sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

#186 PARQUE DA ACLIMAÇÃO

Hello, andarilhos. Tudo bem? Um ótimo final de semana para vocês! Chegamos ao penúltimo post desse ano.

São Paulo conta com mais de 100 parques no Estado inteiro, além de 94 praças cadastradas. Aqui pode ser muito bucólico sim. Mais do que isso, seria uma cidade do interior e não teria sentido ser uma cidade grande.
Por ser a 4a maior cidade do mundo, tem muito verde sim, acho que as pessoas reclamam demais e em vez se sair procurando, lamenta que aqui não se tem nada. É mais fácil supor as coisas debaixo da coberta ou vendo o mundo através do sofá, não é verdade?

E como vocês bem sabem, minha busca por parques está cada vez maior. Acho que precisamos encontrar essa natureza que muitos dizem que São Paulo não tem. Ibirapuera, apesar de ser um dos parques mais bem frequentados daqui, acho que existem muitos outros tão incríveis quanto. Aliás, vocês já repararam que eu ainda não falei dele por aqui? Talvez seja de propósito.
O lugar de hoje é um tanto quanto bucólico e um reduto de paz e tranquilidade.

Vamos caminhar pelo PARQUE DA ACLIMAÇÃO?

Tudo começou com esse senhor: Carlos Botelho. Um caricaturista, pintor e ilustrador português e que frequentou importantíssimas escolas de arte na Europa. Morou aqui e foi estudar fora.
E estudando em Paris, frequentava o "Jardin d'Acclimation", um lugar bem bonito por lá e voltou para o Brasil com a ideia de construir algo parecido por aqui.
Claro que a ideia foi colocada em prática e vendo um lugar enorme pelo o que pretendia fazer, comprou um sítio com um nome engraçadíssimo, Sítio do Tapanhoin. E, negociação para lá e negociação para cá, conseguiu comprar o sítio por um preço baixíssimo e em 1892 construiu uma granja leiteira, um zoológico ( aliás, o primeiro zoológico da cidade), um bosque e um parquinho de diversões. Isso mesmo; tudo junto e misturado.
Não demorou muito para que se tornasse um ponto turístico na época.

A inauguração aconteceu em 1939. Para vocês sentirem a vibe da época e como o Carlinhos era importante: a Antártica cerveja patrocinou o zoo que tinha tudo o que mais de diferente podia ser visto até então: camelos onde as pessoas poderiam andar, peixe-elétrico da Amazônia, hienas e até urso polar com um ambiente climatizado.

E como tudo que é bom, dura pouco, esse empreendimento acabou logo. Já em declínio, o zoológico foi desabilitado e transferido para onde é hoje, o parque de diversões começou a ser depredado, ladroes e usuários de drogas começaram a invadir, resíduos, lixos e finalmente, o parque foi abandonado.
Até que em 1972, o parque foi totalmente reformado com grades, arquibancada e um novo parque de diversões foi feito.

São 118 mil metros quadrados de puro verde. Foi a primeira vez que eu fui na vida e certamente, está na minha lista de parques preferidos. Já está no meu top 10.
É maravilhoso descansar ali e ouvir a voz do silêncio. Sempre curti o silêncio. Ele nos ensina tantas coisas.

Foi realmente uma surpresa mais do que especial. Ainda estou traumatizada com o Parque Villa Lobos e ele, por enquanto, até eu voltar lá um dia desses, quando ser vontade, será referência de lugares ruins.
Ele é basicamente completo: possui bicicletário com 15 vagas, área de descanso, 49 bancos para admirar o lago lindo, 3 quiosques, 3 sanitários que funcionam e são limpos regularmente, uma pista de cooper de 1500 metros, um jardim japonês que não consegui encontrar, um viveiro de animais, um viveiro de plantas, o estádio de futebol Jack Marin que foi inaugurado na década de 1940 e uma biblioteca com mais de 5000 livros com a temática sobre meio-ambiente.

Sobre os animaizinhos do parque: Muitos dizem que é sorte avistar o gambá de orelha preta. Não vi e diversos sites dizem ser o único mamífero do parque. Mas, o único mamífero que vi, foram gatos. Inúmeros gatos, das mais variadas cores. Lindíssimos. Eu amo gatos.
Além de garças, urubus, periquitos verdes, sabiás, entre outros.
O bosque é cercado de eucaliptos, mas tem jequitibás, figueiras, chorão, falsas seringueiras e outras muitas espécies de árvores. Incusive pau-brasil que é muito raro de se encontrar e fico super feliz quando eu vejo uma plantada.

Então, por sua história, o Parque foi tombado em 1992, além de ter sido benéfico para a melhoria do clima da região e trouxe conforto ambiental.
Andarilhos, esse parque é show de bola. Não tenho como descrever a sensação de sentir o ventinho na cara, sentar no banco e ficar olhando para aquele lago maravilhoso.
E em 2007, foi tombado novamente pelo Conpresp para proteger a mata que está em torno, a região do qual o parque se encontra, já que é uma região com pouco verde ( bem, o Centro não tem muito e precisa urgente), importância histórica e urbanística de lá, além da fauna e flora.
Ou seja, é protegido e foi vacinado duas vezes. Então, cuide. É nosso!

Além de tudo isso, dá para fazer piqueniques, tem aparelhos de ginásticas para idosos, aulas de futebol, além de ginástica dançante, Ratha Yoga, entre outras atividades.
Acho que um lugar como esse que recebe entre 5000 a 7000 visitantes por final de semana, é muito mais do que especial. É um presente.
E sim, esteja preparado para andar bastante. Leve squeeze com água e se não fizer o piquenique, vá almoçado. Não tem lanchonetes ali dentro.
Curta o lugar e aconselho a ficar de 1h30 a 2h00 lá dentro. Eu fiquei quase 3 horas. Sim, sou dessas.
Confesso que dei uma olhada nos comentários antes de ir para lá e pelo que eu li, fiquei muito apreensiva. Falaram de perigo, abandono e pouca gente.
Eu vi tudo, menos um parque abandonado, seguranças andando por todo o lado e um movimento que não me incomodou nem um pouco. Nem muita gente, nem pouca gente. Absolutamente normal. Acho que foi isso talvez, que me fez gostar tanto de lá. Vá sem medo!


Endereço: Rua Muniz de Souza, 1119 - Aclimação
Telefone: 11 3208 40 42 ( Ligue para saber os horários das atividades)
Horário de Funcionamento: Diariamente: Das 6h00 às 20h00
SEM SITE
Possui WI-FI
Não há estacionamento
ENTRADA GRATUITA

That's All, andarilhos. Pegue o seu amor e contemple uma paisagem fantástica, num clima totalmente bucólico e apaixonante. Eu não gosto de falar que nem parece que estamos em São Paulo. Estamos. Sampa oferece lugares assim. Ela se tornou caótica porque precisa ser caótica. Mas, ela também precisa de paz. Dois lados, dois extremos, duas escolhas. Quase uma geminiana.
Eu escolho os dois lados de São Paulo. Mas, que ela oferece calma e tranquilidade, podem ter certeza. Basta procurar e se jogar.

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Divulgue!

Beijos verdejantes e até quinta!










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