quinta-feira, 5 de setembro de 2019

#260 ESPECIAL - 352 ANOS DA PENHA: CENTRO CULTURAL DA PENHA + ESPETÁCULO: "CARNE DE MULHER" - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Se preparando para o final de semana?


Chegou Setembro e vocês bem sabem que esse mês, é exclusivamente dedicado à Penha, meu bairro do coração e que moro nele desde que nasci.

Já contei a história dela e o quanto ela foi importante para o nascimento de São Paulo e arredores. Sim, é um dos bairros mais históricos de nossa cidade e que vale muito a pena conhecer.

Desde 2017, faço essa homenagem e já juntei 15 lugares mais do que incríveis para se fazer na Penha. Até o final dessa série, serão 23!!! E ainda tem mais. Podem ter certeza.

Então, partiu para mais um ano e desvendar esse bairro que já pertenceu a Guarulhos e que já foi hospedagem de Dom Pedro antes de dar o grito da Independência.


Vamos assistir o monólogo "CARNE DE MULHER" no CENTRO CULTURAL DA PENHA?

Em um país que mais mata transexuais no mundo e atualmente é o 5o do mundo em feminicídio, falar sobre a mulher é algo extremamente necessário.

Ser feminista é algo muito além para se dizer que é. É necessário embasamento e estudo. Assim como existe muito homem machista, existe mulher femista e é preciso tomar cuidado.
É um assunto delicado e que deve ser tratado com muito carinho.

E é sobre isso que essa peça fala. Com direção de Georgette Fadell e uma atuação brilhantíssima da atriz Paula Cohen, a história trata de como esse sistema patriarcal desde que o mundo é mundo, é cruel, desumano e que é tão enraizado em nossa cultura, que muita vezes, não percebemos.
Paula Cohen se agarra a isso com tanta força que arrepia.

Aliás, foi essa mesma Paula, ainda estudante de teatro, há 20 anos atrás, conheceu o texto de Dario Fo e Franca Romme que levava o nome de "Monólogo da Puta no Manicômio" e que se apropriou do texto para rebatizar com o nome atual.

Sim, a atriz dá vida à uma prostituta, que presa em um hospital psiquiátrico conversa com a psicóloga do manicômio. Ali, despeja toda as suas frustrações e relembra todos os abusos sofridos com seu corpo. Da iniciação sexual forçada ainda na infância ( com 12 anos), namoros de juventude, amores perdidos e que não puderam ser vividos e a vida triste e pesada desse mundo.

Paula Cohen é uma gigante. Ela não atua. Ela se transporta e a dor da personagem, na verdade, também é nossa. É dela. É sua. É minha.
Estamos todas no mesmo barco.
O cenário é bem simples e na real, acho que não precisaria de mais nada.

Só a peça por si só é um soco no estômago de qualquer pessoa machista, homofóbica, misógina ou conservadora. Aliás, esses tipos de pessoas não passarão.
E entendam que isso é muito mais que um ato político.

Essa é uma peça muito mais do que necessária nos dias atuais e mulheres, levem seus maridos e companheiros. É importante.
Esse recado precisa ser tatuado nesse comportamento tão mesquinho que a sociedade ainda faz questão de ter.

Paula, você me deixou em estado letárgico.


Acho que deu para perceber que eu amei a peça e temas assim precisam ser debatidos, ser colocados à prova e finalmente, serem levados em conta.

Endereço: Largo do Rosário, 20 - Penha
Telefone: 11 22950401
Horários da Peça: Sábados: 07.09: às 20h00 - 08.09: às 19h00 // Dia 10, 11, 17.09 e 19.09: às 15h00
Horários do Centro Cultural: Terças-Feiras aos Domingos: Das 10h00 às 22h00 // Segundas-Feiras: FECHADO
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
Instagram: @ccdapenha

Ficamos por aqui, andarilhos. Esse foi o primeiro post do aniversário da Penha com um tema tão atual e forte. Forte porque todo mundo precisa entender todas nós somos MULHERÕES DA P****!


Beijos femininos e até sábado.



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