quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

#289 COMPLEXO CULTURAL FUNARTE + EXPOSIÇÃO: MUIRAPIRANGA DE ELIZABETH TITTON: COMO NOS DISTANCIAMOS TANTODA NATUREZA?

Hello, andarilhos. Tudo bem? Como estão os preparativos para o final de ano?


Vocês bem sabem que eu amo uma exposição e o lugar de hoje é bem icônico. Nunca tinha ido nele para passear, apenas para resolver algo que foi muito importante da minha vida.
Ele também é o escritório da Biblioteca Nacional -  Escritório de Direitos Autorais aqui em São Paulo. A matriz fica no Rio de Janeiro, para quem não sabe.
Então, meu dois primeiros livros e até esse blog foram registrados aqui.
Ou seja, muito importante.

Então, vamos conhecer a FUNARTE e imergir na exposição MUIRAPIRANGA da artista ELIZABETH TITTON?


Um breve histórico...


Uma das instituições de arte mais importantes do país, a Funarte foi criada em 1975 para promover, divulgar e incentivar a atividade artística brasileira.
Em seu começo, a FUNARTE englobava apenas música ( popular e erudita ) e artes plásticas/visuais. E hoje, engloba vários tipos de arte, além das duas: circo, teatro, dança e a preservação da memória das artes e pesquisa sobre todas essas categorias envolvidas.
É a única instituição com base para tratar desses assuntos de forma única. São mais de 40 anos trabalhando na formação de público, capacitando artistas, técnicos, disponibilizando acervos, apoiando eventos culturais, oferecendo oficinas e mantendo seus espaços culturais na Região Sudeste e Distrito Federal.
Foi presidida por diversos nomes famosos como: Ziraldo, Sérgio Mamberti ( Sim, o Doutor Victor do Castelo Rá-Tim- Bum), Stepan Nercessian, entre outros...

E além de ser um espaço único, gostoso e lindíssimo para conhecer, passar o tempo, tirar fotos e ter um dia cultural simplesmente incrível.

Bora para a exposição?


MUIRAPIRANGA by ELIZABETH TITTON

Como você se relaciona com a natureza? Pois então, desde o dia 5 de Outubro, a Funarte e a artista Elizabeth Titton nos convida a ver a exposição: Muirapiranga.
O nome, baseado em uma árvore amazônica parecida com o pau-brasil e de cor avermelhada, são obras de grande porte, feita em aço oxidado.
Seu trabalho tem muita relação com a natureza e culturas tradicionais indígenas.

A artista paranaense nos dá a oportunidade de nos questionarmos e pensarmos em em como nos distanciamos tanto da natureza.
São esculturas enormes que remetem as formas naturais e que nos aguça todos os sentidos. Peixes, árvores, nuvens, flores são a graça.
Elizabeth juntou a corrosão do aço que dá a ideia de esquecido, degradado e abandonado e transformou em coisas delicadas que aproxima do que é belo, sensível e humano.
Além de tudo, transmite sensação de calor, de fogo, de mutação e de metamorfose.

São obras lindíssimas e que segundo a autora da exposição, muitas vezes, deixamos de perceber aquilo que está a nossa volta.
E é verdade: estamos tão preocupados olhando para dentro de si ou estamos abduzidos pela tela de nosso celular que não percebemos detalhes ou mesmo a natureza ao nosso redor.
Incrível como muitos artistas tem o pensamento igual. Elizabeth, em seu discurso, fala que a arte é para absolutamente todos, onde podem olhar, tocar, imaginar e refletir.

Semana passada, falei do Alphonse Mucha, um tcheco, que também compartilha com o mesmo pensamento dela. Clique aqui: ALPHONSE MUCHA.

E, por falar em dificuldade de ver, aqueles cegos de ocasião que só vê o que realmente importa, totalmente alheio ao seu redor, Elizabeth é inclusiva.
Então, pensando nisso, nos deficientes visuais; 7 obras foram impressas em tamanho 3D com aproximadamente 40 cm de altura, para que possam tocá-las e senti-las, por meio do tato e ver como foi feito o material.

Da consagração da cultura indígena impregnada em suas obras à condecoração da natureza. Da leveza ao tratar de nosso distanciamento do nosso solo sagrado à homenagem ao nosso universo. Do observar ao caminhar, Elizabeth diz absolutamente tudo o que a nossa alma grita e não percebemos.

Vale a pena, tirar uma tarde e ver a grandiosidade e o talento dessa artista única e ter essa leitura tão poética da natureza.

Endereço: Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos - Galeria Flávio de Carvalho
Telefone: 11 3662 5177
Horários: Terças-Feiras às Sextas-Feiras: Das 10h00 às 18h00 // Sábados e Domingos: Das 14h00 às 21h00
Site: FUNARTE
SEM ESTACIONAMENTO
GRATUITO
ATÉ 19.01.2020

É isso, andarilhos. Amei conhecer esse espaço que eu ainda não conhecia. Tire muitas fotos. Irão ficar lindas!

Beijos culturais e até sábado!



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