quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

#207 ESPECIAL SÃO ROQUE: HISTÓRIA

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? E finalmente, começou o Carnaval, né?

Para quem quer fugir dele, confira o post dos "10 lugares em São Paulo para fugir completamente do Carnaval". Eu também vou fugir.

Eu amo viajar. Conhecer lugares novos é uma dádiva. Acho que não há presente maior. Eu sempre digo que temos que conhecer nosso quintal primeiro, para depois ver se a grama do vizinho é mais verde ou não.
Bom, o Carnaval está beijando nosso pescoço e como já dei dicas de como fugir e não darei dicas de bloquinhos, por causa de que não irei a nenhum, não ficarei na Unidos do Netflix, bora ir para um lugar que é muito conhecido pela Rota do Vinho.

Apenas lembrando que esse lugar terá uma parte II e que os lugares que serão colocados aqui, é um pouco diferente de vinícolas e que o motivo de termos ido para lá, é que o Andarilho participou de um campeonato de taekwondo. Como foi o dia inteiro, não deu para fazer muita coisa não.
Então, será uma série de 4 posts que eu considero apenas como uma introduçãozinha básica. Ele precisa ser explorado de um jeito melhor.

Vamos baixar lá em SÃO ROQUE?


Tudo começou lá em agosto de 1657, quando o bandeirante e capitão paulista, Pedro Vaz de Barros, mais conhecido como Vaz Guaçu, O Grande, encantado pela região e devoto do santo São Roque, trouxe a sua família para estabelecer-se ali.

QUEM FOI SÃO ROQUE?

São Roque nasceu na França em 1295, através de um milagre recebido por sua mãe, que já tinha a idade bem avançada, mas desejava ter filhos.
Era rico, mas fez um voto de pobreza, pois queria viver como Jesus e repartiu seus bens para os pobres, que foram confiados ao seu tio. Sua pouca idade não permitia que fizesse isso e então, partiu para Roma, mendigando enquanto andava.
Voltou para a sua terra natal e claro, não o reconheceram. Prenderam o pobre coitado que ficou 5 anos na cadeia e em agosto de 1327, aos 32 anos, foi encontrado morto em sua cela. O carcereiro, que era manco desde nascença, tocou nele para ver se estava tudo bem e milagrosamente, foi curado.
É uma história bem bonita. Tem que ser muito desapegado de tudo para fazer isso.
Protetor das doenças e pragas e padroeiro dos inválidos, dos cirurgiões e do gado.
Viveu pouco, mas viveu bonito.


Continuando...

Vamos continuar falando do Pedrinho, fundador da cidade, que utilizou mão de obra indígena, no cultivo de trigo e vinhedos, em dois ribeirões muito importantes.
O local crescia e com isso, as capelas pequenas, feitas à taipa de pilão, foram as paradas dos bandeirantes, que vinham em busca de ouro e esmeraldas.
O transporte era feito através de roda de muares, provando que o desenvolvimento estava batendo na porta. O comércio e a lavoura cresciam e índios não eram mais o suficientes para fazer aquilo crescer.
Fico imaginando esse Pedro dando chicotadas nos índios. Que absurdo.

Como os índios já não funcionavam tanto, eu dou um doce para vocês, se adivinharem o que aconteceu logo em seguida.
Acertou quem falou que recorreram a importação de escravos africanos que fizeram com que a lavoura crescesse, com novos grãos sendo plantados: como milho, cana-de açúcar, café, entre outros.

São Paulo, logo em seu começo, não tinha bairros. Esse bairros tinham donos e eram loteamentos, chácaras ou sítios. O mesmo acontecia com o interior da cidade.
Após tanta mão de obra e venda daqui, ali e acolá, São Roque foi promovida a cidade em 22 de Abril de 1864. E tudo melhora, quando a Estrada de Ferro Sorocabana chega por aqui. A partir disso, as coisas aconteceriam mais rápido.
Após a Proclamação da República, chega a mão de obra italiana para reforçar mais a riqueza e o desenvolvimento da cidade.

E sim, foi por causa dos italianos, esse povo tutto buona gente, São Roque começava a ficar conhecida como a Terra do Vinho. A vitinivicultura ( atividade e desenvolvimento do processo de cultivar vinhos ) começa a tomar importância. Nas décadas seguintes, eles resolveram se instalar em encostas de morros, para formarem vinhedos e depois, fazerem suas adegas.
E foi a partir daí, que São Roque se tornou conhecida como a Terra do Vinho, pois italiano que é italiano não vive sem uma boa massa e um bom vinho. Saúde para todos eles.

São 361 anos de uma história riquíssima e com um legado de impacto cultural e turístico muito importante. Não à toa, São Roque foi promovida à Estância Turística em 1990, por cumprir requisitos definidos por Lei Estadual. Uma cidade que promove a sua história e sua cultura tem todo o meu respeito.
Por ser uma cidade bem pertinho da Capital, um bate e volta é perfeito para se fazer bastante coisa: Museus, adegas, vinícolas, restaurantes, bares e praças, além de ter uma paisagem completamente encantadora. Contemple a natureza.  Cerca de 40% do seu território é composto por Mata Atlântica. Você irá perceber o quanto o verde é intenso.

Então é isso, andarilhos lindos. Quem imaginou que os italianinhos que começaram a fazer vinhos para consumo próprio, faria São Roque se tornar conhecida por essa atividade tão lucrativa?
São 60 quilômetros da Capital. Pertinho, pertinho. Aproveita que é Carnaval e pegue o seu amor e curta essa cidade tão incrível.

E se for passar os 4 dias por lá: reserve seu hotel através do Booking: https://www.booking.com
Tudo você encontra na parte direita do blog, certo?

Aproveite o seu Carnaval com consciência, use camisinha e seja feliz. Não dá para vacilar, não é mesmo. Um pacote de fralda está R$80,00. Seja inteligente.

Beijos sabor vinho tinto e até sábado.

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