sexta-feira, 30 de março de 2018

#112 MUSEU LASAR SEGALL


Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Como foram de feriado? Curtiram bastante?

Volta e meia, eu fico pensando. Cultura demais é chato? É cansativo?
Também não sei se ir a museus ou exposições é considerado "coisa de velho". Vejo tantos jovens indo e sinceramente, fico feliz.
Faço essas perguntas por que de vez em quando, bate essas neuras. Em uma conversa com uma blogueira de viagem na segunda-feira, famosinha até, eu vejo uma foto dela naqueles barquinhos da Tailândia ( Cara, não aguento mais ouvir falar desse nome. Sério!) e ela disse para mim que se a maioria gosta de algum lugar, significa que aquilo é bom. Eu pensei comigo: Sério???? O coração começou a bater forte de tanta angústia e desespero. De onde ela tirou essa idéia?
Fui ver os vídeos dela no Youtube, achando que eu pudesse ver algo diferente. Meeeeeeu, é a 100a pessoa que vai a Tailândia e mostra a mesmíssima coisa. Aqueles shows de pirofagia ( acho que nunca ninguém viu os shows da banda RAMMSTEIN, o vocalista é formado na faculdade em PIROFAGIA - pelo amor de Deus, vão no Youtube - os shows do cara são fogo puro, então é por isso que eu não piro tanto com o que eu vejo das festas da Tailândia. Aliás, detesto festas. Só para constar.), os baldinhos de bebida, a dança da cordinha que fez o "É o Tchan" ficar com reumatismo de tanto passar por baixo.
O óbvio não me atrai e tenho certeza que as diferenças, aquilo que pouca gente mostra, o que é desprezado é a melhor coisa do mundo. A embalagem para mim não importa. Sou feliz pelas surpresas.
Eu me pergunto: As pessoas que são óbvias demais ou sou que estou ficando velha e chata? Não, infelizmente, muitos optam pelo senso comum.

E o que isso tem a ver com o que eu disse lá em cima? Por que eu acho que as pessoas se repetem demais e isso me cansa. Preciso o tempo todo de novidade, o tempo todo de inovação, de gente que sempre tem algo novo a dizer e que pense muito além quando vê paredes.

E eu fico muito feliz quando encontro algo que muitos não conhecem. Vamos entrar no MUSEU LASAR SEGALL?

Acreditam que eu não nunca tinha ido nesse museu? Vergonhoso, eu sei. Eu sempre ensaiava para ir, mas nunca consegui ter a oportunidade. Até agora.
O Museu Lasar Segall é uma associação sem fins lucrativos, para reunir, divulgar e preservar as obras do artista Lasar Segall.
Mas quem foi ele? Ele foi um artista lituano que nasceu em 1891 e foi um escultor, pintor e gravurista judeu, da mesma família dos idealizadores da Casa Modernista que eu falei na semana passada. Os temas de suas obras são sempre o sofrimento humano: guerra e perseguição.
As coisas foram pesadas na 2a Guerra Mundial e ele foi muito perseguido. Para quem curte esse tema e fica mal com as atrocidades cometidas por Hitler e sua gangue, certamente ficará estarrecido.
Já no ano de 1923, ele se mudou definitivamente para o Brasil, onde suas obras ficaram bastante conhecidas e foi um dos primeiros artistas modernistas do Brasil.
A história dele é riquíssima. Tire uma tarde inteira e se dedique a conhecer essa história tão incrível.
Ele morreu em 1957.
Foi a partir daí que sua esposa, Jenny Klabin Segall, decidiu reunir e catalogar todas as obras do marido e transformar a antiga residência em um museu.
Mulher de visão. Mas, apenas uma ala da casa funcionava. Isso em 1963. Em agosto de 1967, Jenny morreu e os dois filhos do casal resolveu continuar com a história de sua família. Ainda bem.
A inauguração oficial aconteceu em 27 de fevereiro de 1970 com a Associação Museu Lasar Segall e só foi aberto ao público em 1973 com horários regulares para a visitação.

O que você irá encontrar por lá:

  • Suas obras: ( são mais de 3.000 obras, entre pinturas a óleo, pintura sobre papel, gravuras, mais de 2000 desenhos em diversas técnicas e 70 esculturas);
  • Ele desenhou uma série de móveis para sua utilização, que hoje compoê o cenário da biblioteca Jenny Klabin Segall;
  • Documentos: ( são 8.000 documentos, entre rascunhos, textos em diversos idiomas e traduções recortes de jornal, cartas trocadas, documentos sonoros, entre outros)
  • Fotografias: ( registros dos seus ateliês, momentos profissionais, amigos, famílias, cenas de viagem, paisagens, etc...)
  • Livros: ( parte do acervo bibliográfico, precisa de consulta mediante agendamento - livros do século passado, primeiras edições modernistas brasileiras e edições raras publicadas na Europa)
  • Biblioteca: ( são 530 mil itens - coisa para caramba - um acervo único de livros sobre Fotografia, cinema, Dança, Circo, Teatro e artes em geral. Eles não tem sistema de empréstimo. Tudo tem que ser consultado por lá mesmo)
  • Oficinas e Cursos: ( cursos como gravura, fotografia e criação literária. Sonho em fazer algum curso com eles )
  • Cinema: ( É preciso consultar a programação. Tenha certeza de que os filmes exibidos não são de circuito hollywoodiano)

Viram que marido e esposa talentosos?  O Museu resistiu a intensa era da ditadura. É claro que artistas e pessoas talentosas não eram bem vistas aos olhos desse pesadelo.  Em Dezembro de 1968 foi instituído o AI-5, que deu início ao período mais terrível do regime como perseguições, torturas e grandes punições para quem fosse inimigo do governo. Centros culturais surgiram nessa época como ambientes de resistência, promovendo obras de cunho social e político.

Afinal, é preciso resistir. É preciso calar a boca de quem acha que as coisas tem que ser como são e nada podem ser mudadas. O museu na época resolveu promover ciclos cinematográficos para aquele público alvo que não tinha muito acesso a arte e cultura ( colegiais, donas de casa, trabalhadores em massa) com o intuito de divulgar e ampliar a cultura.
Com isso, surgiu a ideia de oferecer cursos para que um novo olhar consciente e crítico surja na vida na pessoa.

Estão vendo como tudo é questão de hábito? É só colocar a sementinha na cabeça certa que tudo floresce.
Às vezes, as pessoas não tem acesso ao que fazer e é preciso que alguém como essa família tenham a iniciativa de conquistar pessoas para que não façam besteira e comecem a enxergar novos horizontes e amplitudes em sua vida.

Só para constar. Foi uma grande surpresa que a família Lasar Segall e a família Klabin são parentes. Estou me sentindo íntima. Confere o post da Casa Modernista que eu falo sobre a família Klabin.
Eu acho a família Lasar Segall mais legal, mais original, mais tudo...

Em dezembro de 2013, o museu passou por uma intensa reforma que durou 1 ano e meio. Precisou de uma reforma em sua infraestrutura como infiltrações, reparos no telhado, atualização do sistema de seguranças, entre outros. A reforma custou 2 milhões de reais que veio do Fundo Nacional de Cultura.

O café de lá também é uma delícia e não achei caro. 2 cafés expressos e duas fatias de bolo formigueiro saíram por 20 reais. Ficar sentadinho ali, olhando para o jardim é uma coisa maravilhosa. Dá para descansar e ficar pensando na vida. 
Café é uma boa pedida a qualquer hora do dia e aconselho a dar uma parada, pois o museu é gigantesco e é bom para dar uma respirada.
Uma pena que não deu para ver tudo. No dia, tinha acabado a força e ia demorar um pouco para voltar e decidimos ir embora. Mas, isso depois de termos ficado quase 2 horas olhando para tudo e mais um pouco.
Preciso voltar lá de novo... e de novo... e de novo.

Então, estão vendo? Foi preciso um carinha vindo da Lituânia ( um país que eu morro de vontade de conhecer ), difundir o melhor da arte aqui no Brasil. 
Você vai pirar com a história de perseguição dos nazistas e saber mais sobre essa história tão rica do Lasar Segall e sua família. 

Endereço: Rua Berta, 111 - Vila Mariana
Telefone: 11 2159 0400
Horário de Funcionamento: Quartas-feiras às Segundas-Feiras: 11h00 às 19h00 // Terças-Feiras: FECHADO
Site do Museu: http://www.museusegall.org.br
ENTRADA GRATUITA

Então, é isso, andarilhos. Espero que vocês tenham gostado do post de hoje e me arrependo de não ter conhecido antes. O Museu Lasar Segall é uma afronta à opressão. E é isso que nos faz crescer de verdade. Não podemos ser tão retrógrados. É vergonhoso.
Vão lá conhecer, aproveite e contemple um pouco a rua em volta. As árvores são lindíssimas e a rua é super fofa.
Me contem depois o que acharam, ok?

Beijos e até semana que vem.










quarta-feira, 28 de março de 2018

#111 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO


Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Feriado chegando e o que vocês vão fazer? Bora curtir?


Eu sempre disse por aqui que a ideia era não mostrar pontos turísticos. Mas, por mais que eu tentasse ou não quisesse, isso era uma missão impossível. Se os turistas querem conhecer São Paulo, será através desses pontos turísticos que eles encontram pela Internet. É aí que esses turistas precisam conhecer pessoas que pensam fora da casinha, para leva-los a lugares realmente diferentes e fora da mídia. E o blog está aqui para ajudar.



Entendam, nada contra pontos turísticos. Eles precisam existir para que a cidade tenha uma espécie de identidade. Só que não podemos esquecer o que não é tão popular. Às vezes, perdemos coisas incríveis por nos deixarmos levar pelo o que a maioria fala e muitas vezes, vamos comer sempre nos mesmos lugares, indo nas mesmas coisas e vamos nos repetindo. Tudo se torna tão cíclico e fechado. Vamos treinar nossos olhos para o invisível. É um exercício tão legal!
O lugar de hoje é muito frequentado e um grandes pontos turísticos de São Paulo. E também um dos meus lugares preferidos por aqui. Sabem porquê? Simplesmente, por que ali se respira arte e reúne gente culta e inteligente.

Já que é feriado amanhã, que tal passar uma tarde no CENTRO CULTURAL SÃO PAULO ou CENTRO CULTURAL VERGUEIRO?



O Centro Cultural São Paulo, acredito que seja, o principal espaço cultural da nossa cidade. Talvez, por se localizar no Centro de São Paulo e ser um reduto para os amantes das artes, por concentrar: cinema, biblioteca, teatro, espaço para exposições e danças, além de ser um lugar super legal para estudar. Se eu ainda gostasse de fazer listas e me mandassem fazer a impossível missão de escolher os 20 melhores lugares de São Paulo, talvez o Centro Cultural estivesse no meu top 20.
A história do Centro Cultural começa na década de 1970, quando o terreno de aproximadamente 300 mil metros, foi cedido para a prefeitura, devido as desapropriações dos espaços em volta e da construção do Metrô Vergueiro que fica coladinho. Saiu das catracas, entrou no Centro.

Em 1973, a administração do Prefeito daquela época, idealizava o "Projeto Vergueiro" para promover a urbanização do local e com o terreno que é gigantesco, seria construído um complexo de escritórios, um shopping center e uma grande biblioteca pública. O tempo total para essa construção seria de 5 anos. Graças aos Céus, que esse shopping não foi para a frente.


Com a mudança de governo, o projeto foi alterado, restando a alternativa de se construir uma biblioteca pública que seria a ampliação da biblioteca Mário de Andrade ( espero um dia falar dela por aqui, ela é absurdamente linda, mas vamos com calma).

Com a mudança de governo novamente e olhando o projeto com mais calma, o prefeito Reynaldo de Barros decidiu que deixar apenas uma biblioteca por ali, não seria tão interessante. Era grande demais para ficar só nos livros. Então, foi decidido que ali abrigaria tudo e mais um pouco, relacionado a cultura, lazer e arte.

Obviamente, que a biblioteca existe. Ocupa 9.000 m² e abriga 6 bibliotecas temáticas em seu interior. Acho que é minha parte favorita. Posso ficar horas ali e perder a noção de tempo e espaço.



  • Biblioteca Sergio Millet ( Livros de todos os tipos de história );
  • Biblioteca Alfredo Volpi ( Catálogo de livros de fotografia, arquitetura e artes plásticas );
  • Gibiteca Henfil ( que além de oferecer diversos gibis antigos, promove oficinas e palestras de quadrinhos. Aliás, esse foi um dos primeiros lugares que eu levei o meu andarilho quando começamos a namorar. Ele mal saía, mal conhecia São Paulo na época. Ele pirou com a quantidade de gibis que tem ali).
  • Biblioteca Louis Braille ( acessível para deficiente visuais e auditivos - contêm audiolivros e livros em braile e toda a tecnologia necessária para eles, com dificuldades visuais e sonoras.)
  • Sala de Leitura ( um arquivo de multimeios sobre a arte contemporânea brasileira )
  • Coleção de Arte da Cidade ( que contém obras da grande artista, Tarsila do Amaral ).
No momento, a biblioteca está em greve e fechada, infelizmente. Com esses nossos políticos, fazer greve é a melhor maneira de dizer onde o nosso calo está apertando. Acredito que é válido e que é preciso lutar pelo o que se acredita.
Mas, enfim... enquanto a biblioteca está fechada, dá para visitar e fazer muitas outras coisas por ali.

Bom, continuando... o Centro Cultural começou a ser construído nos últimos anos da ditadura militar no Brasil. Apesar do medo e com ressalvas, os idealizadores disseram em entrevistas na época que ficavam de prontidão, já esperando que fossem impedidos de fazer alguma coisa mais diferentona ou fora dos padrões da censura. Deus me livre, viver dessa forma.

O projeto foi muito discutido pela mídia, pois não havia ideias dessa forma naquela época. Não havia a junção dessa multicultura em um lugar só. Era uma coisa nova chegando e sua construção, por ser moderna demais, tinha muitas inovações arquitetônicas e que tinha muitos erros, que foram devidamente consertados.
E então, depois de 2 anos, dez meses e um dia, o Centro Cultural foi finalmente inaugurado em 13 de maio de 1982. Entre convidados, participantes e a população em geral, todos eles percorreram cada cantinho do edifício e ainda puderam contemplar as apresentações musicais do Coral Paulistano, junto com a grande maestro João Carlos Martins. Quem não conhece a sua história, vale a pena dar uma pesquisada. É linda. E também tem o filme com o maravilhoso ator, Alexandre Nero. Pesquisem!

Em 1982, São Paulo possuía só 8,2 milhões de habitantes. A  maioria delas viviam em regiões na periferia e não tinham acesso a cultura. Uma das missões do Centro Cultural era agregar tudo e todos para que todos tivessem espaço e acesso. Queriam mostrar que igualdade e cultura são feitas a partir dessas diferenças.
Gente, esse pensamento é lindo demais. Unir pessoas para fazer arte, não importa de que jeito. Pena que brasileiro ficou tão moralista, retrógrado e tradicionalista. O país do Carnaval está ficando com o pensamento tão xiita. É muito contrassenso.

O Centro Cultural São Paulo possui um programa de livre acesso, onde cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida podem frequentar normalmente, que os funcionários tem treinamento espacial para ajudá-los.

Um lugar que eu sempre quis ver, mas só consegui nessa última vez que eu fui, era o jardim. Como eu sempre digo, quando a expectativa é muito grande, a chance de ter uma decepção é gigantesca e foi o que aconteceu. Poderia ter flores, mais árvores ou mais coisas. Tudo bem, que existe uma hortinha comunitária e que se caso, você quiser ser voluntário, os encontros acontecem todo domingo, às 09h00 da manhã, mas ela fica em um canto pequeno. Ah, não é que é ruim. Imaginei outra coisa. Minha cabeça sempre viaja muito além do que pode ser.

Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro ou Paraíso - Linha Azul do Metrô
Telefone: 11 33974000
Horários de Funcionamento: São vários horários de funcionamento. Se liguem no site: http://centrocultural.sp.gov.br/site/visite/calendario-2018/
E-mail: ccsp@prefeitura.sp.gov.br
POSSUI BICICLETÁRIO





Então, é isso andarilhos. O Centro Cultural São Paulo é um ótimo passeio para ver que a arte ali realmente pulsa. É muito bom ver pessoas se reunindo para dançar, contar histórias, fazer teatro, gravar alguma coisa ou ir a exposições. Eu sempre digo que só a arte e educação para nos salvar de uma sociedade doente e hipócrita. Só a arte consegue fazer com que o ser humano desenvolva seu lado crítico. Vamos nos abrir para esse mundo. É um caminho sem volta, mas é o caminho mais maravilhoso que alguém pode escolher na vida.
Pegue seus amigos, seu amor, vá sozinho, aproveite, tome um cafezinho por lá e divirta-se! Depois, me contem o que acharam.

Um ótimo feriado a vocês!

Beijos! Beijos! Beijos!







sábado, 24 de março de 2018

#110 CASA MODERNISTA

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão aprontar nesse fim de semana?


O lugar de hoje é histórico. Sim, de novo. Mais um para conta. Quando o blog tinha acabado de nascer, eu pesquisei muito sobre os lugares que combinavam muito com a proposta dele, com a minha personalidade e a do andarilho também. Isso muito antes de entender algoritmos, que dá para trabalhar com o Instagram e descobrir que muita gente do mundo inteiro lê também. E o lugar de hoje, foi o primeiro diferentão em minha pesquisa. Nunca tinha ouvido falar dele e estava muito ansiosa para conhece-lo. E mais para o final, vou dizer o que eu achei dela.

Vamos conhecer a CASA MODERNISTA?


Tudo começou com o arquiteto ucraniano/russo Gregori Warchavchik que chegou ao Brasil em 1923, no auge do movimento modernista no Brasil, um ano depois da Semana de Arte Moderna de 1922, onde reuniu a nata dos artistas daquela época: Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, entre outros...

Para simplificar, o movimento modernista parte da ideia de pegar obras de artes antigas e remodela-las para o atual, dar uma nova forma a elas e que se tenha uma nova visão do clássico e que logo, se transforma em novo. Uma releitura daquilo que já foi feito.
É claro que não é só isso. Quis dar uma simplificada para quem não entende muito de arte moderna.
Para quem quiser saber mais sobre o Modernismo, indico esse site: http://www.cursodehistoriadaarte.com.br/
Esse cara entende só um pouquinho de arte. Vai por mim. Ele é genial! Me deu aula de Cenografia na faculdade.

Mas, voltamos ao tio Greg. Ele se casou com a filha de um importante empresário, Mina Klabin, em 1927 e começou a construir essa casa já com o aspecto diferente. Todo o projeto: decoração e construção foi ideia dele. O que era ideia toda dele, a esposa entrou com a grana para executar tudo isso. Além do dinheiro todo, ela colaborou com a construção do jardim, também considerado moderno para a época.

Foi considerada a primeira construção moderna de São Paulo, já que estamos falando de casas construídas por taipa de pilão, que já foi falado aqui inúmeras vezes. Quem acompanha o blog sabe que eu adoro uma construção feita de taipa.
Nessa época, São Paulo passava por um processo de desenvolvimento muito grande. Acredito que a produção e venda do café já não eram mais tão importantes. Teve uma crise do café antes desse ano. O comportamento dos paulistanos estavam mudando e adquirindo hábitos extremamente europeus. A imigração também estava forte. Por causa desse comportamento, imagino o quanto essa casa não deve ter sido falada, comentada, vista e admirada. Se existissem programas de fofoca naquela época, com certeza, esse casal não teria sossego.
Mesmo com uma obra tão impactante, eles alegaram falta de recursos para completar a construção. Ainda assim, com todo o auê, choveram críticas em relação ao projeto e falaram que não era algo moderno.
Eu, particularmente, acho que não entenderam a ideia, já que tudo era simétrico e a construção foi de acordo com o nosso clima. Ficou com cara de Brasil. Simplesmente, tudo fugia dos padrões conhecidos. Óbvio que seria tão julgado.
Posso falar? Para mim, era inveja e inveja grande.


Em 1935, durante a 2a Guerra Mundial, a casa passa pela primeira reforma para ela pudesse ser  ampliada e foi planejado um bosque de eucaliptos para que a família se preservasse do hospital que estava sendo construído em frente a casa de judeus e japoneses - rivais na guerra. Ao todo, a casa passou por 5 reformas até o momento que o casal decidiu que já tinham passado tempo demais ali. Greg morreu em 1972 e acredito que após a sua morte, não vi relatos sobre isso, Mina e os filhos foram embora.

Em 1983, uma grande construtora se acha no direito de construir um condomínio de derrubar parte da antiga construção e a própria vizinhança rejeitou essa ideia e se mobilizaram para que a casa virasse um parque.
O bom é que a construção foi tombada em 1984 pelo CONDEPHAAT ( Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Turístico, Artístico e Arqueológico do Estado ).

Eu imagino o quanto essa construção na época foi comentada. Realmente era diferente. Uma casa com um bosque daqueles não era algo muito comum.


Mas, posso falar? De todos os sítios arqueológicos que eu já fui, esse foi o PIOR de todos. Realmente, foi uma verdadeira decepção.
Não pela casa em si. Se fosse construída hoje, seria apenas mais uma entre todas. A casa é bonita.
Tudo bem que tem visita educativa no local, mas se for alguém que não quer ninguém falando no ouvido, quer fazer uma visita sossegada, no interior da casa, não tem absolutamente nada. Não tem informativos, não tem móveis, não tem placas explicando nada. Só há cômodos vazios e uma televisão passando um filminho, como em toda e qualquer exposição. Se for alguém que não tem paciência para ficar parado ouvindo, aquilo se torna inútil. O Jardim também é péssimo. O que adianta um monte de árvores sem identificação? Eu só conheço bambuzais. Bambus são super fáceis de serem reconhecidos.

Não há flores, não há mudas, não há vida naquele lugar. Sem contar que as pedras do jardim são super escorregadias. Peço que tomem um pouco de cuidado. Jamais vão de chinelo ou sandália. Ainda assim, há pessoas que passeiam com seus cachorrinhos.



Na parte externa, tem uma piscina gigantesca que daria muito bem para ser aproveitada. Tudo bem que um patrimônio tombado não deve ser violado ou estragado, mas as condições da piscina estão péssimas. Parece que há anos aquilo não vê agua, tamanha sujeira. Tudo bem que no dia tinha chovido, mas uma chuvinha não deixaria aquilo ali no estado que eu vi. Uma água ali não faria mal nenhum
Tenho certeza que titio Greg e titia Mina estão se revirando no túmulo.

Pensei que só eu tinha esses pensamentos, mas já vi depoimentos de pessoas pela Internet que ficaram decepcionadas.

Pois mais restauros que tivessem feito, para mim, parece que está meio abandonado. Não sei dizer qual é a sensação que eu senti ao sair dali. Juro que eu esperava outra coisa.
Na parte de trás da casa, notei que tem uma associação de Escoteiros. Eu nunca tinha visto escoteiros na vida. Achava que só veria isso em filme e achei muito legal.

Verifiquei em minhas pesquisas, que atualmente, o lugar passa por estudos para que aconteça um novo restauro. Realmente, o acesso para cadeirantes é difícil por causa do desnivelamento das pedras da entrada e do jardim. Mas há intenção de deixá-las iguais para que esse acesso fique mais fácil e atraente. No futuro, colocarão rampas de acesso.
Sei lá, acho que esse lugar precisa e vida e de cor. Um jardim com 13.000 metros quadrados precisa de identificação, flores e um maior cuidado com as árvores.

Sim, saí de lá decepcionada. Achei que ia uma experiência enriquecedora e que sairia de lá com a cabeça explodindo com tanta informação e tudo o que eu tive, foram cômodos vazios, com um jardim que há muito tempo deveria ter sido bonito e que eu estava entrando na rotina de uma casa sem ser convidada. Quando vi os cômodos, imaginei a família tomando banho, almoçando, Mina brigando com os filhos, Greg chegando do trabalho e quando eu vi os vasos sanitários, de repente, me senti uma intrusa. Eu sei que isso é loucura, mas eu costumo fazer essas associações. Sei lá!
Não vá pensando que esse passeio te agregará conhecimento. No máximo, você andará bobamente pelos cômodos da casa e verá que os tacos do chão, se parece e muito, com os tacos antigos da casa da sua avó. Nada de novo, enfim.

Enfim, não é um lugar que eu vou acordar, estufar o peito e dizer: "hoje estou muito a fim de ir na Casa Modernista". Foi bom para conhecer e ter a certeza de que eu não preciso por os pés lá novamente.
Eu simplesmente NÃO posso dizer NÃO VÁ, por que eu estava esperando por uma coisa e achei outra. Quem sabe a experiência de vocês sejam diferentes? Quem sabe vocês consigam enxergar o que eu não consegui?

Endereço: Rua Santa Cruz, 325 - Vila Mariana - Linha Azul
Telefone: 11 5083 3232
E-mail: museudacidade@prefeitura.sp.gov.br
Horários de Funcionamento: Terças-feiras aos Domingos: Das 09h00 às 17h00 // Segundas-feiras: FECHADO
ENTRADA GRATUITA
Há serviços educativos no local.




Então, é isso, andarilhos. Geralmente, quando eu crio uma expectativa muito grande sobre qualquer coisa, a chance de me decepcionar é imensa. Espero que eles iniciem esse processo de um novo restauro o quanto antes, para que pessoas com necessidades especiais possam visitar o lugar, já que inicialmente, não foi projetado para isso. Uma pena!
Eu queria ter gostado, mas não rolou. Não foi paixão à primeira vista.  Então, espero que gostem e me contem depois o que acharam. Espero por vocês!

Beijos, beijos, beijos!









quarta-feira, 21 de março de 2018

#109 RESTAURANTE BRASA GAÚCHA

Olá, andarilhos! Tudo bem com vocês? Vem novidade por aí... Logo, logo, contarei...


Eu reparei que quase não falo sobre gastronomia, por aqui. Não quero ser a Ana Maria Braga ensinando receita. Talvez, seja, por que eu não saio muito para comer. Saio para passear e muitas vezes, almoço em casa para não gastar tanto. Ou, prefiro ir a fast-food.
Bem, o objetivo do blog é ir em lugares para não gastar nada ou gastar o mínimo possível.
Está certo de que São Paulo é um dos maiores pólos gastronômicos do mundo e que muitas pessoas optam por comer em lugares no Centro de São Paulo ou opções que não são tão baratas, como o Figueira Rubayat, o Terraço Itália, entre outros restaurantes carésimos espalhados por aí.
Muitas vezes, um prato para apenas duas pessoas não sai por menos de R$100, R$200, R$300, dependendo do restaurante. Eu me recuso a pagar isso em um prato em uma época que há 12 milhões de desempregados, contando comigo, um botijão de gás que custa quase isso, um salário mínimo a R$954,00 reais e que muita gente faz o supermercado da semana com itens básicos, com esses valores aí de cima. Isso quando tem essa dinheirama toda para gastar.
Então, não concordo em pagar mais de R$200 em comida em um restaurante, que vem metade do prato e nos deixa com fome depois. Nada melhor do que um arroz, feijão, bife ou batata frita. Acho que nem se eu ganhasse na loteria, meu pensamento mudaria. Bom, sempre tem aquelas pessoas que sempre tem argumento clichê: "mas, eu trabalho, eu posso e eu mereço". Eu simplesmente ODEIO esse discursinho barato. Não dá para saber o que merecemos e se merecemos de fato. Não me venham com meritocracia.

Bom, toda essa revolta e momento desabafo é para falar de comida. E quando eu estou com fome, fico com um mal humor gigantesco. Coitado do andarilho. E, vocês são assim também?


O lugar de hoje é um achado e muito gostoso. Eu já falei do Brás por aqui. Ele é uma referência mundial em roupas e calçados, tudo com um preço acessível e diversos estilos para fazer suas compras. Também já disse por aqui que meu pai trabalha no bairro há mais de 30 anos e quando era criança, por diversas vezes eu o acompanhei.
Mas, mesmo andado tanto pelo Brás e conhecendo aquele bairro de cabo a rabo, a gente nos surpreende com coisas novas ou secretas.
Vamos comer na CHURRASCARIA BRASA GAÚCHA? Infelizmente, não encontrei site deles e  nem indicações do restaurante em blog nenhum que fale de São Paulo. Uma pena!
Mas, enfim... me faz acreditar que realmente é um achado e que ninguém conhece muito. Certamente, é para as pessoas que trabalham na região.
Ano passado, fui renovar um pouco meu guarda-roupa e só o meu pai conhece as melhores lojas para comprar, já que muitas são dos clientes dele. Claro que paramos para almoçar e vi que é um restaurante, enorme, limpo e muito acolhedor. A comida é bem saborosa e tem várias coisas para escolher, além de entradinhas, molhos e saladas.
O buffet é self service e por R$15,99 ( SOMENTE R$15,99) você poderia comer quantas vezes quisesse. Quem é mais comilão, deve se fartar. Como eu não costumo repetir prato, então não serve muito para mim.
Quem deseja levar para casa, eles também fazem marmitex. Enquanto você come, dá para assistir TV também ou ficar admirandos os quadros lindos que tem na parede.
A única vez que eu fui lá comer, o valor estava R$15,99 e isso foi em Outubro/2017. Então, não posso saber se o valor mudou ou não. Espero que não!
As sobremesas também parecem deliciosas e acredito que também tenha sorvetes. Como eu estava com um pouco de pressa no dia, não reparei direito.

E o legal é que não enche tanto. A maioria das pessoas que frequentam é a galera que trabalham nas lojas, então a rotatividade é grande. Os garçons também são ótimos. O atendimento é excelente e parabéns para o gerente e o dono. E o mais legal é que eles trabalham felizes e estão com o sorriso na cara e brincando ente eles. Vocês não tem ideia do quanto eu adoro isso.

É engraçado o quanto o cenário é discrepante. A rua que fica o Brasa Gaúcha é um montoeira de gente, lotada mesmo de pessoas, de lojas e de camelôs. Ao entrar, mal escutamos o barulho da rua e é muito engraçado tudo isso.
Às vezes, lugares bons estão tão escondidos que é preciso estar atento para encontrá-los e é por isso que eu ando. É maravilhoso ver coisas que ninguém falou para você. E a Churrascaria é uma grata surpresa, que vale muito a pena conhecer. E se caso não gostar, pelo menos conheceu.


Endereço: Rua Conselheiro Belisário, 227 - Brás - Linha Vermelha do Metrô
Telefone: 11 2796 4255
NÃO TEM SITE
Horário de Funcionamento: NÃO TEM INFORMAÇÕES PELA INTERNET. Por favor, liguem para lá antes. Acredito que eles não funcionam de final de semana





Bom, andarilhos comilões. Essa foi a dica gostosa de hoje. Espero que tenham gostado. Às vezes, o simples é a melhor coisa que existe e nada como um comida caseira para matar a fome e nos deixar felizes. Precisamos mudar esse pensamento de que só o caro é bom. Tudo pode ser valorizado. Vamos abrir nossa mente. Estamos precisando.
E a comida boa, que ninguém fala e que sequer é citada em blogs de São Paulo que estão há mais tempo no ar, talvez esteja lá te esperando prontinha para você. É só chegar.

Beijos, beijos, beijos!






sexta-feira, 16 de março de 2018

#108 BLOOKS LIVRARIA

Olá, andarilhos. Tudo certinho? O que vão fazer nesse fim de semana? Fiquem ligados por aqui; são mais de 100 dicas para andar por aí e ser muito feliz.

Eu amo ler. Se me perguntassem o que eu gostaria eu tivesse no paraíso, eu responderia na hora: livros, pizza, Coca Cola,  rock and roll e heavy metal. Não preciso de mais nada.
Não sei dizer quantos livros eu já na vida. Ainda assim, eu acho que leio bem pouco; talvez uns 7 livros por ano. Se fizermos as contas, de que brasileiro, lê em média, menos de 1 um livro por ano, estou muito no lucro.
Eu também amo um sebo e livrarias. Passo horas andando e vendo prateleiras. Tanto que a minha livraria favorita é a Livraria Cultura. Um tanto clichê, verdade. Mas, é impossível não gostar de algo assim. É assim que eu me divirto. Já falei da Cultura por aqui. Acho que foi a 3a ou 4a postagem do blog. Estava no comecinho ainda.
Eu defendo muito a ideia de que o cinema saia fora do shopping. Acredito que livraria também. Acho que os dois ( livraria + shopping) não combinam muito.

Eu falei no post do sábado passado que o Frei Caneca é um dos meus shoppings favoritos da vida e que tinha duas lojas que mereciam posts separadamente. Curiosamente, as duas ficam no mesmo andar e no Espaço Gourmet do Shopping. Uma loja é a Empório Frei Caneca e a outra é... BLOOKS LIVRARIA.


A Blooks foi inaugurada em Novembro de 2013. A loja é carioca e é a única filial aqui em São Paulo fundada por duas mulheres incríveis: Elisa Ventura e Heloísa Buarque de Hollanda. Sempre que eu e o meu andarilho vamos ao Shopping Frei Caneca, ficamos horas ali.

O conteúdo é muito específico: acredito que a especialidade deles seja assuntos ligados à história, arte, fotografia, cinema, teatro, quadrinhos e design. É bem difícil encontrar uma livraria especializada em comunicação. A Nobel, por exemplo, não tem. É bem difícil encontrar algum livro que fale de teatro ou algo parecido.
Quando vejo livrarias que se importam com esse tipo de assunto, é uma felicidade sem tamanho. A arte aqui no Brasil é tão desvalorizada que precisamos de lojas que falem sobre isso.
A seção de revistaria é também bem grande. Revistas nacionais e importadas estão em prateleiras bem iluminadas e há um espaço para ler. Há quem compre CDS ainda e são bastante organizados. O espaço infanto juvenil é uma gracinha. É só sentar nos puffs e ler uma história divertida para o seu filho ou sobrinho, se tiver. Ou para você mesmo. 
A decoração é bem intimista e acolhedora. Acho lindo tons marrons escuros. Dá um ar chique para o lugar. 

Outro diferencial da livraria é a sua revista própria. Eu não sei se eles publicam ainda, já que a última edição foi na metade de 2017. Elas criaram essa revista para se tornar mais um canal de diálogo com seus leitores clientes. Uma troca de ideia para saber o gosto literário e musical e assim para aproveitar a Blooks da maior maneira possível.

Outra coisa muito legal são os eventos: sempre há debates literários e tarde de autógrafos com escritores bem legais. É só ficar ligado.

Então, é isso. Eu amo a Blooks por que ela faz parte da minha essência. Tudo o que eu mais amo na vida, ela tem para me oferecer caso eu precise: livros de ficção, teatro, roteiro e cinema. E posso ficar horas que eu não me canso. O problema é ser julgada por gostar de livros e não ficar sentada em um bar bebendo cerveja. Isso é o fim para mim. 

Depois da visitinha, passe no Empório Frei Caneca para comprar uns chocolatinhos, vá ao cinema e se tiver fome, coma aonde quiser.
Tem uma praça de alimentação no andar de baixo com vários restaurantes. Como não sei o gosto de vocês, como vou exigir que comam o que eu mandar? Não faz sentido.


Endereço: Rua Frei Caneca, 569 - Consolação - 3o piso
Email: blooks@blooks.com.br
Site: http://blooks.com.br/
Telefone: 11 3259 2291
Horário de Funcionamento: Segundas-feiras aos sábados: Das 11h00 até o último cliente / Domingo: 12h00 até o último cliente
Aceitam cartão de crédito e débito.





Bom, andarilhos leitores, espero que tenham curtido. Ler é uma delícia e passar uma tarde numa livraria é muito bom também, principalmente se estiver chovendo. Ler com o barulhinho da chuva é uma delícia. Vá, compre muitos livros e me digam o que acharam da livraria. 

Beijos, beijos, beijos e um ótimo final de semana.








quinta-feira, 15 de março de 2018

#107 MUSEU DO ÓCULOS - GIOCONDA GIANNINI

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão aprontar no fim de semana?

Que eu amo lugares diferentes, vocês já sabem. É uma pena que as pessoas não curtam tanto assim. É uma pena que muita gente vê museus como algo chato e entediante. Por que saber mais das coisas se torna algo cansativo? Não vou entender nunca. E acho que nem quero.
Como eu já disse por aqui anteriormente, tudo se torna um hábito. E tudo me frustra muito. Sabe porquê? As pessoas fazem tudo iguais. Sigo muitos blogueiros de viagem e é sempre a mesma coisa: as mesmas fotos, tiradas no mesmo ângulo, os mesmos bares, os mesmos lugares, o mesmo tudo e as mesmas opiniões. São incapazes de mostrar algo além do que já foi mostrado.
Meu Deus, quando eu for para esse mundão, nem imagino o que pode acontecer. Não sou melhor do que ninguém, claro. Mas, desde pequena, nunca me enquadrei em grupo nenhum e se antes eu sofria, hoje eu me orgulho.
Mas, claro, que isso tem um preço.Tomar um caminho contrário demora mais para se chegar em algum lugar. É tendência do comportamento humano se guiar por onde já foi falado. É mais seguro, mas a zona de conforto está ali junto com você.
Vamos buscar o novo, o diferente e o irreal. Vamos peregrinar e não apenas ser turistas. Vale a pena enxergar dessa maneira.
Eu garanto. Não vamos ser tão vazios.

Tudo isso por que eu acho que as pessoas tem uma preguiça gigantesca de procurar por coisas novas. Sério.
Quando alguém me diz que São Paulo não tem verde, eu logo penso que se a pessoa se enfiar o dia inteiro em um shopping, óbvio que não vai encontrar. E posso dizer, São Paulo não é tãããããão de pedra assim. Por isso que é bom andar, caminhar, reparar em detalhes e ver coisas encontradas por você mesmo.

Tudo isso por causa de um lugar lindíssimo, diferente e provavelmente não está incluso em cartões portais de São Paulo.
Vamos enxergar melhor o MUSEU DO ÓCULOS? O Museu do Óculos é um museu particular fundado em 1996, pelo esteta ótico e colecionador, Miguel Giannini.
Mas, quem foi o Miguelzinho? Ele só foi o responsável pela revolução óptica após os anos 1970. Aos 13 anos, teve seu primeiro emprego como office boy em uma ótica famosa no centro da cidade e aos 18 aos, já sabia tudo sobre lentes, armações, óculos e etc... Aos 23 anos, fundou sua ótica própria, a "Ótica Fiore & Miguel" com seu amigo mestre em montagem de óculos.

Conforme o movimento da loja crescia, preocupava a falta de dinheiro e falta de capital para aumentar o estoque de óculos. Miguel, pensou e pensou e resolveu fazer armações convencionais em peças exclusivas. Óbvio que foi um sucesso. Na época, foi o único a trabalhar com peças artesanais. Ele fazia os óculos de acordo com o rosto de cada cliente. Atendimento personalizado que chama, né?
E assim, foi referência no Exterior e foi ganhando muitos óculos, que criou o seu acervo particular. Hoje são mais de 700 peças expostas de diversas partes do mundo.
A loja/museu fica em um casarão lindíssimo, azul e branco, construído em 1918 e é tombado pelo Patrimônio Histórico.
Ali também é um ponto comercial. A ótica fica no térreo e o museu fica no 1o andar.

O espaço não é tão grande, mas acredito que conta tudo o que precisamos saber. Então, sabemos tudo através de uma ordem cronológica e nos mostra a importância de se ter um óculos. Sim, apenas gente muito rica usava. As pessoas usam óculos há séculos; pesquisas mostram que existia algo parecido desde o século 1 antes de Cristo. Enfim, vamos a história.
Foi nesse século que as primeiras lentes corretivas surgiram, feitas com pedra semi preciosas para garantir que as pessoas enxergassem de perto. Tudo isso, devemos agradecer a um matemático árabe que formulou uma teoria sobre a luz em espelhos periféricos e como tudo isso reagia no olho humano.
Admiro o povo de exatas. Sempre funcionais e brilhantes, mas nunca divertidos como o povo de Humanas.
Conforme o processo cronológico do museu, óculos eram utilizados por monges ( que tinham que ler e escrever), e homens, em sua maioria . Mulher precisaria usar para quê, né? Mulheres, naqueles tempos, não precisariam saber ler. Apenas cuidar da casa, dos filhos e do marido. Imagina fazer todo um trabalho de casa a luz de velas? Acho que isso forçava a vista. Mulher precisava de óculos, sim. Onde já se viu?
O que poucos sabiam, era que óculos e suas lentes eram utilizadas para a correção de deformações ópticas. Muitas vezes, eles eram usados apenas por status e acessórios. Acho que é assim até hoje. Vejo pessoas que usam só as hastes, sem a lente. Ainda não entendo muito bem o motivo, mas enfim... acho que estou velha demais para entender. Velha, chata e reclamona.
No Brasil, os óculos chegaram por aqui só no século XVI, com a chegada dos portugueses. Os jesuítas utilizavam muito, funcionários da colônia, homens letrados e colonos cheios da grana.
Em relatos muitos antigos, o filósofo chinês, Confúcio, já falava dos óculos, no ano 500 a.C, mas apenas como um acessório normal e não corretivo. As lentes eram de vidro, mas não possuíam grau.
Os óculos modernos, surgiram um pouco antes de 1300, na Europa e só em 1785, Benjamin Franklin , inventou os óculos bifocais, possibilitando enxergar de longe e de perto, em um único modelo.

Ir ao Museu do Óculos é uma viagem no tempo. Nos mostra que tudo é história e não podemos viver sem ela. É através de relatos, documentos e oralidade que podemos identificar o comportamento humano e entender o nós somos e para que viemos. O que faremos no futuro? Bem, a história está sendo contada. História é História. Mesmo que ela esteja guardada onde menos esperamos e quer dizer mais da gente do que esperamos. Mesmo se estiver no Museu do Óculos, proporcionado por um entendido do assunto e colecionador dos mais variados estilos e tamanhos.
Quem diria que óculos tem tanta história para contar?
Além disso, também estão expostas, máquinas antigas para medir grau, diversos graus de lente e óculos utilizados por famosos como: Elis Regina, Jô Soares, Rita Lee e alguns curiosos como o óculos-toldo adquirido na Itália.

O que eu não sabia que Miguelzinho está vivo e ele é fofo. A sua ultima aparição na mídia, foi mês passado, no programa "Santa Receita" na TV Aparecida.
Vamos agradecê-lo por proporcionar essa viagem a história do óculos de uma maneira tão rica, inusitada e diferente.
Ele homenageou a sua mãe como parte do nome do museu - Gioconda Giannini  e é o único museu dedicado ao óculos na América Latina. Eu não sei do mundo, mas prometo pesquisar.
O lugar é bem pequeno, mas ficamos 1 hora lá, mais ou menos. Sim, eu sou dessas. Gosto de absorver tudo.

Bom, como eu relatei aqui, eu amei o Museu do Óculos. Para quem é curioso, gosta de pesquisar sobre diversos assuntos, vai amar passar um tempinho em um casarão antigo e lindíssimo. O assunto é bem peculiar, mas será uma tarde maravilhosa, absorvendo curiosidades que você nunca imaginou. E se fosse chato, com certeza, eu falaria.

Ah, e repare na Casa Árvore logo em frente do Museu. É muito diferente também.


Endereço: Rua dos Ingleses, 108 - Bela Vista - Linha Azul do Metrô ( São Joaquim )
Telefone: 11 3149 4000
Site do Estabelecimento: http://www.miguelgiannini.com.br
Horário de Funcionamento: Segundas-feiras às Sextas-Feiras: Das 9h00 às 18h00 // Sábados: 09h00 às 13h00 // Domingos: NÃO FUNCIONA
ENTRADA GRATUITA

Bom, andarilhos. Acho que é isso. Aproveite o diferente e curta coisas inusitadas. O Museu do Óculos vale a sua visita.
Vão e depois, voltem aqui para me dizer o que acharam. Estou esperando por vocês.

Beijos e até sábado.

















sábado, 10 de março de 2018

#106 EMPÓRIO FREI CANECA

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Um ótimo sábado e que possam curtir muito o fim de semana.

Eu não bebo. Dificilmente coloco algo alcoolico na boca. Acho que não precisa. Coca-Cola sempre será o meu remédio. Mas, eu amo adegas. Sim, acho lindo. Lindo mesmo. De entrar e ficar horas olhando, vendo aqueles whiskies carésimos que valem um rim e um coração seu.
Amo passear e ver aquelas prateleiras cheias de coisas importadas é bem legal.

O post de hoje, na verdade, eu falei sobre ele a semana passada. Como eu amo o Shopping Frei Caneca, escolhi duas lojas que eu adoro e que merecem ser ditas por aqui. É bom ficar horas vendo e fazer umas comprinhas, claro. 

Vamos ao EMPÓRIO FREI CANECA?

Inaugurado em 2003, em um espaço de 360m² e instalada no Piso Gourmet do Shopping Frei Caneca, a loja oferece um imensa variedade de produtos distribuído em diversas categorias.
Apesar dos seis mil itens expostos e 3000 rótulos de diversas vinícolas, cervejarias, destilarias e outros, a paixão deles é o vinho.
São cerca de 300 tipos de produtores de vinho do mundo. Tanto que eles possuem duas máquinas Enomatic com 16 bicos em ações e eventos para fornecedores.
Mas, o que eu acho mais legal dali é a comida. Acho legal ver comida importada. Acho lindo ver chocolates que não são daqui.
E o empório oferece uma gama de variedade de queijos, pastas, salames, pimenta e sal de outros países, chocolates, diversos tipos de doces. Inclusive tem à venda, uma seleção especial de charutos.

Até o meu andarilho que bebe muito menos que eu e que abomina qualquer espécie de teor alcoolico, por que eu ainda consigo tomar vinho muito raramente, adora a adega.

A seção de copos também é muito linda. Já compramos vários. Dá vontade de levar absolutamente tudo. Acredito que seja por causa do ambiente que é acolhedor e romântico. Sim, lugares assim me deixam romântica. E eu estou longe de ser...

Para quem tiver interessado, o empório também oferece cursos, treinamentos e desgustação com os melhore sommeliers e enólogos de grandes parceiros.
Sim, tem o jeito certo de beber vinho. Contei isso por aqui no post da Vinícola Lucano, aqui na Penha. Por falar nisso, vocês já foram?

Os valores são compatíveis com a bebida. Acredito que um whisky Jack Daniels por exemplo, vale o preço que é cobrado. Só pela embalagem, digamos que é aceitável. E eu acho muito legal dar bebida de presente para quem realmente aprecia, sabe beber e entende sobre o assunto.

Acredito que seja um ótimo lugar para fazer suas comprinhas e preparar um jantar digno dos deuses para aqueles convidados de bom gosto. Adoro tudo isso.

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 - 3o piso - Consolação
Telefone: 11 3472 2082
Horários de Funcionamento: Segundas-feiras aos Sábados: Das 11h00 até o último cliente - acredito que seja por causa do cinema e dos restaurantes // Domingos e Feriados: Das 14h00 às 20h00
Site do    Estabelecimento: https://emporiofreicaneca.com.br/sobre/
ENTRADA GRATUITA
Aceita cartões de crédito e débito, exceto VR e fazem entrega para a toda São Paulo.
Horário de atendimento loja virtual:
Seg. a Sab. Das 09:00 ás 18h00 



Então é isso, andarilhos. Desperte o enólogo que há em você vá conhecer o empório e um monte de coisas gostosas para comer e beber. De quebra, sempre tem alguém famoso andando por lá. Da última vez, vi o Osmar Santos.
Aliás, o Shopping Frei Caneca é tudo de bom. Em todos os sentidos.
Me contem se curtiram, tá bom? Conversem comigoooooooooo!

Beijo, beijos, beijos!







quinta-feira, 8 de março de 2018

#105 MUSEU DO RELÓGIO

Olá, andarilhos mais lindos do mundo inteiro. Tudo bem com vocês? Já estão se programando para o final de semana? Eu ainda não tenho ideia do que vou fazer, mas essa é a graça. Me perder por aí.

Eu sempre falo que a intenção por aqui é divulgar os lugares mais diferentes possíveis. Eu acredito que as pessoas são influenciáveis, sim. Tanto para o bem quanto para o mal. Ter estudado Rádio & TV me fez entender que as mídias e suas diversas plataformas tem um alto poder de convencimento. Isso é perigoso, se for feito de maneira errada. Tudo isso por que eu acho que tudo é uma questão de hábito. Leitura, comida, música e inclusive passeios. O povo é um pouco preguiçoso. Se não tiver a TV, a Internet, o jornal ou o rádio, mandando fazerem algo, ninguém faz. A mídia manda você gostar da Anitta, por exemplo. E claro, obedecemos. A TV fala que a febre amarela mata. É óbvio que mata, mas de que forma tudo isso é anunciado, é potencializado por 10. É a busca pelo exagero, escândalo, espetáculo e o medo.
Como eu disse acima, tudo é uma questão de hábito. Meses atrás, vi uma matéria na TV Globo que ninguém ia a museus e que muitos museus brasileiros estavam fechando por falta de público. Como nunca vi programas específicos dizendo que tal museu é bom, é claro que o público não enxerga esse alcance. Como vamos a tal lugar se não temos ideia de que ele existe?

Fico feliz que a cada vez mais descubro lugares novos, diferentes e legais. Eu procuro por isso e amo um museu. Como eu sempre falo: pontos turísticos terão seus lugarezinhos aqui, mas o que faz mesmo o meu coração feliz é o inusitado, o exótico e aquilo que geralmente, pouca gente pensa em fazer.

Como diz o Lulu Santos: "vamos nos permitir". Dê espaço ao novo. Adquira o hábito de buscar novos caminhos. Saia da sua rota. Ser culto é tão sexy.

Tudo isso porque eu tinha visto um museu muito diferente alguns meses atrás. Falei com o andarilho que, pobre coitado, sempre embarca nas minhas loucuras e pirou também com o fato de ver o que a gente iria ver.
Vamos conhecer o MUSEU DO RELÓGIO.

Relógio. Tempo. Eu sempre tive medo de relógio. Acho que seja por isso que eu não use. O tempo é cruel, mesquinho e às vezes libertador. Por isso, tenho medo. Ele é qualquer coisa. Completamente indefinido e eu não gosto muito disso.
Cheguei ao Museu do Relógio pensando que iria ver apenas uma coleção de vários modelos e de todos os lugares do mundo. E não, não é apenas mais uma coleção de alguma coisa.
Mas, vamos lá.


O Museu do Relógio - Professor Dimas de Melo Pimenta é um museu brasileiro e o único da América Latina a mostrar a evolução histórica e técnica do relógio, a partir do tempo.
Ele foi fundado em 1975, pelo professor Dimas de Melo Pimenta que também era um colecionador. Seu primeiro relógio foi de prata e de bolso, comprado na cidade de Aparecida em São Paulo, em 1950. Foi a partir daí que ele iniciou a sua coleção.
Dimas começou a trabalhar com relógios em 1936 como auxiliar em uma empresa que fabricava relógios e telefones e foi no final desse ano que começou a esboçar os primeiros desenhos. Ele, trabalhando na fábrica e com um interesse grande por relógios, continuou estudando. Acho que ele era meio nerd: estudou ciências contábeis, engenharia civil e se aperfeiçoou em engenharia industrial e só em 1958 que ele conseguiu o título de professor relojoeiro pela Secretaria da Educação.

E foi na época da 2a Guerra Mundial, aos 23 anos, junto com sua família, que sua empresa começava a nascer. Foi um início modesto, em um pequeno armazém, com 15 pessoas trabalhando para ele e foi fabricando relógios bem diferentes que surgiu o interesse do Ministério da Fazenda para fazer relógios industriais.
Sua vida foi dedicada a esses relógios do qual ele tinha um imenso carinho e que no futuro, seria herdado de pai para filho. Ou seja, o filho também ama esses tic-tac.
E assim, ele fundou o primeiro instituto de brasileiro de relojoaria do qual foi presidente e que levou a abrir a primeira escola de relojoaria do Brasil.
O Museu, que não é um Museu de fato e sim, uma empresa comercial, é tão importante que abastece 70% do mercado interno de relógios comerciais e industriais,  além de exportá-los para Europa, Ásia, América e Oceania.

O museu conta com um vasto acervo. Pelo menos, a nossa vista, são mais de 800 peças de sua coleção individual. Alguns, também foram de doação por pessoas com o mesmo interesse pela relojoaria.

Acredito que esse passeio só fara sentido se você optar pelo guia, o André Luis, que é historiador e pesquisador sobre a área.
Chegamos lá, achando que veríamos um monte de relógio junto e que seria nada mais, nada menos, do que apenas uma coleção que o dono resolveu mostrar. A mesma coisa se eu quisesse exibir meus gibis da Turma da Mônica que somam mais de 5000.
Na verdade, foi uma grata viagem ao tempo, onde conversamos sobre história, geografia, química, física, astronomia, sobre a vida e quanto o tempo foi realmente importante para a medição de tudo. Mesmo quando ainda não existia ampulheta. Não que eu ame esses assuntos, mas contado do jeito certo e com quem sabe, tudo fica realmente especial.
O cara nos deu uma verdadeira aula e sinceramente, fiquei uns dois dias pensando e digerindo tudo aquilo que eu ouvi. Vá preparado; é muita informação.
A visita estava programada para durar apenas 1 hora. Perdemos a noção do tempo e ficamos quase 2 horas. Eu pergunto tudo. Sou muito curiosa e tudo eu quero saber.
Os relógios são mesmo muito lindos. Eu teria orgulho de ver todos fazendo tic tac juntos. Se prepare para ver o relógio atômico que se baseia na propriedade do átomo. Quase nunca ele atrasa, só uma vez a cada 200 anos, em pelo menos 1 segundo. Esse foi um presente da segunda imperatriz do Brasil no século XIX.
Dê muita risada com o relógio cafeteira que é a coisa mais fofa desse mundo. Fique chocado com a ampulheta d'agua. Eu nem sabia que isso existia.
Uma coisa que eu gosto muito são os relógios de bolso. Tem de inúmeros formatos e tamanhos. Acho chique. Sempre quis ter um. E acho que o meu preferido é o relógio gramofone.
Enfim, é uma verdadeira viagem no tempo ( literalmente ) e eu soube como o tempo sempre foi tão influenciador desde que o mundo é mundo.
É possível encontrar cucos de origem europeia e os primeiros modelos de relógio de ponto.

Enfim, é um passeio inusitado, diferente e que eu curti muito. Acho que foi mais legal por causa do guia que nos explicou de uma maneira tão legal. Se fosse aquela coisa didática, tenho certeza que ia ser a coisa mais cansativa do mundo.
Se prepare uns dias antes e ligue para agendar a sua visita.

Outra coisa muito linda é a sala de espera. Um relógio gigantesco te saúda e te convida a entrar. O café de lá também é muito bom.

Endereço: Avenida Mofarrej, 840 - Estação CEASA de trem - Vila Leopoldina
Telefone: 11 3646 4000 - Visitas guiadas com o monitor devem ser agendadas com pelo menos 1 dia de antecedência
Horário de Funcionamento: Segundas as Sextas-feiras: Das 8h00 às 17h00 - NÃO FUNCIONA nos FINS DE SEMANA.
ENTRADA GRATUITA
Acesso livre para deficientes
Site do   

estabelecimento: http://www.dimep.com.br/museu/

Então, é isso, andarilhos. Espero que vocês curtam o passeio do mesmo jeito que eu curti. Experiências diferentes são sempre válidas. E como para mim, o passeio começa antes mesmo da chegada, preste atenção no caminho até lá. As ruas são bem bonitinhas.
Faça algo diferente e mergulhe nesse assunto que até, então, não sabia que era tão legal. Tire o dia para saber de relógios. Saia da rotina. Museus são questão de hábito, igual leitura ou tomar água. Adquira, abra a sua mente e descubra um mundo inovador.
Depois voltem aqui e me contem se gostaram ou não, ok?

Beijos, beijos, beijos!