quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

#291 CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL + EXPOSIÇÃO: CHIHARU SHIOTA- LINHAS DA VIDA - ENCERRADO

Hello, andarilhos! Tudo bem com vocês? Onde vão passar o Reveillón?


Chegamos a última semana de "Somos Andarilhos" de 2019 e a andarilha aqui precisa descansar. Passear é trabalho e também descanso.

Não vou me alongar muito, mas é certo de uma coisa eu sei. Sim, você precisa visitar a nova exposição do CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL que traz a EXPOSIÇÃO: CHIHARU SHIOTA - LINHAS DA VIDA.

Qual é o sentido da vida? Ela tem algum sentido? Precisa ter?

Pois é basicamente isso, que essa japonesa, Chiharu Shiota, nascida em Osaka no Japão e morando na Alemanha há 13 anos, nos conta.
Com curadoria de Teresa de Arruda, o Centro Cultural Banco do Brasil, em parceria com a JAPAN HOUSE apresenta mais de 70 obras que compõe a mostra retrospectiva "Linhas da Vida" que apresenta o o começo de sua carreira, lá em 1994 até os dias de hoje.

São 4 andares de algo intrínseco, introspectivo e muito pessoal. Ela utiliza de objetos cotidianos como: chaves, papéis, vestuário, cartas, pinturas, entre outros para fazer com que o visitante reflita sobre memória, o propósito ou o que fazemos com a nossa vida.

Um exemplo é a instalação inédita "Dois Barcos, Um Destino" (2019), duas carcaças de barco feitos de ferro e tiras de feltro. São centenas de linhas pretas adornando os barquinhos.
Uma alusão, a uma metáfora de que muitos querem controlar o rumo da vida. Em minha opinião, até dá por um momento, depois é só deixar esse barquinho seguir o seu curso. Não adianta brigar com o vento. É inútil.
Essa instalação é bem soturna e forte. É quase como se você saísse de um pesadelo ou de um sonho muito surreal.

Outra instalação maravilhosa é "Além da Memória" que dá para ver de todos os andares. São mais de 1000 papéis em branco. É um emaranhado de linhas e papéis onde ( pelo menos, eu) entendemos que cada ser humano tem o seu espaço a sua história e o seu propósito. Que ninguém é mais do que ninguém.

Chiharu é sublime e tem características muito peculiares. Assim, como muitos artistas, ela também sofreu uma espécie de bloqueio criativo. Tem alguns momentos da vida e da profissão que muitas vezes nos perguntamos se é isso mesmo que queremos e por ora, nada basta. E foi o que aconteceu: ela não se sentia conectada e entrelaçada com o seu Universo e parou de pintar.
Quer dizer, tentou pintar mais uma vez, quando a tinta que usava em uma de suas obras, queimou a sua pele. Sobrou resquícios de tinta para mais alguns meses ate sair tudo completamente.

E lá se foram 20 anos sem pintar e criar. Chiharu também teve complicações de saúde que quase impediram da artista engravidar. Quase, por que ela teve uma filha depois.
Chiharu é uma sobrevivente e persistente. Suas obras falam por si. Sua genialidade é algo único.
Eu adoro artistas cujas obras podem ser interpretadas de diversas maneiras. Acho que isso é a função da arte.
Cada um recebe a sua maneira e interpreta de acordo com a sua vivência e experiência. E isso é lindo.

Mais uma artista que eu não conhecia e que me apaixonei profundamente. E, acredito que você também se apaixonará.

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico de São Paulo
Telefone: 11 31133651
Horários: Quartas-Feiras aos Domingos: Das 09h00 Às 21h00 // Terças-Feiras: FECHADO
Site: CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL - SÃO PAULO
E-mail: ccbbsp@bb.com.br
POSSUI WI-FI
POSSUI CAFÉ
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
GRATUITO
ATÉ 27.01.2020

That's all, andarilhos! Penúltimo passeio de 2019, as férias estão aí e nada melhor do que ir nessa exposição de uma oriental completamente profundas.


VAI VIAJAR?

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Beijos reflexivos e até sábado.


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