O post de hoje é um pouquinho diferente. Vamos sair um pouquinho de São Paulo e aterrissar no calor, no paraíso, da brisa no rosto e da sensação de liberdade.
Como é meu primeiro post falando de um lugar que é fora de São Paulo, alguma coisas vão ficar esquecidas, como nomes de restaurantes, por exemplo. Ao longo do texto, tentarei recordar, mas me perdoem.
5 DIAS EM PORTO DE GALINHAS:
Porto de Galinhas é uma praia localizada no município de Ipojuca em Pernambuco. É uma região formada por praia belíssimas, mangues, areias brancas, coqueirais, piscinas naturais e um mar limpíssimo. Apenas lotado de algas chatas.
Foi eleita pela revista Viagem&Turismo como a melhor praia do Brasil, por dez vezes consecutivas. Não para menos, a praia está longe de ser lotada. Se lembram que eu odeio muvuca? As praias do Nordeste são perfeitas por causa disso ( sossego e tranquilidade ).
Curiosidade bem chata: Antigamente, se chamava Porto Rico, devido a quantidade de pau brasil que existia. Mas no auge da escravidão do Brasil e a quantidade de estrangeiros por aqui, fizeram com que os navios atracassem com diversos escravos negros escondidos debaixo de engradados de galinhas d'angola. A chegada dessa mão de obra se popularizou com a frase "tem galinha nova no porto". Disseram tanto que o cidade acabou mudando de nome e é chamada como conhecemos hoje. Só a partir de 1990 que a cidade começou a investir pesado no turismo.
DIA 01.
Nosso voo foi praticamente de madrugada. Chegamos bem cedo. Essa é a minha segunda vez em Porto de Galinhas. Apesar de eu gostar de praia, ficar sentada tomando sol e sem fazer nada, acaba me entediando. Então, procuro fazer outras coisas.
Nossa pousada ( que é bem simples ), a POUSADA VIVENDA DOS CORAIS, é uma gracinha e super aconchegante. Há uma piscina com uma espécie de cachoeira e uma restaurante cujo almoço é uma delícia.
O prato custa em média R$35,00 / R$40,00, além da bebida. Não é barato, mas também não é caro. Para um lugar conhecido, acho que essa pousada faz jus ao valor.
Os recepcionistas, gerentes, camareiras, atendentes são todos uma simpatia. Ouvir o sotaque deles é uma delícia.
Então, como demoramos para fazer o check-in, devido a problemas internos, não deu para ir a praia. Estávamos cansadas demais, dormimos durante a tarde, para a noite, fazermos compras na Villa de Porto de Galinhas.
VILA DE PORTO DE GALINHAS
A Villa é uma calçadão gigantesco. Parece uma 25 de março, mais organizada. Também não tem muita gente. Talvez, por não ser altíssima temporada na época em que eu fui. Prefira ir no começo de Dezembro. É bem melhor.
Por incrível que pareça, a trilha sonora das lojas está bem longe de ser forró. A primeira vez que eu fui, em 2015, tocava de Black Sabbath a Iron Maiden. Achei inusitado.
São muitas, mas muitas lojas de presentes.
As roupas são uma graça e depende muito do público que a loja quer alcançar. Já paguei por um vestido em uma loja por R$70. O simples ato de andar um pouquinho mais adiante, você pode encontrar o mesmíssimo vestido por R$25,00 o que faz você querer morder a sua própria jugular.
O que não falta são opções de comer: pizzarias, restaurantes, self-services, churrascarias, comidas mexicanas, bares e choperias, lanches, hot dogs e etc. São tantas opções que você fica até meio perdido com o que escolher.
Acabamos indo de Subway mesmo. Mas não por ser mais prático, mas por causa do brisa do mar. Esse Subway fica um pouquinho mais perto da praia e da vista dele, conseguimos ver o "estacionamento" de jangadas e sentir aquele ventinho na cara é uma delícia.
Depois fomos tomar sorvete. Da primeira vez, não tinha visto essa sorveteria, a Frisabor. Pelo que eu entendi, eles distribuem para lojas de Recife e arredores. São bem importantes.
São mais ou menos 16 sabores, se eu não me engano e tem a opções de escolher entre casquinhas e copinhos por R$9,00. Escolhi o de cajá, para experimentar. Achei que tinha gosto de manga, então achei bem gostoso e pedi o de flocos ( meu sorvete favorito ) também.
Andamos por 2 horas e fomos embora para a pousada. Atente-se ao relógio. As lojas na Villa começam a fechar por volta das 22h40. Às 23h00 você já não consegue ver mais absolutamente nada.
Ah, e fiquem tranquilos. Há caixas eletrônicos 24 horas caso precise sacar dinheiro. ( Bradesco, Itaú, Caixa, etc...).
Dia 02.
Dia de praia. Eu amo as praias do Nordeste por que não tem abelhas. Então, para mim é o céu. Dá para tomar meus sorvetes à vontade.
Da primeira vez, ficamos na Barraca do Baobá. O atendimento é incrível. Como eu amo conversar com quem nos atende, tudo fica simplesmente especial.
Os preços são um pouquinho salgados, mas como estamos falando de praia, acredito que seja padrão. Uma porção de camarão não sai por menos de R$90,00.Como faz muito tempo que eu não vou para o litoral de São Paulo, então não tenho ideia dos valores cobrados para fazer a comparação. E o camarão deles é uma delícia. Eu prefiro empanado. Eu tenho preguiça de camarão frito. Dá muito trabalho tirar a casquinha.
O mar é uma delícia. Bem limpo; de ver peixes e o seu pé debaixo d'água. A única coisa chata são aquelas plantas que enroscam no seu pé. Acho que é uma das coisas que mais odeio na vida; essas algas se encostando em você.
O clima, por incrível que pareça, é algo suportável. Não passa dos 27 graus. É calor, mas aquele calor bom.
Então, a água é bem quentinha. Durante 4 vezes ao dia, a maré sobe. É incrível como eles sabem a hora que vai subir e vai descer.
Como lá, não tem horário de verão, anoitece mais rápido. Às 16h00, o sol já começa a baixar e ficar exposto a ele fica sem sentido. Caso você esteja hospedado na Pousada dos Corais como eu estava, eles tem um portão na parte de trás que dá para essa praia direto. Com 10 passos, você já vê o mar. Esse portão é fechado às 17h00. Então, atente-se ao horário. Se estiver num quiosque longe, a caminhada até a pousada é longuinha.
DIA 03.
Dia de conhecimento e história. Para desespero da minha mãe que odeia história e ama ouvir o barulho do mar, sem entrar um minuto sequer na água, foi dia de visita guiada para Recife Antiga e Olinda.
Como eu amo uma visita guiada, fomos com a Luck Receptivo. O dia seria diferente. Fomos em um grupo de 50 pessoas ( todas incríveis ) e o guia era fantástico.
Primeira parada foi uma cachaçaria antiga. Aprendemos a fazer caipirinha e durante meia hora, pudemos tirar fotos e fazer compras na bombonierie. Bombons, chocolates e sorvetes feitos com álcool são um bom presente para quem curte um docinho alcóolico.
Na segunda parada, fomos para o Shopping Recife. Obviamente, não entramos. Mas, do lado de fora, há um jardim com esculturas de artistas do Brasil e do mundo. As esculturas são lindíssimas e dá para tirar ótimas fotos. São diversos estilos e há obras bem antigas e mais atuais também. Ficamos uma 40 minutos tirando fotos e assim, seguirmos viagem.
O que fazer em Olinda:
- EMBAIXADA DE PERNAMBUCO - BONECOS GIGANTES DE OLINDA
A tradição dos bonecos gigantes começou na Europa da Idade Média através de rituais pagãos. Chegou por aqui por na cidade de Pernambuco, na cidade de Belém de São Francisco. A vontade de fazer os bonecos gigantes por aqui, veio de um jovem sonhador através das histórias de um padre belga. O primeiro boneco a ganhar as ruas foi Zé Pereira no Carnaval de 1919. Dez anos depois, ele ganhou uma "namorada", a Vitalina. Mas, a tradição de desfile dos bonecos começou mesmo em 1932 com a criação do boneco "O homem da meia-noite" até chegar no que conhecemos hoje, Toda terça de Carnaval, o desfile acontece. Atualmente, os bonecos, que são realistas, estão em exposição e dá para ver figuras de artistas e personalidades como: David Bowie, Michael Jackson, Lula, Sérgio Moro, David Bowie, entre outros.
A entrada é R$15,00.
- PAÇO DO FREVO
Sempre achei frevo uma graça. E ver ao vivo e a cores é algo emocionante. Arrepia de verdade. Imagino o quanto não é difícil treinar e ficar perfeito.
O Paço é tombado pelo Patrimônio Histórico e tem o apoio do Ministério da Cultura, BNDES e a Fundação Roberto Marinho.
O Paço, além de turístico, tem como obrigação, guardar, transmitir, gravar e valorizar a tradição de uma das principais culturas brasileiras.
A entrada é R$8,00.
- CENTRO HISTÓRICO DE OLINDA
Foi construída através de taipa de pilão em 1534, umas das igrejas mais antigas do Brasil, em homenagem a Jesus Cristo. Com o tempo, o material que era muito fraco, foi se deteriorando, até passar pela primeira reforma e reforçar com alvenaria. Durante a invasão holandesa, ela foi incendiada e por fim, restaurada novamente. Há muito ainda da construção original. O que importa mesmo é entrar na igreja e do pátio ver a cidade do alto. Não tenho palavras para descrever o velho e o novo, o antigo e o moderno, o clássico e o contemporâneo juntos. Não tem explicação. Só estando lá para saber.
A visitação é feita todos os dias, das 9h00 às 17h00.
Há também a feirinha de artesanatos e quinquilharias. Tem absolutamente de tudo. Dá para passar algumas horas decidindo o que comprar. Acabei comprando pedras para um amigo meu.
Reparem nos conventos, que são fechados e nas casinhas coloridas. Tirem muitas fotos. Muitas mesmo.
- CASA DE CULTURA DOS POVOS
Essa foi a última parada. É difícil resumir um passeio de 10 horas (!!!). Essa é incrível. A casa de cultura é um antigo presídio que virou um centro de vendas, cursos e afins. Todas as lojas ficam o que antes eram as celas dos presos.
Tem vários andares e um baobá gigantesco do lado de fora. São 130 lojas oferecendo o melhor do artesanato. Os vendedores são bem propensos a negociar. Fique esperto caso ache que os valores não são acessíveis.
Volta e meia, há mostra de danças e peças por ali.
Todos esse passeio foi proporcionado pela Luck Receptivo e cada ponto teve um tempo certo para visitação. Acredito que ao ir sozinho terá um outro tipo de experiência. Talvez, mais tempo, para ver tudo.
Mas, para mim, foi ótimo.
E foi isso. Conhecer Olinda, antes de viajar, não estava nos meus planos. Mas, como eu sempre digo, tudo o que não é planejado é bem melhor. Tudo isso é Patrimônio da Humanidade e é nosso por direito. Vamos conhecer melhor o Brasil primeiro. Só assim, seremos mais humanos. Conhecer nossa história, deveria ser obrigação.
DIA 04.
Para a alegria da minha mãe, ficamos na mesma praia. Gosto de lá por causa da quantidade de pessoas diferentes que aparece o tempo todo e vem conversar como se fossem conhecidas há anos. São inúmeros vendedores das coisas mais comuns às mais bizarras: caranguejos vivos, tatuagens, redes, perfumes, panelas e até videogames. Daria para escrever um livro.
Minha irmã resolveu fazer mergulho. Eu não curto muito essas coisas, prefiro ficar em terra firme mesmo. O mergulho foi feito pela Ocean Dive, custa R$50 reais e dura 1 hora.
DIA 05.
Último dia. Passeio de buggy. Foi a primeira vez que andei em um. Um passeio de uma hora e meia do qual pude sentir o vento na cara e andar de jangada para ver cavalos marinhos e caranguejos gigantes. Não achei graça nenhuma nos cavalos marinhos, apesar de serem bem bonitinhos.
Passamos por cajueiros e na praia de Maracaípe, lindíssima, mas imprópria para banhistas, devidos a ondas grandes e fortes. É ideal para surfistas.
Por último, fomos ao Pontal do Cupe, onde tem piscina naturais e podemos ficar tranquilamente, sem precisar ficar se preocupando com ondas. Até dar comida para peixinhos é possível.
É só jogar na água e esperar vê-los abocanhando.
Uma pena. O passeio poderia ter sido mais tempo, mas logo a agencia iria nos buscar no hotel e irmos para o aeroporto.
É isso, andarilhos! Espero que vocês tenham gostado. É meu primeiro post falando de lugares diferentes de São Paulo. Se eu pudesse, viajaria mais e espero que um dia eu possa conseguir ser nômade digital. Alguém aí gostaria de investir no blog?
E aí? Faltou algum lugar legal? Deixei de fazer alguma coisa bacana? Me contem: o que vocês mais gostaram de fazer?
Beijos e feliz 2018!
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