaval e tudo mais? Sim, vaaaaaaamos!

Se bem que, o lugar de hoje fica bem no olho do furacão. Os bloquinhos estão bem ali no Centro. Sorry, andarilhos. Erro de cálculo. Sou de humanas, me perdoem! Eu não queria indicar shopping a vocês, sobre parques eu falei a semana passada e os restaurantes aqui na minha listinha, não funcionam de final de semana. Vamos a esse mesmo.

Eu já cansei de dizer por aqui que eu amo lugares diferentes. Talvez, esse não seja tããão diferente assim. É um ponto turístico que não é tão turístico assim e acho que o brilho dele seja ofuscado pelo Pateo do Collégio que fica bem ao lado.
As pessoas estão descobrindo ele agora. Antes, não via muita gente comentando e nem sequer via fotos. Talvez, seja por falta de atenção ou tenha reparado nisso só agora. Mas, o fato é que todo mundo fala mais do Pateo do que esse. Sem querer, essa semana, indiquei mais dois sítios arqueológicos pertencentes ao Museu da Cidade de São Paulo. Como eu amo essas coisas...

Apresento o SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS. Primeiro de tudo, quem é essa Marquesa de Santos?

Domitila de Castro Canto e Mello, uma paulistana pertencente a nobreza, nasceu em 1797, e teve uma vida bastante agitada. Casou-se aos 15 anos com um alferes que era violentíssimo e sofreu maus tratos, até o seu divórcio.
Esse casamento ficou entre idas e vindas, entre espancamentos, facadas, uma quase morte de Domitila, reconciliações, disputa de guarda de filhos e tudo o mais. A história é bem longa e a intenção não é se estender para não ficar chato.
O fato é que Domitila foi amante de Dom Pedro I. Os dois se conheceram antes de ser dado o famoso Grito da Independência. Pelo o que eu já ouvi falar, foi amor à primeira vista da parte dele. Fico pensando em como se apaixonar assim logo de cara por uma mulher tão feia. Pesquise no Google as fotos da Marquesa e veja se tem cabimento. Ele também não era lá essas coisas, mas pegava mais mulher que você que esta lendo. Aposto! Esse gostava da coisa...
Domitila não foi a única amante dele, mas foi a que durou mais tempo com ele. Antes de se casar com a Leopoldina, aquela que está na cripta junto com ele no Monumento à Independência, ele manteve relações com mais uma, além da esposa e da primeira amante. Ou seja, três mulheres ao mesmo tempo. Haja fôlego e paciência. Enfim, uma curiosidade é que a Marquesa nunca nasceu em Santos. Esse título foi dado por ele, por causa da tentativa de um ataque ao irmãos Andradas, nascidos na cidade. Não tenho ideia de quem sejam esses irmãos Andradas, mas se arrumaram briga, talvez não eram flores que se cheirassem.
Enfim, a vida conjugal dos dois foi bem tumultuada. Separaram-se em 1829 devido a vontade de D. Pedro encontrar uma esposa nobre e por causa do seu segundo casamento. A separação deveu-se muito também pela realeza não aceitar o relacionamento dos dois. O casal já não era muito bem visto perante aos olhos da sociedade.

Acredito que seja bem legal pesquisar mais sobre ela e a história dos dois. Tudo o que eu falo aqui, deve e muito ser pesquisado mais a fundo. Como eu não sou formada em História, tem fatos que ficam perdidos e que devem ser melhor explorados. A intenção aqui não é ser didática, certo?

Então, vamos ao SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS e o porquê ele deve ser visitado.

Primeiro, que a sensação de pisar naquela rua é de "vamos ver lamparinas, violeiros, bondinhos passado e homens tirando o chapéu para um cumprimento formal". Tire muitas fotos ali, a sensação é de ter voltado 50 anos no tempo. Mas tome cuidado no meio da rua. Sempre.

A residência foi construída na metade do século XVIII ( 1834 e 1867). O prédio foi sua residência após terminar o relacionamento com o D. Pedro e o imóvel foi adquirido da herdeira de um Brigadeiro na época.
A Marquesa curtia uma boa festa e devido a intensidade que se realizava saraus, bailes e festa, a casa ficou conhecida como o Palacete do Carmo e como um dos mais renomados e aristocráticos imóveis paulistanos. Com a morte de Domitila, o imóvel passou a ser de seu filho.
Em 1880, foi colocada à leilão e quem levou a melhor foi a Mitra Diocesana que realizou mudanças em seu anterior, colocando uma capela e uma cripta.
Em 1909, muito antes de qualquer um nascer aqui, a The São Paulo Gaz Company ( uma companhia de gás) comprou o imóvel e para instalar seu escritório e adaptar-se a mudança, derrubou parte das construções originais: paredes de taipa de pilão ( barro, argila e areia ) foram demolidas e as janelas e portas lindíssimas foram transformadas em vitrine.
Várias empresas adquiriram os imóveis e com isso, reformas foram feitas e a construção original se modificou. Mesmo com tanto mexe mexe, ainda sobrou parte da originalidade da casa. Fato que só pode ser mantido, após o começo do restauro em 1991. O estilo neoclássico (algo como perspectiva e planos simétricos) foram mantidos conservando a originalidade da construção.

O Solar passou por mais três restauros ( 1996 e entre 2008 a 2011) e após a conclusão, foi reaberto em novembro de 2011, com algum resquício da construção original, como paredes de pau a pique e taipas de pilão e alguns objetos como cama, espelho e espreguiçadeira usadas pela senhora do Imperador. Além disso, há também pratarias e cartas trocadas com Dom Pedro. Eu adoro ler essas coisas ( bilhetes, mensagens, cartas, principalmente a dos outros ). Se eu fosse nascida na época, tentaria ser a melhor amiga dela e faria de tudo para sentar na varanda e ler essas cartas junto com ela.  Ah, gente, fofoca! Era o contatinho dela. Devia ser divertido.

Além de objetos utilizados por ela, há exposições e um acervo riquíssimo com fotos de São Paulo na época em que ela era viva. Realmente, essa casa foi muito importante para a Cidade de São Paulo e se mantém de pé com sua imponência e beleza.
Entrar ali é se deparar com a mais alta aristocracia e luxo. Você fica meio sem graça até. Pode não ser tão luxuoso hoje, mas para a época, fico imaginando o quanto essa mulher não foi invejada. Além de ser a amante de alguém importantíssimo, foi militante política e uma excelente mulher de negócios. Essa casa é muito fofa e a fachada é mais ainda. A fachada é rosa, algo bem diferente.
Visitar o Solar é entrar em anos de História. A casa nos conta quem fez São Paulo. Acho que vale muito conhecer todo esse material. É nosso. Vamos beber dessa fonte. Conhecimento é bom. É uma pena que a gente não aproveita isso tudo. Quer dizer, eu aproveito... eu deito e rolo.
Ah, e foi tombado em 1971.

E de quebra, sempre há exposições. Atualmente, o Solar está expondo o evento " Yolanda Penteado: a gran dama das artes". Essa mulher só foi a responsável pela criação do MAM, da Bienal das Artes, Masp, Museus Regionais. Enfim...
Garanto, vale a pena ir. Só não pode filmar. Fui avisada que eu não podia, na hora dá um ódio incontrolável, mas depois passa. Eu estava na casa da Marquesa, eu sou visita e visita tem que ter bons modos. Então, tive que aceitar. Mas, tirei fotos.

Enfim, dos 17 sítios arqueológicos pertencentes ao Museu da Cidade de São Paulo, o Solar da Marquesa é a sede e eu já fui em 8 deles e tem muito mais para ir. Como eu vivo pesquisando coisas, descobri que são mais de 100 sítios arqueológicos por aqui. Meu coração até dói de tanta felicidade e ansiedade. A lista está aqui pertinho de mim. Ainda não sei como eu não surtei.

Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136 - Sé
Telefone: 11 3241 1081
E-mail: museudacidade@prefeitura.sp.gov.br
Exposição: Até 10 de Dezembro de 2018 - Das 11h00 às 14h00
Horário de Funcionamento do Solar: Terças-Feiras aos Domingos: Das 9h00 às 17h00 / Segundas-Feiras: FECHADO
ENTRADA GRATUITA

Bom, andarilhos. É isso então. Para você que odeia bloquinhos, Carnaval, serpentina, glitter, entre outros, o Solar da Marquesa é ideal. Aproveita que está do lado e vá para o Pateo do Collegio. Ficar na paz também é divertido.
Vá nos dois e depois, volte aqui e me conta se vocês curtiram também. Quero saber a opinião de todo mundo. Cadê vocêêêêês?

Beijos, beijos e beijos! Bom Carnaval!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

#97 CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO

Olá, andarilhos. Tudo bem? Como está o Carnaval de vocês? Para quem não curte essa folia toda, essa alegria descompensada, gente bêbada, gente feliz demais e perdida, vem comigo que eu deixarei todo mundo que não curte a salvo.


Quem acompanha o blog sabe que eu não curto muito lugares triviais, lugares que todo mundo já foi e quanto mais desconhecido e diferente, melhor para mim, para vocês, para o blog e para a divulgação dele. Como o blog está crescendo, tento mesclar lugares conhecidos, lugares diferentes, práticos, pontos turísticos, entre outros... Se dependesse de mim, pontos turísticos não passariam por aqui.
Como eu não tenho carro, eu ando muito. E acho que prefiro assim. As pessoas, por conta da correria e da rotina, acabam não prestando muito a atenção ao seu redor. Tive amigos que resolveram tentar enxergar a forma do jeito que eu vejo o mundo e não se arrependeram. É só um exercício de consciência e prática. Não é que eu quero ser diferente e tento ser diferente. Isso acontece desde a época da escola. Vivia sozinha e não me encaixava em grupo nenhum por mais que eu tentasse. Então, acredito que venha daí. Aprendi a dar valor para sons, cores e paisagens que geralmente ninguém se importava muito. Eu sei que isso é bem doido, mas se acostumem. Vocês não viram nada.

Como já falei por aqui, sou uma pessoa que sempre esteve ligada às artes. E gosto da inocência e magia de uma produção. Quando eu era pequena, meus pais saíam muito comigo e com minha irmã. Toda semana era um lugar diferente. McDonalds, teatro, shopping, museus e circo. Sim, circo era algo rotineiro em nossa vida. Volta e meia, pesquisávamos onde tinha um e íamos. Aprendi a amar circo e já quis fugir com ele. Já pensou que maravilhoso ver uma vista diferente de tempos em tempos? Não sei se isso é solitário, mas nunca vi ninguém dizer que abandonou o circo por que estava infeliz. Acredito que isso não exista. E o quão dolorido é, um contorcionista ou um mágico trabalhar em frente a um computador durante 8 horas por dia. Sério, gente, rotina mata.
Enfim, o porquê estou falando tudo isso? Por que já vi gente falando que circo não tem graça. Vejo crianças que nunca foram em um, que nunca ouviram um "respeitável público", que nunca viram o "Globo da Morte". Isso é triste. Como eu sei que as coisas se tornam um hábito, penso que espécie de pais que estão se formando por aí que não levam suas crianças para fazer algo dessa forma? Como elas vão gostar se não sabem como é, como funciona, como faz...?

Então, acho que estou enrolando demais. Então, apresento a vocês o CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO. O que seria isso, Carol? É um centro de memória que contem o acervo e que conta a história da tradição circense no Brasil. O circo tem uma história muito rica, interessante e é muito ligado ao teatro, à TV, ao rádio e ao cinema. Ou seja, tudo o que a Carol mais ama nessa vida. Não há mais no mundo que eu ame, do que essas 4 coisas. 
Inaugurado em 16 de Novembro de 2009 e integrante do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de SP, é um dos primeiros museus dedicados ao gênero.
A ideia veio depois da doação de todo o acervo que pertenceu ao famosíssimo circo, o Garcia. Aaaaah, Circo Garcia, que saudade de vocês. Eu ia de mês em mês. O amor por esse circo era tanto que consegui invadir os bastidores e tirar uma foto com o palhaço Chiclete, que era meu preferido na época. Esse circo era referência na arte circence e infelizmente durou até 2003. Só quem é do meio dos anos 1990, sabe o quanto eles eram bons e recomendado para todo mundo. Foram 75 anos de arte, amor, profissionalismo, pioneirismo e tradição.
O Centro de Memória do Circo é dividido em duas partes: no térreo da Galeria Olido, onde explica como funciona cada função de um espetáculo ( aliás, recomendo começar por essa parte ) e uma maquete lindíssima feita pelo Mestre Maranhão. A segunda parte fica na sobreloja da Galeria Olido ( em breve terá um post dedicado a ela também ), onde se encontra uma grande linha do tempo, desde os começo das artes circenses até os dias de hoje e uma belíssima homenagem a esses artistas que começaram no picadeiro e alguns terminaram na TV, no cinema e no teatro.

Visitar esse espaço é instigar a sua memória, relembrar a infância, é entender como a sociedade se expressava e buscava procurar diversão e ver o quanto tudo era tão mágico e inocente. É muito mais do que ver um mágico tirando o coelho de uma cartola ou um palhaço caindo no chão. Mergulhe no acervo de fotos, das roupas, dos objetos, das músicas, se imagine dentro da lona e entre na aura do picadeiro. A cor do local, um vermelho bem forte, é bem propícia, para entrar no clima.

O ponto de partida e de encontro de toda essa trupe, era no Largo do Paissandu, onde cerca de 800 artistas de circo de reuniam para bater um papo, tomar um café ou uma cerveja e onde foram armadas as primeiras lonas e aconteciam os primeiros espetáculos.
Esses encontros aconteciam toda segunda-feira e o local ficou conhecido como o "Café dos Artistas". Não à toa, era o reduto dessas apresentações e nesse palco surgiu um palhaço que se tornou referência na época, o Piolin, um artista muito importante na década de 1920. Aliás, é referência até hoje. Pergunte a um artista de circo que se ele era importante. Talvez seja o mago do circo. Talvez um Walt Disney dos picadeiros.

Em seu sétimo ano, em junho do ano passado, foi lançado um livro "Centro de Memória do Circo" em homenagem e que junta todo o seu acervo com sua atividades. Acredito que  leitura valha muito a pena. Um pouquinho antes, em maio de 2017, diversos circos e artistas, entre eles, o Circo di Napoli e o meu querido lindo Marcelo Medici, entre outros artistas que se uniram em prol do Centro e dedicaram a suas apresentações, com o intuito de promover e preservar a exibição de uma história tão rica.


É realmente inadmissível que eu tenha descoberto um lugar tão icônico só agora. Já tinha ouvido falar, mas não é um lugar que alguém comenta toda hora. É uma pena que o circo perdeu um pouco de sua importância. No século XX, o circo era como se fosse a TV ou o celular hoje. A diferença é que o artista ia onde o povo estava. Era fácil entender o porquê o circo ser tão popular e tão querido nessa época. Palhaços Carequinha e Arrelia que o digam.

Ainda assim, o Museu já foi visto por mais de 170 mil visitantes. São 300 imagens de autores diversos, documentos importantíssimos e imagens audiovisuais. Prestem atenção em tudo. Se vocês forem como eu, em 1 hora você não consegue ver aquilo que precisa. Eu esmiuço mesmo e saio de qualquer museu ou exposição esgotada de cansaço. Exagero? Acredito que não.

Ah, e dia 10 de Dezembro comemora-se o Dia do Palhaço.

Bom, andarilhos. É maravilhoso conhecer lugares novos e diferentes. É saber que o circo ditou o comportamento durante muitos anos e em cidades do interior, quando eles chegavam, eram um evento e paravam a cidade toda. Sem contar que eles existem desde que o mundo era mundo e que grandes reis e rainhas sonhavam em ter um bobo da corte para distração. Deveria ser muito chato viver naquela época. O circo é muito mais que um desfiladeiro de cores e magia. Ele é verdadeiro e entende a nosso íntimo, a nossa fragilidade e se usa dessa graça para sairmos tão leves. Circo também é bem politizado.

Eu poderia falar muito mais coisas sobre o Centro de Memória, mas a ideia e que vá até lá e talvez sinta o mesmo que eu senti. Vamos trocar experiências. Será divertido.

E para quem quiser assistir um filme bem legal que fale sobre o circo, indico um que está concorrendo ao Oscar 2018 de Melhor Trilha Sonora: O Rei do Show" estrelado pelo Wolverine Forever, Hugh Jackman.

Para quem quiser conhecer:

Endereço: Avenida São João, 473 - Dentro da Galeria Olido - ao lado da Galeria do Rock - Centro
Horário de Funcionamento ( da exposição):  Segundas-feiras às Sextas-Feiras: Das 10h00 às 20h00 // Sábados, Domingos e Feriados: Das 13h00 às 20h00 - TERÇAS-FEIRAS NÃO FUNCIONA
E-mail: memoriadocirco@prefeitura.sp.gov.br
Telefone para pesquisa: 11 3397-0177 // 11 33970199

Bom, é isso andarilhos circenses. Espero que tenham gostado e me digam o que acharam. Ah quero saber mais sobre vocês, se estão gostando e deem sugestões. Preciso saber o que vocês gostam de fazer, onde vão... e compartilhem, divulguem para mais andarilhos. Estamos juntos nessa!

Beeeijos!
















sábado, 3 de fevereiro de 2018

#96 PARQUE ESTADUAL DO BELÉM

Olá, andarilhos. Um ótimo sábado a vocês! Aproveitem e descansem bem.


Eu já disse por aqui, diversas vezes que eu sempre fui muito urbana e que nunca liguei muito para parques, ficar em contato com a natureza e coisa parecida. Não me ligava em nada disso, até começar a pensar em fazer o blog. Nisso, descobri que aqui em São Paulo há mais de 100 parques e praças explorando para serem explorados. Do nada, resolvi que era a hora de investir mais em flores, plantas e árvores. Eu virei a louca das árvores.
O lugar de hoje é outro que sempre passou desapercebido por mim. Durante 4 anos foi o caminho de ida e volta do trabalho. Como eu odeio metrô, eu pegava o ônibus por ser mais confortável e ficar menos amontoada e com menos gente te apertando. E, da janela, via aquele lugar gigantesco com uma Fábrica de Cultura lindíssima ao lado.
E, claro, fiquei curiosa em conhecer. Demorou 5 anos para que eu pisasse ali pela primeira vez. Tempo demais...
E o melhor é que fica na Zona Leste, que para muitos, só a Mooca e o Tatuapé é que importam. Não, não...


Apresento o PARQUE BELÉM. Incrivelmente, não se fala muito dele pela Internet. O Parque foi inaugurado no dia 23 de Junho de 2012. É relativamente novo.
Com um investimento de 37 milhões e um espaço de 210 metros quadrados de área verde, também existe a Fábrica de Cultura, um edifício estruturado e destinado às artes. Um prédio que oferece cursos gratuitos de teatro, xadrez, dança, circo, artes plásticas, entre outros. Até a década de 1930, era um reformatório feminino e se eu não me engano, já foi a Febem. Então, em um período de 103 anos foi do Instituto Disciplinar.

Confesso que ao entrar não me senti muito à vontade. É um pouco estranho quando eu vou a um lugar novo separada do meu andarilho. Me sinto um pouco desprotegida. É sério, mas não sou uma menina indefesa. Longe disso...
Nos encontramos depois, pois ele estava dando aula ao ar livre para os seus alunos. Para quem não sabe, ele dá aulas de taekwondo. Faixa preta, se graduando a mestre e faixa azul de hapkido. Demoramos a nos encontrar, o parque é bem grande e de acordo com o local que ele me informou onde estava, andei um pouco para encontra-lo. Tenho problemas em seguir direções e chegar até ele foi um pouco complicado, pois estava andando em círculos. Só depois que nos encontramos que consegui relaxar e curtir o parque.
Resumindo tudo: Era medo mesmo. Eu tenho dessas coisas de vez em quando.


Lá é bem arborizado e existem parques que não tem uma estrutura grande para esportes. O que é bem diferente por lá: 1,5k  de ciclovias para bicicletas e patins, pista para skate, 1.5km de pista de corrida, várias quadras de futebol, equipamentos de ginástica para terceira idade e dois playgrounds. Há banheiros espalhados e com bom estado.
Os bebedouros não funcionam. Na dúvida, leve a sua garrafinha de água. Os únicos bebedouros que funcionam ficam na parte da administração do parque.
Ah, caso queira tirar fotos, é preciso assinar um termo de responsabilidade. O mesmo termo que os parques obrigam para capturas profissionais. É gratuito.

Eu não vi lugares para comer. Apenas um food truck que vende hot dog e acredito que não estava aberto no dia. Acho que para um passeio como esse, compensa mais fazer um piquenique. Mas, mesmo assim é um ponto negativo.

O parque aceita a visita de cachorros, desde que esteja devidamente com a guia e com focinheira, caso seja um bichinho muito grande ou muito bravo. Cautela é sempre bom. Sempre tem aqueles que burlam regras... mas não custa nada respeitar. É só uma focinheira. Seu cachorro está protegido, pessoas estão protegidas e você não irá ter que perder tempo em uma delegacia explicando o porquê seu cachorro bravo comeu uma pessoa.


Outra coisa: Soltar pipas, fazer seu churrasquinho e ambulantes são extremamente proibidos. Então, já sabe, assar aquela carninha depois do futebol, never!

Existem diversos tipos de árvore, mas eu sempre acho que parques pecam um pouco em informar a identificação. Eu sou curiosa, preciso saber que tipo é e de onde vem. Um salve para o Parque da Água Branca, os Jardins da Prefeitura e para o Trianon que está na lista e que em breve, falarei por aqui. Aplaudo de pé.

Eu adorei o parque. É muito bom andar por lá e ver o quanto é espaçoso. Você vai se admirar com a quantidade de bolivianos jogando futebol. Nem parece que estamos nos Brasil. Eu adoro esse povo. Bolívia é um sonho de consumo. Não, povo, meu sonho não é Paris ou Londres.

Enfim, voltando... o lugar é ótimo para fazer fotos lindíssimas. A fauna também é bastante intensa. Tire fotos  quanto puder. Há vigias andando pelo parque todo, então não há com o que se preocupar. Respire o ar puro e se desconecte. Há espaço para leitura. É ótimo para ficar horas mergulhada em alguma história boa. Ou simplesmente desligue a mente. Se puder...

O parque também tem um pequeno estacionamento. Se vier de carro, é só dar uma parada no Portão 1.

Como a Fábrica de Cultura é do lado e caso tenha interesse em fazer algum curso e se atirar no mundo das artes, é só entrar em contato: 11 26182447

Endereço: Avenida Celso Garcia, 2593
Telefone: 11 2081 2441
Site: https://www.facebook.com/parquebelem
Horário de Funcionamento: Aberto todos os dias: 6h00 às 20h00








Bom, mais um parque para a conta. É muito bom ficar ali e conhecer lugares novos. É maravilhoso sair do óbvio. Voces não sabem como fico feliz em indicar um lugar não clichê. Aproveitem o final de semana e vão curtir um dia verde maravilhoso. Pegue seu pet, seu amor, sua família e ande de patins, bicicleta e caminhe. Saia do shopping e veja o que ar livre proporciona.
Ah, e se caso não tomaram a vacina da febre amarela, como eu, passe repelente. Muito repelente, OK? Recado dado.

Me contem se gostarem, ok?

Beijos, beijos, beijos!