sexta-feira, 31 de agosto de 2018

#156 PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ


Hello, andarilhos. Tudo certinho? O que vão aprontar nesse fim de semana?

Um dos motivos desse blog ter nascido foi a possibilidade de mostrar lugares que nem todo mundo conhece.
Centro é legal, Avenida Paulista é uma das melhores coisas da vida, Vila Mariana, Vila Madalena e Pinheiros tem os melhores bares e restaurantes, etc e tal... ok, tudo isso já foi falado, comentado, repetido, anunciado, visto e frequentado diversas vezes.
Tudo acaba se tornando cíclico e as pessoas se esquecem que nem sempre os lugares mais badalados são os mais legais. Só são "legais" ou por estarem na moda até vir outra coisa ou por ter muito dinheiro.
O pessoal se esquece dos extremos e rola o preconceito de que se está na "periferia" não é algo legal e gente simples não tem informação ou cultura. Vamos parar com estereótipos.
Os lugares "esquecidos" tem pessoas que são malucas por cultura, por lazer, por esportes e entretenimento. Só falta investimento e oportunidade. Pois, vontade tem e muita.

Digo isso, olhando para o Ibirapuera. Não é só lá que tem verde, que dá para descansar ou visitar o os arredores.
É preciso conhecer o outro lado. Eu sempre falo isso. É importante que as pessoas conhecerem e tirem o preconceito, a arrogância de dentro de si. Esteja no lugar e tire as suas próprias conclusões. Vá de peito e coração abertos.

Vamos passear no PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ?

Recém-inaugurado, em 05 de Abril de 2018, faz parte do Núcleo de Lazer, Cultura e Esporte do Jardim Biacica.
O local escolhido está muito longe de ser à toa. É um lugar histórico. São mais sítios arqueológicos para a conta, andarilhos. Não sabem como eu fico feliz com isso. Mais casarões antigos a serem visitados e entender o comportamento da época. São 3 casarios que estão sendo restaurados. Estão com tapumes, mas pelo o que dá para ver, são bem bonitos.
Pertenceu a um explorador que recebeu esse lotes de terra da coroa portuguesa.
Eu não quero falar da história das casas ainda. Vou esperar reconstruí-las para que tenha motivos gigantescos para eu voltar e assim contar melhor, tirar fotos e mostrar uma das coisas que eu mais gosto: locais históricos. Contar histórias é sempre bom. Mas, sabemos que o ano de construção é de 1682, por causa da inscrição talhada na porta.

Mas, vamos voltar ao parque que é o foco aqui. Foram investidos pouco mais de 8 milhões com o intuito de recuperar 75 várzeas do Rio Tietê próximo a Penha, se unindo a Parque Ecológico do Tietê ( que eu já falei por aqui - se liguem no episódio dos quatis. Corre lá para ler), até chegar em Guarulhos, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e finalmente, aparecer lá em Salesópolis. Terá uma área verde de 10.730 hectares, quase 70 vezes um Parque do Ibirapuera e sua projeção foi pensada para ser... vamos respirar... PASMEM... se segurem...

O MAIOR PARQUE LINEAR DO MUNDO!!!!!!!

Sim, andarilhos. O maior parque linear do mundo está na Zona Leste de São Paulo. Não é de se orgulhar?
É um ganho incrível para a população que sofria com a ocupação desordenada e usuários de drogas. Muito foi pensado sobre o reflorestamento. A mata nativa é algo riquíssimo. Além de palmeiras, jerivás, ipês e jatobás, foram plantadas mais de 66 mil mudas e 115 espécies de árvores.
Então, pelo amor de Deus. Vamos parar de falar que São Paulo é selva de pedra. Vamos mudar esse estereótipo.
Além das árvores, o parque ganhará um centro ambiental e conta com 16 churrasqueiras, campos de futebol, pista de skate, quadra poliesportiva, quadras de esporte para a terceira idade, pistas de corrida, piscina para uso educativo, além de lanchonetes.

O que antes era um cenário de intensas inundações, esse reflorestamento ajudará na absorção das chuvas torrenciais, predominantes na região.

Tudo ainda é muito novo e as coisas estão sendo construídas ainda. Um exemplo é a pista de corrida que ainda não está pronta e flores de diversos tipos e cores estão começando a dar as caras. As churrasqueiras ainda nem foram inauguradas.

Com tudo cheirando a tinta, nos faz pensar que essa região tão marginalizada pelos outros ( que a Zona Leste só tem bandido, não tem nada de legal para fazer, só tem gente ignorante, que é perigosa demais ), ainda tem fôlego e força para mostrar que não é por aí. Que ainda vai mostrar o seu valor e jogar na cara dos outros que tem vida para criar e fazer coisas incríveis para os moradores e os visitantes.

O mais legal é comércio na região abrindo. Ao chegar no parque, já vimos dois restaurantes que também tem cara de recém-inaugurados, além de loja vendendo brinquedos para as crianças e pipoqueiros na porta.

Pelo o que eu vi, o esquema é bem parecido com o Parque do Belém que eu já falei por aqui. Adequadíssimo para esportes. Há parques que o diferencial é o descanso. Esse é para esportes. Então, solte o atleta que há em você e comece a se preparar para a maratona.

Fico imaginando quando tudo estiver realmente pronto e as casas históricas, forem reabertas, se o parque que é recém-inaugurado, já tem uma galera andando ( achei bem cheio) e ainda não tem muita coisa, imagino quando a piscina estiver lá, esperando a galera se jogar.
Outra coisa importante: bebedouros. Existem, funcionam e a água é uma delícia. Geladinha e vem bastante. Então, caso tenham esquecido o seu squeeze, fiquem tranquilos.

Outra coisa importante: vi seguranças o tempo inteiro andando para cá e para lá, o que é ótimo. Ah, eles não autorizam fotos para por no Facebook. Mas, se você tiver um blog, pode. Vai entender...

Então, é isso. Esqueça que é longe do centro e vá conhecer o que será o maior parque do mundo. É lindo, a mata nativa é algo incrível, tire muitas fotos e se divirta. É ótimo ver São Paulo pulsando. Tanto de dia quanto à noite.
É preciso construir mais centros de lazer, educação, cultura e esportes. Só assim nos livraremos da ignorância, criminalidade, baixa estima e falta de perspectiva.

Endereço: Estrada da Biacica, 756 - Jardim Helena - Itaim Paulista
Horário de Funcionamento: Diariamente: das 8h00 às 17h00
Telefone: 11 20252041  (qualquer dúvida, é nesse telefone)
NÃO TEM ESTACIONAMENTO
POSSUI WIFI

Então, é isso, andarilhos. É ótimo descobrir lugares novos e tão afastados do Centro. Meu sonho é que um dia as pessoas parem de falar que São Paulo é selva de pedra, que praia de paulistano é shopping, que só o Centro, a Avenida Paulista e o Parque do Ibirapuera é que prestam. Se atentem aos detalhes. A São Paulo que eu enxergo é tão diferente. Estejam aberto a essas sensações.

Beijos florestais e até quinta feira.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

#155 MIS + EXPOSIÇÃO: "HITCHCOCK - BASTIDORES DO SUSPENSE" - ENCERRADO

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? Novidades?


Quem acompanha o blog sabe o quanto eu amo cinema. Sempre foi assim. Para mim, cinema nunca será um programa apenas para sentar na poltrona e comer pipoca ou ficar horas no Netflix. Para mim, cinema é estudo e uma questão comportamental. É coisa séria.
Na faculdade, entrei amando TV e rádio, mas saí alucinada por cinema. Estudar sobre isso é algo incrível.
Fui uma criança que acompanhava musicais do tipo "Grease, nos Tempos da Brilhantina" e se tornou fã de Charlie Chaplin. Aos 9 anos, assisti "Tempos Modernos pela 1a vez. Acho que isso não era algo para uma criança ver, mas foi tudo influência dos meus pais, que sempre tiveram gostos peculiares para tudo. Em termos de música, passeios, cultura... sobre tudo. Se não fosse por essa bagagem toda, talvez não teria feito Rádio&TV, escrito dois livros quase 3, ser curiosa o suficiente para questionar tudo e talvez o blog não existiria. Vamos aplaudir meus pais de pé, andarilhos!

O homenageado de hoje conheci aos 10 anos com o filme "Os Pássaros". E desde então, me apaixonei pelo trabalho dele e é uma das minhas maiores inspirações. Claro que depois do Tim Burton, que é a minha paixão eterna.

Vamos visitar a exposição "HITCHCOCK - BASTIDORES DO SUSPENSE?"



Quem ainda não conhece, Alfred Hitchcock foi um renomadíssimo diretor inglês, com uma extensa carreira da qual se dedicou até a sua morte. Durante 20 anos, ficou apenas na Inglaterra e só em 1940, se mudou para os Estados Unidos onde fez filmes como "Janela Indiscreta", "Um corpo que cai", "Trama Internacional", entre outros e apenas em 1960, filmou talvez o que seja o seu maior sucesso até hoje: "Psicose" ( aquele da mulher no chuveiro).

Então, é nessa atmosfera macabra que o público entrará. Conhecer melhor o trabalho do homem que revolucionou a sétima arte e mudou o jeito de fazer suspense é um presente para qualquer entusiasta do cinema.
Foram 53 filmes do qual ele acompanhava cada processo, cada pedacinho e não deixava escapar nenhum detalhe. Acredito que ele não era tão chato e perfeccionista como o Charlie Chaplin ( duvido que ele tenha refeito uma cena 324 vezes como Chaplin ), mas era tão exigente quanto.

Essa exposição, acredito eu, traçou todo o panorama de sua obra do qual é totalmente imersiva e interativa. Hitchcock trouxe elementos para seus filmes que é incabível discutir o quanto a sua qualidade é impressa em técnica. Hitchcock pensava além do seu tempo.
Esse pleno domínio, segurança e controle de quem sabia o que estava fazendo vemos nos dois andares da exposição.

Foi preciso andar durante 4 horas e meia para enxugar tudo e aproveitar o máximo de tudo aquilo que está sendo exposto. Sim, eu estava estudando, aprendendo e me admirando com a genialidade de um homem que é copiado e referência até hoje.

Sua marga registrada é a sonoridade. Não há filme de Hitchcock sem uma trilha sonora impactante e inesquecível. É especial ainda mais por que ele transitou do cinema mudo para o cinema falado e isso, logo vemos na primeira sala; um teto com facas tilintando em um ambiente bem escuro nos saúda. Logo, nessa coisa sádica, já sabemos o que vamos esperar.

É maravilhoso andar por itens originais de seu acervo pessoal como a coleção de fotos, manuscritos e rascunhos gentilmente cedidos pela filha dele, Patricia Hitchcock, além de itens escolhidos pela curadoria de André Sturm como storyboards, croquis ( desenhos) de figurinos, cartazes e materiais de divulgação, depoimentos e trechos de sua vida como diretor, além de inúmeras matérias de jornal.

Como eu disse acima, a exposição é bem interativa. Então, cada sala tem resumos e trechos dos seus filmes. Caso você entre em uma sala e tiver um telefone tocando, pelo amor de Deus, atenda. Não passe sem ignorar. É mais legal participar assim. O que foi dito no telefone? Não digo. Só atendendo para saber.
E imersiva também. Eu não quis participar, mas há uma sala de Escape Room baseada no seriado "Bates Motel" que é baseado no filme "Psicose". A fila para participar é bem grande e se você tive paciência, pode valer a pena esperar. O que não é o meu caso. Acho que ficar 4 horas e meia andando dentro de uma exposição de um dos seus caras favoritos na vida e não ficar para jogar é mais do que perdoável.

As fotos são maravilhosas. Queria ter conhecido e conversado com ele. Imagina o quanto eu não aprenderia? Vejo as imagens dele orientando a Grace Kelly, sua atriz preferida tal como Johnny Deep é para o Tim Burton, brigando, mexendo, conversando com os roteiristas, assistentes e atores. Tudo isso é tão incrível.
Para quem não sabe, Hitchcock fez figuração em seus próprios filmes. Figuração não é exatamente o termo, tem outro nome, mas não me recordo agora. Foram 39 aparições de 53 filmes. Tudo para substituir um figurante que não foi, por reclamar da verba de produção, no filme "Inquilino Sinistro" de 1927. Então, sempre que vemos um filme dele, pode ter certeza de que sua imagem aparecerá ali, durante segundos, sem fala.
Se, você, fã da Marvel e vê o Stan Lee fazendo isso, pode ter certeza de que foi inspirado no Tio Alfred.

E acho que chegamos, a parte mais esperada. A casa de "Psicose", onde tudo foi recriado e vemos mobília, objetos e decoração. Entramos na intimidade de Norman Bates.Tudo fotografável.

Um conselho: É melhor chegar bem cedo. Caso vá mais tarde, a fila estará bem grande. Cheguei por volta das 14h00 e já tinha bastante gente. Chegue antes!

Curtiu? Então, lá vai:

Endereço: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa ( Metrô Consolação - Sentido  Rua Augusta - Lado direito)
Telefone: 2217 4777
Site: http://www.mis-sp.org.br
Horários de Funcionamento: Terças-Feiras aos Sábados: 10h00 às 20h00 // Domingos e Feriados: 09h00 às 18h00 // Segundas-Feiras: FECHADO - Abertura da Recepção: meia hora antes da visitação
Possui GUARDA VOLUMES
Ingressos: R$12,00 ( inteira )// R$6,00 (meia) // Terças -feiras: GRATUITO, porém sujeito a lotação. Crianças até 5 anos não pagam // R$20,00 - inteira ( ONLINE) // R$10,00 - meia (ONLINE)
Os ingressos começam a ser vendidos a partir da abertura da recepção, sujeito a disponibilidade.

That's all, andarilhos. Cinema é arte e merece ser compartilhado. Vale a pena ingressar nesse universo tão único e tão peculiar de Hitchcock. Sua genialidade vive e vemos elementos dos seus filmes até hoje. Não consigo entender como é que tem gente que estuda Cinema, Rádio e TV e não conhece esse gênio. Aproveitem a exposição e me contem como foi depois. Combinado?

Beijos cinematográficos e até sábado.









sexta-feira, 24 de agosto de 2018

#154 TEATRO FAAP + "TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA" DE MARCELO MEDICI & RICARDO RATHSAM - ENCERRADO


Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vocês vão aprontar nesse fim de semana?


Quem lê o blog, já deu para perceber que uma das coisas que eu mais amo nessa vida é teatro. Já estudei, tentei fazer ano passado de novo, mas a vida não me presenteou com esse dom e me fez com que eu me encantasse pelos bastidores.
O lugar de hoje foi post ano passado e eu já disse que esse é um dos lugares mais lindos que eu já visitei, devido a arquitetura, escultura e possuir um acervo riquíssimo de arte.
Ainda não consegui visita-lo de verdade para conhecer melhor, tirar fotos mais bonitas e passar umas horas aproveitando o máximo, do jeito que eu gosto e consigo.

Vamos assistir "TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA?"

Em uma estreia arrebatadora, Marcelo Medici, comemorando 30 anos de carreira e Ricardo Rathsam, que é um presente que se revela aos poucos, apresentam "TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA". É ótimo abrir a embalagem devagarzinho.

Diferente de "Cada Um com Seus Pobrema", sua obra prima, que conta a trajetória de um ator para sobreviver a esse meio, "Teatro para quem não Gosta" discute a "morte" do teatro e por qual motivo chegamos a esse ponto. E é nesse ambiente, em um futuro bem próximo, onde não existe mais palcos, que tentamos resolver essa questão.
Na verdade, é uma homenagem a essa arte tão especial e tão subjulgada por tantos.
Em um ritmo frenético e alucinante, em um pouco mais de 1h30 de peça, Marcelo e Ricardo abrem um portal, nos convidam a entrar e a participar da história do teatro, passando pelo início, lá na Grécia Antiga, Idade Média, Renascença, até chegar nos teatros de revista brasileiros aos Youtubers de hoje em dia.

Nessa comédia, cujo tema é bem específico e com detalhes históricos, Marcelo e Ricardo tomaram o doce cuidado de não transformar em algo didático. Mas, ainda assim é uma verdadeira aula por quem entende sobre o assunto, dominado por esses dois veteranos, mas que parecem dois meninos brincando em cima desse palco. Que delícia revisitar tudo isso.

O ponto é que essa história nos faz pensar. Pensar, de verdade. Acho que é isso que o teatro é capaz de fazer conosco. Refletir. Essa é a sua função.

Tudo para pensar o que estamos fazendo com nossa cultura. Já que voltamos à Idade Média, em pleno século 21, a arte está cada vez mais sendo perseguida e  não fica difícil entender o motivo. Se antes a TV nos paralisava e ditava o que pensar, o que fazer ou que assistir, hoje, temos a Internet, cada vez mais dominante. É clichê dizer que tudo se tornou líquido, raso e sem objetividade.
Estamos na era de que pensar é perigoso. Aliás, pensar sempre foi perigoso, não?

Se na época da Ditadura, onde nada podia ser dito, cantado ou escrito, que era censurado, era fácil identificar o inimigo, hoje fica mais difícil. Esse policiamento de "politicamente correto", do "cidadão de bem", dos fiscais da vida alheia e entre outras vertentes, fica mais difícil mostrar o que nosso coração anseia em em colocar para fora. É por isso que pensar é perigoso; o conhecimento se transforma em luz, te abre para vários caminhos sem volta e o choque entre o seu mundo e o outro é algo avassalador. Dá medo, mas é assim que nos tornamos alguém melhor.
Viver na ignorância, talvez seja mais confortável. Respostas rasas e sem objetivo sejam mais fáceis.

E nessa busca de trazer o que todos deveriam sentir, Marcelo e Ricardo, esses dois gigantes, nos mostram a cumplicidade, a sintonia e a confiança em mais de 20 anos de parceria. Essa segurança nos deixa mais confortáveis em relação a tudo: montagem, cenário, figurino, trilha sonora, iluminação... tudo é feito com amor, cuidado, carinho e lucidez.
E tudo o que é feito com amor, transcende verdade, honestidade e não tem como não dar certo.
É uma honra participar desses momentos que são tão deles, mas ao mesmo tempo tão meu e da plateia que em uníssono, ecoava gargalhadas nesse templo que deve e muito ser respeitado.


É preciso ter coragem para fazer teatro. Marcelo, em toda a sua trajetória, mostra que esse é o seu propósito. Fazer algo por amor, mas aquele amor de verdade, é algo que não pode e não deve ser explicado e isso é impresso em seu olhar. É sentir tudo isso.

Teatro é sobrevivente? Mesmo com a concorrência e das desculpas "teatro é muito caro", ainda vive em busca para que as pessoas conheçam e curtam.
"TEATRO PARA QUEM NÃO GOSTA" é feito para quem gosta sim, E para aqueles que gostam ou amam é preciso mostrar para quem não conhece ou não tem o costume de consumir aquilo, que tudo é uma questão de hábito. Basta abrir a mente.

E ficar uma hora e meia, vendo Ricardo Rathsam vestido de Dama da Camélias, Patinho Feio e
Foto de Manoela Cabral
Marcelo se desdobrando em vinte personagens do jeito que só ele sabe fazer, como Romeu (o da Julieta), Jocasta, entre outros, é uma noite mais do que ganha. Nada como sair relaxado e feliz.

E se não entender, eu te explico: essa peça é um sussurro de que a arte vive. E sempre viverá! Não importa o que aconteça, ela sempre estará ali, contestando situações difíceis. Sempre terá alguém com o espírito limpo, buscando emoções que a razão está longe de compreender. Afinal, como eu disse ali em cima, teatro é para nos fazer pensar. E nada melhor do que o humor, de forma inteligente, irônica e ácida para nos ajudar.
E ninguém melhor do que Marcelo Médici e Ricardo Rathsam para fazerem isso. Simplesmente brilhante, único, divertido e especial.


Endereço: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis (MEIA  HORA DE CAMINHADA)
Telefone ( Bilheteria): 11 3662 7233 // 11 3662 72 34
Ingressos: Sextas-Feiras: R$80,00
Sábados e Domingos: R$100
Horários: Sextas- Feiras e Sabados:21h00 // Domingos: 18h00
Vendas pela Internet: www.faap.br/teatro
Possui Estacionamento (vagas limitadas)
Possui acesso para cadeirantes
Aceita cartão: Visa, Master e Diners. Não aceita Cheque.
Horário da Bilheteria: Terças-feiras aos Sábados: Das 14h00 às 20h00 // Domingos: Das 14h00 às 17h00
Estreia dia 21 de Março


É, isso, andarilhos. Teatro é algo para ser sentido e vivenciado. Não tem forma mais gostosa de embarcar nesse mundo, busca-lo através de uma comédia e te faz entender sobre essa busca, essa conexão e o que move um ser humano através da arte.

Vão. Simplesmente vão e me contem depois o que acharam. Combinado?

Beijos teatrais e ate semana que vem.




quarta-feira, 22 de agosto de 2018

#153 TEATRO NAIR BELLO + "O JULGAMENTO DE SÓCRATES" - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão aprontar no fim de semana?

Vocês estão carecas de saber que eu detesto shopping, mas que existem apenas 3 que fazem meu coração balançar mais forte.
Um deles é o Frei Caneca, por causa da memória afetiva. Durante 2 anos, ele foi a minha segunda casa. Gosto tanto dele, que já se transformou em 3 posts únicos e hoje será o quarto. Isso, porque eu ainda não falei do teatro.
O lugar de hoje foi o meu curso de férias em Janeiro/2009. Fiz um curso de roteiro cinematográfico e saí de lá com um conhecimento incrível. Imagina que maravilhoso ter sido aluna de um dos melhores professores de roteiro do país e ter sido indicado ao Oscar no começo dos anos 2000? Pois é, honra.

Vamos conhecer o TEATRO NAIR BELLO e assistir "O JULGAMENTO DE SÓCRATES"?


Inaugurado em 2007, pelo ator e diretor da Rede Globo, Wolf Maya do qual também é professor, é uma homenagem a grande atriz e humorista, Nair Bello que morreu em abril de 2007.
Logo, no começo, estreou com o musical "Mamma Mia" e já recebeu diversos shows e musicais.
Com 201 lugares, o espaço é bem simples e confortável. Dá para ter uma visão privilegiada do palco, além de possuir cadeiras para obesos, espaços para cadeirantes, elevadores para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, ar-condicionado ligado com 30 minutos de antecedência de cada espetáculo, além de  palco giratório.

Em 2014, uma análise bastante injusta foi feita. Essas publicações que avaliam restaurantes, bares, teatros, shoppings, etc... deu nota 3,0 de 5,0 considerando que o sons externos vazavam para dentro. Na época, foi por causa de um evento de grande porte do shopping. Eu sempre acho essas pesquisas uma grande perda de tempo, mentirosas e injustas. Tenho certeza que se essa avaliação fosse feita em um outro dia, a nota seria outra.

Mas, enfim, vamos ao que realmente importa. Vamos assistir "O JULGAMENTO DE SÓCRATES"?


Tonico Pereira, comemorando 50 anos de carreira e quase 70 anos de vida, encena, seu primeiro monólogo.
Com o texto do premiado autor Ivan Fernandes, Tonico, com seu incontestável carisma ( lembram-se do Mendonça de " A Grande Família"?) nos entrega a livre adaptação de "Apologia de Sócrates" do filósofo Platão.

A história é um dos primeiros casos da história a ter um homem condenado a morte por envenenamento em defender ideias diferentes da sociedade. O mais assustador é que isso jamais mudou.
Ficaram um tempo escondidas, mas as redes sociais estão aí para mostrar a face de um verdadeiro cidadão de bem e isso com certeza, nunca mais terá volta.
Não existe nada mais assustador do que um cidadão de bem.

No palco, Tonico ou Sócrates debate a liberdade de expressão e defende a ideia de expor opiniões. Essa troca e esse jogo com o público são essenciais. O cenário é bem simples, apenas uma cadeira e uma taça ( de veneno) do qual, Sócrates nos pergunta sobre a sua absolvição/condenação. O resultado nos faz lembrar da contagem de um certo impeachment que ainda está bem fresco em nossas memórias.

O ator, em seu personagem, também critica artistas e celebridades instantâneas que se metem a falar de política e história sem ter embasamento ou entendimento histórico para tal. É incrível como o poder que a oratória tem de fazer as pessoas a acreditarem ou seguirem qualquer opinião.

Em tempos esquisitos dos quais estamos vivendo, a peça é uma grande crítica ao circo do qual estamos vivendo. Um circo que não tem nada de magico, poético ou engraçado, cujos palhaços vivem de terno e gravata.
O personagem principal da peça é o texto que diz absolutamente tudo. É horripilante como uma situação escrita séculos atrás continua sendo tão atual e tão opressora.

Não existe glamour, brilho, plumas ou paetês. Tudo é muito simples. Desde o figurino, trilha sonora  e locução ( com aquele "r" e "s" que só os cariocas tem). É feito para que a gente saia com a cabeça explodindo de tanto pensar.
Em tempos de ditadura velada, peças como essa são extremamente importantes para que a gente se arme com o conhecimento e entender como podemos nos defender de pessoas que são tradicionalistas e defensoras de morais esquisitas e conturbadas.

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 - Consolação ( Linha Amarela do Metrô)
Telefone: 11 3472 2414
Site: http://wolfmaya.com.br/teatro-nair-bello/
Horário de Funcionamento: De Quartas-Feiras aos Sábados: Das 15h00 às 21h00 // Domingos: Das 15h00 às 18h00 ou 19h00 ( De acordo com a peça que estiver em cartaz)
Horário da Peça: Sábados: 21h00 // Domingos: 19h00
Classificação: 12 anos
Ingresso: R$60,00
ATÉ 09 DE SETEMBRO ( DÁ TEMPO )


É isso, andarilhos. Precisamos nos munir de vários tipos de diálogos e entender melhor sobre História e Política. Essa peça nos faz entender o que é preciso saber de fato o que acontece ao nosso redor. E teatro é legal. Tonico Pereira está te esperando.


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

#152 CENTRO DE MEMÓRIA DO BIXIGA

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? O que vão fazer de bom hoje?


Eu sempre disse nesse blog que sempre vou priorizar os passeios diferentes, que foi um dos motivos dele existir.
Eu não sou muito de planejar as coisas e minha mente é um verdadeiro caos. Penso em milhões de coisas ao mesmo tempo e me esqueço de todas, logo em seguida.
É meio complicado ser desse jeito. Anoto e já não me lembro mais depois. Nem o que foi, nem onde deixei.

Falo isso porque sempre encontro lugares muito diferentes e quero ir em todos ao mesmo tempo e agora. E são nessas, que sempre acontece algo que certamente, virará histórias lendárias. O lugar de hoje não era para ser.
O tour seria pelo bairro do Bixiga, já que eu iria comprar os ingressos para o Risadaria que foi no mês passado, lá no Teatro Sérgio Cardoso que eu já falei por aqui.
E vi dois lugares: o Museu do Bixiga e o Centro de Memória do Bixiga. Mirei em um e fui acabar no outro.
A intenção era ir no Museu e fiquei com isso na cabeça. Não conheço muito por lá e o Bixiga tem uma identidade própria. É um bairro tão icônico, tão único, tão ele, que sua história merece ser realmente contada e lembrada.
Só que pensando no Museu, acabei ligando no Centro de Memória do Bixiga, sem me dar conta. Liguei lá, agendando uma visita e achei estranho quando a moça que me atendeu, não sabia muito das informações e ficou perguntando para um senhor.
Esse senhor ninguém mais, ninguém menos é o Walter Taverna, que falarei dele logo mais.
Perguntei também o último horário de visitação e ela disse que seria no horário da janta. Achei esquisitíssimo, mas ainda assim, marcamos o passeio para o mesmo dia, algumas horas depois. Em minha cabeça, seria visita guiada.
Vamos relembrar que depois de tudo isso, eu ainda achava que estava falando com a galera do Museu.

Enfim, chegamos no horário combinado. Vi que era uma casa que não era a mesma que eu tinha visto na Internet. Mas, ainda assim não me toquei que eu estava em um lugar diferente. Andarilhos, isso não é burrice. É distração forte.
Tocamos a campainha e ficamos um quinze minutos esperando, até que a filha dele que trabalha em uma cantina em frente, ligou lá e falou que estávamos aguardando.

Foi realmente aí que me dei conta de que estava no lugar errado e que não dava mais para voltar atrás.
Entendi que era uma casa residencial e que a mulher que eu tinha conversado antes, a Erica, era a cuidadora do seu Walter que tem uma sáude muito debilitada.


Vamos conhecer o CENTRO DE MEMÓRIA DO BIXIGA?

Criado em 1978, há quarenta anos, por Walter Taverna, morador nato do Bixiga, é uma sociedade sem fins lucrativos que luta pela preservação e memória do bairro. Todo o patrimônio arquitetônico, histórico e cultural do bairro é administrado por ele.
Na verdade, é um acervo pessoal que fica em um único andar e também um espaço colaborativo. Itens que os próprios moradores do bairro ajudaram a compor esse centro de memória.
Walter Taverna sempre foi um homem trabalhador. Nasceu na década de 1930 lá no Bixiga mesmo, no fundo de uma cocheira, com a ajuda de uma parteira e desde os 6 anos trabalha.

Foi faxineiro da primeira cantina de lá, emprego arranjado por seu pai. Ficou pouco tempo, pois os seus pais separaram-se e ele foi obrigado a morar com uma tia. Uma tia muito sem paciência, que o expulsou de casa, por ter quebrado a vidraça jogando bola. Morou por 6 meses na Escadaria do Bixiga ( um lugar que eu preciso tirar fotos, mas não encontro o danado), até ser acolhido por uma outra tia.

Aos 13 anos, foi ser barbeiro. Com o pouco dinheiro que juntou, abriu um pequeno salão. Mas, adivinhem? Fechado pela Prefeitura por ampliação de lotes. Claro que arregaçou as mangas, foi trabalhar a domícilio, fazendo barba até de gente falecida.
Anos depois, em 1958, perde seu pai, sua tias e sobrinhas após um acidente fatal dentro de um taxi alugado.
Resolveu trabalhar ainda mais para afugentar a tristeza: continuou sendo barbeiro, tapeceiro, marceneiro... até abrir a sua própria cantina que mantinha o cardápio original do bairro. Logo depois, perdeu o seu filho e foi no trabalho que continou sua inspiração. Teve mais sete cantinas que logo foram parar em outras mãos. Uma dessas mãos, é a filha Solange, da qual eu conheci.

Seu Walter é uma lenda vida no bairro. Ele sempre foi o organizador de vários eventos, inclusive os mais famosos.
Se lembram da Festa de Nossa Senhora Achiropita? Pois então...
O Bolo do Bixiga, comemorado sempre no aniversário de São Paulo, idealizado por ele e um amigo de infância já foi parar no Guinness Book, lá em 1992.
Concurso de Anões, Rainha do Bixiga, o Varal do Bixiga que nada mais é, do que várias roupas ( chegou a quase 3 mil ) para ficar pendurada pelo bairro inteiro... tudo isso saiu de sua cabeça.

Então, ao visitarmos o Centro de memória, nos deparáramos com vários itens, fotos e até fantasias da escola de Samba Vai-Vai.
A parede é repleta de quadros, que nos melhores tempos, foram reportagens de jornais, revistas, TVs, encontros com políticos e celebridades.
Acredito que não tenha um "bexiguense" que não saiba quem é Walter Taverna. A parte de fora, tem um jardinzinho super fofo.

O local é bem intimista. É a história de alguém que se doou muito pelo bairro e foi inovador durante muito tempo.
Seu Walter necessita de cuidados especiais e eu não tinha ideia disso.
Ao visitar, quando vi que toda uma movimentação foi feita para a nossa chegada, confesso que me senti invasiva.
Ele conversa, mas não entende muito o que a gente fala e não lembra de muita coisa. Tem hora que lembra perfeitamente bem e em horas que vem um vazio... Coisas da idade.

Quero agradecer imensamente a filha, a cuidadora, Erica e ao próprio Walter por nos ter cedido o seu tempo. Desculpe-nos a intromissão, a falha e qualquer incômodo que tenhamos dado.
Foi bom passar essa 1 hora, sabendo mais um pouco do Bixiga e saber que há pessoas assim, enchendo o coração das pessoas de alegria.

Ah, em tempo. O Museu do Bixiga, aquele que eu mirei para ir, está fechado temporariamente

Endereço: Rua 13 de Maio, 569 - Bixiga/Bela Vista ( Estação São Joaquim ou Liberdade do Metrô - 15 minutos de caminhada)
PARA AGENDAR VISITA: 11 3284 4355
E-mail: centrodememoriadobixiga@gmail.com
Não há estacionamento

That's all, andarilhos. Admiro pessoas que amam o seu próprio bairro e que fazer de tudo para que haja uma comoção. É muito bom ver suas ideias compartilhadas.
Como o próprio Walter diz, o Bixiga é um estado de espirito. Mas a Mooca também, o Brás, a Penha... Tudo é São Paulo. E isso é o que importa.

Beijos bexiguenses e até quinta.


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

#151 FLOR DE SAL RESTAURANTE

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? Nesse fim de semana começa a Jornada do Patrimônio. Sabiam dessa?


Comida. De comida, São Paulo entende muito bem. Afinal, é um dos maiores polos gastronômicos do mundo. Tem para todos os gostos, tamanhos, nacionalidades e valores.
Eu tenho uma lista de motivos que fez esse blog nascer e o garfo é um deles. Sempre achei um absurdo quem vai a um restaurante gastar 500 reais em duas pessoas. A sensação que eu tenho é que a pessoa sempre vai sair de lá com fome e depois mandar um super hot dog às escondidas. É claro que eu quero conhecer de tudo, do mais simples ao mais chique. Do mais barato ao mais caro. Mas, sabendo que tem pessoas que não tem condições de ter refeições decentes durante o dia, acho falta de respeito dizer que alguém tem que comer polvo ao molho de não sei o que com brandy. Acho noção zero de realidade.

Como tudo na vida pode se resolver com um arroz, feijão, bife e batata frita, o lugar de hoje é um achado bem gostoso.
Vamos encher a barriga no FLOR DE SAL RESTAURANTE? Como eu disse, simplicidade é absolutamente tudo.
Descobri essa maravilha quando eu comecei a trabalhar ali na região dos Jardins e precisava de opções para comer fora. Depois de levar sustos com macarronada a 80 reais para uma única e exclusiva pessoa, decidi que era realmente preciso encontrar opções mais populares.

E foi ali, numa das ruas mais emblemáticas, importantes e descoladas de São Paulo, encontrei algo fenomenal.
Infelizmente, não há muitas informações pela web. É um restaurante simples, pequeno e por quilo. Todo dia, o cardápio muda e é temático.
Segunda é comida brasileira, terça é sushi, quarta, obviamente é feijoada, quinta é comida mexicana e sexta, pizza.
O sabor é maravilhoso e para se ter noção do quanto a comida é maravilhosa, é bem lotado. Às vezes, dá medo de não encontrar lugar.
O preço também é  incrível e tem uma opção bem variada de sobremesas. A decoração também é super fofinha.
Dá para ficar viajando nas cores e nos objetos.
A comida é tão boa que a tentação de repetir a dose é bem grande. A chef, Marcia Fukelmann, está de parabéns.

O lugar é muito limpo e arejado. Além da decoração, caso você sentar bem de frente com a porta, verá o quanto a Rua Augusta é tão movimentada de dia quanto a noite. É incrível como o público muda. É muito bom ver essa movimentação toda.

Bom, não adianta ficar falando muito. Só conhecendo e comendo para saber. Como eu prefiro comida mexicana, eu sempre ia de quinta. Ia, porque será mais difícil voltar lá. Não trabalho mais na região dos Jardins.
Qual será o próximo bairro que terei um restaurante gostoso de estimação, na hora do almoço?

Endereço: Rua Augusta, 2542 - Cerqueira César ( Metrô Consolação ou Oscar Freire)
Telefone: 11 30828569
Horário de Funcionamento: Segundas-feiras aos Sábados: 12h00 às 17h00
Aceita VR ( Isso é lindo!)
NÃO TEM SITE
NÃO TEM ESTACIONAMENTO





É isso, andarilhos. Não é preciso andar ou gastar muito para comer bem. Ser chique é ser simples. o Flor de Sal é algo incrível e que merece ser compartilhado.
Divulgue para os seus amigos, compartilhe. Faça o "Somos Andarilhos" ser uma cambada de andarilhos.


Beijos comilões e até sábado.








sexta-feira, 10 de agosto de 2018

#150 SHOPPING PÁTIO PAULISTA

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? Vamos sair de casa e aproveitar esse sabadão?


Muitos me perguntam: se eu não gosto de shopping, eu vou tanto porquê? Eu sei que eu já disse por aqui que eu odeio ir em shoppings e que não vejo graça em ficar subindo e descendo em escada rolantes e ficar vendo vitrines.
Eu detesto ainda mais por terem sido eles, um dos principais motivos das pessoas perderem o hábito de frequentar cinemas de rua, provocando o fechamento da Cinelândia Paulistana.
Mas, por vezes, eles são práticos e na hora de fazer coisas essenciais como ir pagar contas, comer ou ir ao supermercados, muitas vezes, não tem como ser em outro lugar.
Mas, como shopping ainda é uma das formas de identificação, comportamento e se tornou um hábito do ser humano, falar deles por aqui é algo imprescindível. E, por incrível que pareça, escrever sobre eles é algo bem fácil e entendi que cada um tem a sua história. E, todas elas, são interessantíssimas.


Vamos andar pelo SHOPPING PÁTIO PAULISTA?

Um dos shoppings mais bonitos que eu já vi, foi inaugurado em 13 de Novembro de 1989, com uma localização extremamente estratégica; no fim da Avenida Paulista. Ou no começo, depende muito de onde você vem.
Antes da compra do imóvel, pertencia a antiga lojas de departamento, Sears. Uma espécie de Mappin. Os andarilhos old school irão se lembrar.
O shopping traz uma fachada neoclássica impressionante, com ares londrinos e com um relógio de cinco metros de diâmetro trazido de Boston, Estados Unidos.
Logo de cara, você vê a sua imponência e o tic tac gigantesco. É impossível não ficar admirando por alguns minutos.
Entenda-se por NEOCLÁSSICO: utilização de cores frias, valorização da perspectiva e simplicidade, clareza ao olhar e a obsessão pela perfeição.
É exatamente isso que verá na entrada. Então, admire!

O que é mais legal que não é confuso quanto o Santa Cruz e nem tão infernal quanto o Internacional de Guarulhos, Aricanduva e Tatuapé. Isso conta muitos pontos.
São 234 lojas distribuídas em quase 11 mil metros quadrados, em sete pisos distintos. Além disso, tem um estacionamento pago com o total de 1800 vagas, em três pisos cobertos.

Além disso, os planos de expansão é algo vivo para a administração do shopping. Em outubro de 2016, foi entregue a última fase de revitalização do centro de compras, pois devido ao grande fluxo de pessoas, foi extremamente necessário aumentar para atender a felicidade dos shopaholics de plantão.

O que eu acho muito incrível é que, apesar de ser um shopping para pessoas com alto poder aquisitivo, vejo lojas populares do tipo McDonalds, na praça de alimentação.
Por falar em praça de alimentação, existe apenas uma que não é tão grande. Quanto a isso, sempre vou comparar com o Shopping Itaquera, na extrema Zona Leste, que tem duas, em andares diferentes com restaurantes diferentes.

Uma coisa meio deliciosa são as sorveterias: a Baccio di Latte ( a minha preferida, sempre, até agora), a Freddo, entre outras.
Enquanto você toma o seu sorvetinho lá no quiosque, você sentirá o cheirinho mega gostoso vindo do centro gastronômico Le Pain Quotidien. É de acordar qualquer estômago descansado. Eu nunca comi lá e está em meus planos.

Outra coisa mega importante a se dizer é que eles possuem duas distribuidoras de cinema: a Playarte e o Cinemark.
Não seria nada demais, mas esse é um aviso para os mais distraídos.  Tenho o costume de maratonar filmes indicados a Oscar, então em 2016, resolvi assistir por lá, o do Tom Hanks que já estava saindo de cartaz e era o único lugar que estava passando. No caso, iria passar no Playarte. Entramos na fila do Cinemark que é bem mais gigantesca e nos demos conta quando começamos a prestar atenção no telão dos horários. Descobrimos que não era naquela fila, fomos procurar o Playarte e perdemos o filme.
Ou seja: prestem bem atenção nisso. Dá para confundir e muito. A Playarte fica um tanto escondida, então para os que tem déficit de atenção, como eu, sempre cheque para não perder o filme, ok?

Para facilitar a vida, os serviços são inúmeros: possui fraldário, achados e perdidos, pátio vip para espera quanto o manobrista pega o seu carro, concierge com atendimento bilíngue para o turista, recarga de carros elétricos, além de farmácias, lava rápido, academia, entre outros.

Endereço: Rua 13 de Maio, 1947 - Bela Vista ( Estação Brigadeiro do Metrô- Linha Verde)
Telefone: 11 3191 1100
Horário de Funcionamento: Lojas: Segundas-feiras aos Sábados: das 10h00 às 22h00 // Domingos e Feriados: Das 14h00 às 20h00 // Praça de Alimentação: Segundas-Feiras aos Sábados: 10h00 às 23h00 // Domingos e Feriados: 10h00 às 22h00
Site do Shopping: https://shoppingpatiopaulista.com.br
ESTACIONAMENTO PAGO
POSSUI WI-FI
Instagram: @patiopaulistashopping

Entonces, é isso, andarilhos do meu coração. Acho que vale a pena dar uma passadinha por lá, ir na Saraiva, tomar uma sorvetinho na Baccio, comer pão na padaria e depois se render aos encantos da Avenida Paulista que nunca é demais. Casa das Rosas, Itaú Cultural, Japan House, SESC Paulista... olha quanta coisa esperando por vocês.

Beijos shopaholics e até semana que vem.







quarta-feira, 8 de agosto de 2018

#149 PARQUE MARIO COVAS

Olá, andarilhos. Tudo bem? Estão sobrevivendo ao frio? Eu adoro!


Jamais vou entender o termo selva de pedra. Acho muito pejorativo. Não quero ser chata, mas é uma mentira deslavada. Quem é leitor antigo do blog e para os que estão chegando, eu provo que isso é uma grande injustiça.
São Paulo tem mais verde do muita gente imagina. É só procurar. Eu vivo dizendo que se você perambular pelo Centro de SP, Avenida Paulista ou só ir ao Ibirapuera, não terá opções mesmo. Não verá o verde que tanto se busca.
Como muita gente não conhece a São Paulo que eu vejo por aí, então cabe a mim, ter que mostrar que existe diversas opções verdejantes para todo mundo e com acesso gratuito, o que é ainda melhor.
É claro que, com o desenvolvimento chegando foi extremamente necessária a verticalização das coisas. Mas se você garimpar lugares, como garimpa roupas baratas em lojas, pode ter certeza que irá se surpreender e muito. E eu sempre afirmo aqui: quanto mais eu ando, menos eu conheço São Paulo.

E para você dizer o quanto tudo é injusto: justamente na Avenida Paulista, o lugar dos arranhas-céus e dos homens engravatados, há dois parques que estão ali, prontos para serem desfrutados.

O primeiro, eu já falei por aqui. Parque Trianon, no post 101. Confere lá, depois. Vamos passar um tempinho no PARQUE MARIO COVAS?

Para começarmos a falar do parque, precisamos voltar um pouquinho antes da sua existência. Falar sobre a Avenida Paulista e o que tem ao redor dela e não falar como ela chegou até o que é hoje, é violentar o propósito do blog e a história de São Paulo.

Sabemos que a Avenida Paulista foi a casa de muitos homens ricos, barões do café e outras profissões de luxo. O lugar que hoje fica o parque, foi a casa de Alexandre Honoré Marie Thiollier. Quem foi o Alê? Com essa chiqueza de nome foi um homem bem inteligente e letrado. Foi livreiro, guarda-livros e sócio da primeira livraria de São Paulo, a Casa Garroux. Devia ser o máximo andar por ela. Então, em 1878, conheceu a mulher que viria ser a sua esposa, Fortunata de Souza e Castro e em 1903, construiu a casa que serviria de empréstimo para algumas famílias importantes, quando o senhor Alex viajava a negócios e cuidava da saúde. Ele gostava tanto da mulher que homenageou-a dando o nome da casa de Villa Fortunata. Homenagem linda. Viu, homens? Nada de prometer dar a lua, o céu ou as estrelas. Façam algo assim.

E então, em 1913, o senhor Thiollier morre em Paris e foi trazido para cá, para o Brasil no Cemitério da Consolação. É um passeio que eu preciso fazer. Quem sabe não encontro o túmulo dele?
E então, o filho dele, passa a morar na casa do pai, o que aliás, foi tão importante quanto ele. René Thiollier fez de tudo. Se formou em Direito, casou com a prima e teve dois filhos, escreveu em vários jornais como o "Estado de São Paulo", "Gazeta" e "Jornal do Comércio", lançou revista, foi ator, ocupou uma cadeira na Academia Paulista de Letras e ajudou a financiar a Semana de Arte Moderna de 1922. Foi ele que alugou o Theatro Municipal para a realização, pois jovens modernistas necessitavam de apoio político e financeiro.
Estão vendo como a Lei ROUANET hoje é importante? Naquela época, existiam os mecenas que investiam em arte e cultura. Quem faz isso hoje se não for "obrigado"?
O cara participou até do Movimento Constitucionalista de 1932. Ou seja, ele fez de tudo nessa vida. Infelizmente, em 1968 ele faleceu dentro de casa. Viveu muitíssimo bem.

E então, o casarão foi demolido em 1972, assim como outros casarões na época. E o ex-BANERJ ( Banco do Estado do Rio de Janeiro ) compra o local com seus 5,4 metros quadrados e mais de 200 espécies de árvores e espécies da Mata Atlântica. Chegou a pertencer a um estacionamento e em 1992, foi tombado pelo COMPRESP devido a área verde que possui.

E então, em 2008,  o Parque Mario Covas começava a nascer, em meio a polêmicas. Gilberto Kassab era o prefeito na época e decidiu que homenagearia o Mario que foi prefeito na década de 1990. Houve uma manifestação liderada pela filha do René para que o parque ficasse com o nome dele. Artistas também abraçaram esse movimento. Mas causaram tanto que nada aconteceu. A filha já tinha 90 anos e acho que não a levaram muito a sério. Bem, não devem ter levado, pois o nome continua sendo Mario Covas.
Ia ser legal se o nome fosse para o antigo dono.

Até que em 24 de Janeiro de 2010, nas comemorações do 456o niver de Sampa, o parque foi inaugurado com o investimento do banco Itaú cuja obra foi avaliada em 700 mil reais.
Não sei como deveria ser a mansão da família, mas o parque é bem pequeno e não tem muita coisa para se fazer. É ideal para pensar e repensar na vida, durante o seu horário de almoço.
O parque conta com uma vegetação intensa e árvores devidamente descritas. Eu AMO identificação em árvores. Então, você encontrará lá abacateiro, cedro, figueira-da-índia, mangueira, paineira, entre outros.
Tem vigias pelo parque, então fique tranquilo que vocês estarão seguros
. Existem banheiros femininos e masculinos e uma casinha de Central de Informação Turística com pessoas que irão te atender bem. Panfletos sobre o que fazer por aqui estão disponíveis gratuitamente. Podem levar à vontade.
Tem mesinhas para ler um livro, jogar alguma coisa ou simplesmente ficar sentado. Há aparelhos de musculação também.
Esqueci de falar do bicicletário. Dá para deixar sua bicicletinha ali. A única coisa ruim é que caso queira comer alguma coisa, terá que sair do parque, mas ao redor, tem um restaurante japonês, uma hamburgueria e atravessando a rua, tem um Bob's.


Realmente, é muito diferente do Parque Trianon, mas acho super válido conhecer e tirar algumas fotos ali. Eu prefiro o outro. Dá a sensação de que estamos na selva mesmo.
Acho que muita gente usa o Parque Mario Covas para cortar caminho.
Esqueci de dizer que tem WIFI. Geralmente, não costumo usar, mas já vi relatos de que é muito devagar e a conexão é bem ruim.

Endereço: Avenida Paulista, 1853 - Bela Vista ( Metrô Trianon - Consolação - segue mapinha)
Telefone: 11 3289 2160
Horário de Funcionamento: Diariamente: das 7h00 às 18h00
ENTRADA GRATUITA
Não possui estacionamento
POSSUI WIFI




Então, é isso, andarilhos. Ver a Avenida Paulista pulsando em seu dia a dia, nos faz querer ficar no meio do silêncio, de vez em quando. Eu, que valorizo demais o silêncio ao invés de ouvir qualquer conversa fiada, preciso ficar em minha companhia e ver o que o eu mesma tenho a me dizer.
Muitos dizem que nem é parque devido ao tamanho, mas como as pessoas reclamam de tudo, não devemos levar em consideração. O Parque Trianon é mais conhecido, mas acho que devemos dar um chance para o Mario Covas. É parque, é verde, é natureza... precisamos parar de chamar São Paulo de Selva de Pedra. Não, não é.
Eu já mostrei 2 parques no coração da Avenida Paulista. Já pararam para pensar o que tem por aí, nos esperando? Pois é!

Beijos naturebas e até sábado.
 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

#148 RESERVA CULTURAL

Olá, andarilhos. Tudo bem? Um ótimo sábado para vocês! O que vão aprontar hoje?

Uma das coisas que eu mais amo na vida é cinema. Mais do que assistir, é entender todo o processo, como funciona, que nada está ali por acaso, entender de luz, câmera e ação. Assistir é só parte desse bolo de chocolate vulcânico.

Assim como a visita em sorveterias, ir ao cinema também tem todo um planejamento especial. Não gosto mais de ir nos que ficam dentro de shopping. Quando você pesquisa demais, acaba concentrando seu pensamento em coisas diferentes e a partir daí, novas conquistas se abrem. Tem um outro clima que só vivenciando para saber como é. E, com isso, acabo tendo o mesmo comportamento que o paulistano nas décadas de 1950 e 1960. Não existia shopping e ir assistir a um filme, era um grande evento. Infelizmente, nos dias atuais, existem 9 cinemas que resistem fora dos shoppings, além de centros culturais. Mas, pesquisas recentes, descobriram que o interesse por grandes centros comerciais está diminuindo e que daqui a poucos anos, novos cinemas serão inaugurados para dar uma nova revitalizada no Centro de São Paulo. É de dar pulos de alegria.
                       
Tudo isso para apresentar o RESERVA CULTURAL. Você conhece?

Para falar dele, precisamos voltar alguns anos de sua história. Em 23 de Maio de 1967, no prédio da TV Gazeta, foi inaugurado o Cine Gazetinha com um slogan bem metido, mas um metido do bem "Na avenida mais chic da metrópole que mais cresce no mundo... inaugurando o cinema mais moderno da Paulicéia" em jornais da época. Logo de cara, o filme de estreia dele, foi o romance francês "Um homem, uma mulher" do diretor Claude Lelouch. Como era de se esperar, o cinema lotou em seu primeiro dia e logo em seguida, filmes como "Embalos de Sábado à Noite" com o John Travolta no elenco e "A Primeira Noite de um Homem" foram grandes sucesso de bilheteria.

Como eu já relatei aqui, cinemas era uma grande febre até chegar os primeiros shoppings aqui na Capital. Com isso, a novidade foi crescendo, o grande público transformou os seus gostos, aliados pela sensação de segurança e, o interesse pelos cinemas de rua foi diminuindo, até o fechamento de algum deles na década de 1980. O último suspiro do Cine Gazetinha foi em 1999, com o clássico "Star Wars - Episódio I - a Ameaça Fantasma". Não conseguiu ser forte para combater a concorrência. E então morreu.

Mas, tudo mudou novamente quando um empresário francês, Jean- Thomas Bernardini, ligado em cultura e muito inteligente, resolveu ressuscitar o cinema lá em 2005.
Com um projeto intensamente inovador que contém quatro salas de cinema, uma bomboniere ( bem pequena para falar a verdade ), um café- boulangerie ( MANO, É PADOCA - SEMPRE SERÁ PADOCA) e uma livraria.
Nota: explicação para os gringos que leem o blog. Padoca é apelido de padaria ou boulangerie que os paulistanos deram. E sinceramente, padoca é mais charmoso. Sorry!

Sua programação é completamente voltada para filmes não hollywoodianos, voltado para o circuito nacional brasileiro, latino-americano, asiático e principalmente, europeus.
Semana passada, fui assistir "Egon Schiele - Morte e Delírio", um filme austríaco de 2016. É muito bom comparar Hollywood com essas produções. É tudo muito diferente ( enquadramentos, luz, fotografia, atuações, roteiro, técnica, direção...)  e ganhou prêmios nos diversos festivais que participou. A história é ótima. Caso queira assistir, vá sem preconceitos.

Assistimos a tudo isso, em quatro salas, com um som de altíssima qualidade, em 580 lugares dos quais, se pode escolher o lugar para sentar.
Não à toa, foi eleito durante 5 vezes consecutivas o melhor cinema por sua programação variada e independente.
Eles contam ainda com um Cartão Fidelidade, onde a cada dez ingressos comprados, se ganha um, além de receber novidades toda semana, com programações e eventos.
Ah, e para a galera cinéfila e da comunicação: são oferecidos cursos de cinema e roteiro ( são pagos, claro. Depois, confiram lá no site.)

Apesar de ter uma gastronomia toda requintada e com uma vista que dá para a Paulista, ali não vende pipoca.
MEU DEUS, COMO É QUE PODE UM CINEMA NÃO VENDER PIPOCA? Quando eu soube, não acreditei. Fiquei estarrecida. Sinceramente, eu não vou ao cinema para comer creme-bruleé ou tomar vinho. Eu vou para comer pipoca, Coca Cola e M&MS.
Tem um pipoqueiro do lado de fora, mas e no dia em que ele não tiver. Como faz? Fico sem?

Possui uma pequena livraria, a Blooks que eu já falei por aqui. Ela é pequena e apertada, mas os livros, CDS e DVDS são para os amantes da sétima arte.
Quem é leitor antigo do blog, sabe que eu não me dou muito bem em lugares apertados, então eu prefiro a Blooks do Shopping Frei Caneca que é a mesmíssima coisa e bem maior, com puffs.

Ali, também tem espaço para grandes eventos corporativos e lançamentos de filmes. Vai que um dia, você resolve ir e encontra atores conhecidos, não só nacionais como internacionais também?

O público que frequenta ali são pessoas bem mais velhas e de um nível mais abastado. Pelo que eu estava vendo, eu e o andarilho éramos as pessoas mais novas e olha que já passamos dos 30 faz um tempo. Mas, acredito que esse cinema não seja para uma galera mais alternativa. É mais para aquele idoso rico que sai com os amigos contando o que fez no iate dele no final de semana.

O cinema é legal, mas o Marabá ainda é o meu preferido. Não tem como não ser. Marabá é xodó, é vida, é lindo, aconchegante, vintage...

Endereço: Avenida Paulista, 900 - Metrô Trianon/Masp
Telefone: 11 3287 3529
Site: http://www.reservacultural.com.br/
Possui estacionamento
Horário de Funcionamento: Segundas-Feiras às Sextas-Feiras: 10h00 às 22h00 // Sábados: 10h00 às 00h00 // Domingos: 10h00 às 22h00.

Então é isso, andarilhos. Quem curte algo fora do circuito hollywoodiano e curte algo mais cult, essa é a pegada. Eu gosto de assistir um bom filme e fazia tempo que eu estava afim de conhecer o Reserva. Conheci, mas o Marabá e o Itaú Augusta continuam sendo minha paixão.
O bom é que depois você pode caminhar pela Avenida Paulista.
Ahhhh, Avenida Paulista. Você é tudo de bom.

Beijos cinéfilos e já chame aquele seu crush para ir ao cinema com você. Até quinta!