quarta-feira, 21 de junho de 2017

#40 MUSEU DA CASA BRASILEIRA

Salve, salve, andarilhos! Como vocês estão? E informo que a partir de agora, as postagens terão dias fixos: A partir da semana que vem será toda quinta-feira e aos sábados, ok? É só esperar que as postagens chegarão nos dias certos. Ainda não defini os horários.

Bom, eu já disse por aqui que eu sou alucinada por museus. Eu gosto mesmo, me divirto e passo horas dentro de um. Um pena quem diz que é coisa de velho e quem não consegue achar graça. Liberte a mente, ok? Conhecimento é tudo e é a única coisa que pode te levar a lugares incríveis e a fazer fazer coisas sensacionais. Inclusive a não fazer nenhum tipo de bobagem.

O post de hoje é dedicado ao MUSEU DA CASA BRASILEIRA. Ele faz parte da Secretaria da Cultura e antes pertenceu ao ex prefeito de São Paulo, Fabio da Silva Prado. 
É o único museu de São Paulo especialmente dedicado ao design e arquitetura e se tornando uma referência mundial em relação ao tema.
Foi inaugurado em março de 1970, com o objetivo de ser uma instituição voltada à cultura, pesquisa, acervo, restauração, entre outros.
Atualmente, o acervo é formado por mobiliários, objetos de luxo como porcelanas e cristais que remontam ao século 16 e conta com mais de 360 peças de arte européia e brasileira. Tudo isso está instalado no andar de cima do museu. Infelizmente, não deu tempo de conhecer. Fiquei só na parte de baixo.

O museu conta com exposições fixas: a primeira é constituída por móveis e objetos, trazendo o comportamento social do século XVII até os dias de hoje e a Coleção Crespi Prado que aborda a trajetória do uso residencial dos antigos moradores, através de contextos históricos, sociais e culturais da cidade de São Paulo. 
Existe uma livraria com mais de 3.000 títulos abordando somente a arquitetura e o designe abriga a Pró-Livros. É a única livraria do país abrigar esse tipo de assunto.

O museu conta com um jardim simplesmente maravilhoso. São mais 6.000 metros compostos por uma vegetação intensa. As árvores e flores são incríveis, com espécies nativas da Mata Atlântica, além de árvores exóticas trazidas da Ásia, como Japão e Vietnã além de possuir um restaurante enorme especializado em comida brasileira, com vista para esse jardim, respirando o ar puro. Nem parece que estamos em São Paulo.

Apesar de ser um museu bacana e de abordar um assunto que estou conhecendo agora e que nunca pensei na vida que iria gostar ( arquitetura) , não é o meu museu favorito e não está na fila para ser.
Eu disse por aqui nos primeiros posts que nem tudo seriam elogios e que quando visse algo que eu não gostasse, iria dizer sem sombra de dúvidas. 
O museu é bacana? É? Aborda assuntos legais? Aborda. O museu é lindo? Muito. Mas, fica em um lugar com alto poder aquisitivo e é aí que a coisa pega.
Vi algo que me não só me incomodou, como incomodou o meu andarilho também. Quem nos conhece sabe que lutamos por causa mais justas, mais dignas e que não toleramos qualquer tipo de preconceito.
Quando estávamos indo para o jardim, me deparei com uma cena que me incomodou muito e que me causou arrepios. Não gostei do que vi, do que senti e como isso pode ser tratado como algo normal.
Deu para ver a cozinha do restaurante. E vi, os funcionários todos negros lavando a louça e limpando o chão. De repente, me transportei ao século 19 e parecia que estava saindo da casa grande e estava passando pela senzala.
Meu Deus, não sei como explicar isso, mas não gostei de ver essa cena. Não está na hora de colocá-los em posições menos injustas e mais favoráveis? Relatei isso para algumas pessoas e me disseram que eles estavam ali trabalhando e que não havia nada demais nisso. Ok, sei que isso é trabalho honesto e que qualquer trabalho é digno, mas em um mundo que não se assume como racista, isso é algo complicado. Só eles sabem como é conviver com esse tipo de preconceito e que para conseguir algo melhor, sem ser julgado subestimado e sem ser posto à prova, é ter que sobreviver todos os dias. Eu teria que falar anos e anos de História aqui e esse não é o intuito.
Esse assunto é delicado e difícil. Museu, por que não há japoneses na cozinha, por exemplo? Por que não há brancos na cozinha? Por que não há loiros? Por que não há ruivos lavando o chão? Por que não tornar isso mais justo e menos desigual?
Acho que não terei respostas.

Enfim, acho que também não me senti muito à vontade devido a quantidade de pessoas que estavam ali. Eu odeio multidões por que acho que quando tem uma quantidade enorme de gente, você não aproveita muito. A visita é feita com pressa e como eu gosto ver, analisar, sentir, fico irritada se isso não acontece.
Há uma estimativa de 100.000 pessoas por ano. É gente demais. Me assustei com a quantidade. Sério!

Eu poderia ter gostado mais do museu se não fosse isso. Acho que peguei birra. Pois é, birra é a palavra certa. E eu fui preparada para amar, já que até então só tinha visto por foto. Na verdade, não vejo a hora do Museu do Ipiranga reabrir.

Endereço:
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano
Horários de Funcionamento: Terças-feiras a domingos: 10h00 às 18h00
Site do estabelecimento: www.mcb.org.br
Ingressos: R$8,00 // Meia Entrada: R$4,00
Gratuitos aos sábados, domingos e feriados // Maiores de 60 anos e crianças até 10 anos tem entrada gratuita, além de servidores públicos e deficientes físicos.
Bicicletas são bem-vindas. 40 vagas.
Animais não entram, exceto cães-guia. Eles podem.
Estacionamento pago no local. Vai por mim, vá de metrô!

Então é isso, andarilhos. Essa é a dica de hoje. Só lembrando que, esse é o meu olhar, o meu jeito de enxergar o mundo e as coisas. Meu estilo de vida e tudo o que venho estudando não me permite aceitar certos tipos de situações. Cada experiência é única e não quero influenciar ninguém com impressões negativas. É assim o compartilhamento de ideias. Sua experiência deve ser vivida e contada.  Sua opinião deverá ser completamente diferente da minha. Você que é arquiteto ou está estudando para ser um, vale a pena a visita. Você encherá sua bagagem com inúmeras coisas novas. Quero saber o que vocês aprontaram por lá. Só de ficar por alguns momentos naquele jardim espetacular, vale a pena ter nascido para sentir a sensação. Certo?

Andarilhos, sigam a página. E quero saber o que vocês acharam. Comentem, ok?

Beeeijos!



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