quinta-feira, 27 de junho de 2019

#240 CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL + EXPOSIÇÃO: VAIVÉM - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Já estão se preparando para as férias?


Vocês bem sabem que eu amo exposições. Sim, sempre gostei e esqueço da vida e do tempo quando eu vou em uma.
Sempre achei um rolê divertidíssimo. Mesmo quando eu era mais nova.
O lugar de hoje já apareceu por aqui e o considero um dos mais bonitos que São Paulo tem. E também um dos mais icônicos.


E hoje eu quero te convidar para ir nessa mostra com um assunto bem diferentão. Vamos conhecer o CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL e ver a EXPOSIÇÃO: VAIVÉM?

Qualquer coisa pode render assunto. Mesmo. Mas, esse tema é muito mais cultural do que se parece.

Sabe aquela rede de balançar? Aquela mesmo de ficar à toa? Então, é isso que essa exposição nos conta. 
Que o uso dessa rede sempre foi e sempre será a nossa identidade e busca explorar essa relação entre a rede e ser humano.

Com curadoria do Rafael Duarte, crítico de arte e historiador, reúne mais de 300 obras lindíssimas distribuídas nos 4 andares do CCBB, além do subsolo com aquele cofre ( que eu morro de medo).

Muito associada à preguiça, malandragem e vadiagem, a rede já era usada pelos indígenas, bem antes dos portugueses chegarem aqui e fazerem a festa do caqui.
Inclusive na carta do Pero Vaz de Caminha enviada ao Rei de Portugal, ele cita a rede no texto.

Então, não existe nada mais brasileiro do que ficar se balançando. Do que dormir na rede, do que trabalhar na rede Sim, gente, trabalhar. Qual é o problema de se trabalhar deitado? Precisamos aprender muito com os índios.

As obras passeiam entre quadros, gravuras, pinturas, esculturas, selos, HQs do Zé Carioca mostrando o malandragem brasileira ( Só para constar, o Zé Carioca é um personagem brasileiro quando a Disney resolveu nos homenagear. É assim que somos vistos por lá. Só para lembrar.), entre outros.

É incrível como uma simples rede pode ter tanta história para contar. E para você ver como a desigualdade sempre existiu, até quando a pessoa morria, o jeito de se carregar uma rede e o tecido eram diferentes.
Pois bem, as fotos estão lindíssimas e são muito impactantes.

Além disso, a mostra traz redes tecidas por artesãs de diversas partes desse nosso Brasilzão, com diferentes técnicas utilizadas, entre elas uma artesã indígena de uma das tribos do Amazonas que apenas ela sabe como fazer, pois nenhuma das meninas se interessou em aprender. Então, quando ela se for, a técnica morre com ela. É uma pena!

Sim, rede é um ato político e de identidade. A rede é nossa. Ninguém na Europa sabia o que era isso, até os índios serem levados para lá, pelos portugueses e serem tratados como seres de outro mundo.
Sabe-se lá Deus, o que eles passaram naquela época. Tenho medo de pensar.

A exposição é tão legal que também é interativa. Dá para deitar nas redes, tirar muitas fotos legais e deixar seu Instagram mais colorido.
Mas, não seja folgado. Há redes por todas as partes. Dá para deitar? Sim! Mas, pelo amor de Jeová, não seja como essas pessoas folgadas que pegam a rede para si e fica por lá como se não houvesse mais ninguém no mundo. Ok?



Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro ( Metrô São Bento, Sé, República - tanto faz)
Telefone: 11 3113 3651
Horários: Quartas-Feiras às Segundas-Feiras: 09h00 às 21h00 //  Terças Feiras: FECHADO
Possui WIFI
GRATUITO
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
ATÉ 29 DE JULHO

É isso, então, andarilhos. Acho que consegui reunir todas as minhas impressões e ir para o Centro Cultural Banco do Brasil já é um ótimo motivo para sair de casa.
Ver exposições é uma delícia. Abra a mente.

Beijos balançantes e até sábado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário