Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Curtiram bastante o feriadinho?
1 ano antes do blog nascer de fato, eu já pesquisava lugares diferentes para sair. Já fazia listas de acordo com categorias criadas por mim mesmo.
Dois desses lugares que apareceram para mim nessa saga que se iniciou lá em 2016, foram a Casa Modernista e o Parque Villa Lobos. E cada blog, cada site, que eu procurava, eles estavam lá, descritos de forma deslumbrante e sensacional.
O primeiro, a Casa Modernista, já falei por aqui, criei tanta expectativa, que a frustração foi enorme. O lugar de hoje era um sonho. Era tanta gente falando bem que eu precisava conhecer e olhar de perto a magnitude que mostrada ali nas fotos.
E vocês saberão o que eu achei logo mais.
Vamos caminhar no PARQUE VILLA LOBOS?
Tudo começou em 1989. Era uma grande várzea para um grande depósito de lixo, onde muitas famílias trabalhavam com reciclagem e iam no lixão recolher as tralhas toda, além de ser depósito de entulho de construção civil perto da margem do Rio Pinheiros.
Alguma coisa precisava ser feita para tirar o que atrapalhava o meio ambiente. Afinal, estamos em Pinheiros. E, nada que não pudesse ser considerado perfeito, não poderia ficar ali.
Logo, nasceu um projeto visando um parque naquele espação todo e seria uma homenagem ao centenário do compositor clássico Heitor Villa-Lobos. Daí, o nome.
Os moradores gostaram da ideia, pois resolveria os problemas da região, no caso de sujeira e poluição. Então após um decreto assinado em 1988, visava construir um parque que iria abranger, cultura, lazer e esporte em seus 792 metros quadrados.
E então, a partir de 1989, o parque começou a ser construído e implantado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica - o DAEE, que removeram as famílias que moravam ali ( elas foram para onde, será?), retiraram os entulhos e o córrego Boaçava que passava ali perto, foi canalizado.
Por ser um parque que homenageou um grande mestre da música clássica e elaborado pelo arquiteto Décio Tozzi, o parque seria uma espécie de residência da música, com uma ilha musical, oficinas de Balé, Teatro de Ópera e Centro de Convivência, onde aprenderiam a ler partituras, aulas de canto e instrumentos musicais.
Seria, por que esse projeto acabou não sendo muito desenvolvido.
Em Janeiro de 2004, o parque passou a ser administrado pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade e entre 2004 a 2008, foram plantadas 12 mil mudas de plantas, entre eles, mais de 1200 espécies de ipês de diversas cores.
Em 2006, foram plantadas mais de 24.000 mil árvores com a troca do solo e em 2008, mais árvores para a criação de um bosque.
Enfim, se em textos da Internet falam que milhões de árvores foram plantadas, eu, Carol Rossetto, pessoalmente, não vi nada daquilo. Acho que é o primeiro parque sem muito verde que eu fui.
Aliás, lembram que eu sempre falo que não dá muito para criar expectativa. Pois é, eu sempre me ferro. Não vi absolutamente nada demais no parque. Eu queria ter amado, mas não consegui. Fui lá para isso. Para ser um dia totalmente inesquecível.
A minha rua tem mais verde que o parque.
Não imaginei que teria o tanto de gente que eu vi. Aliás, gente demais. Não acho normal um fluxo grande assim. Não consigo me sentir à vontade.
Mas, eu estava focada em conhecer o Orquidário.
Acho que um dos motivos de eu ter vontade de conhecer o Orquidário, era a arquitetura diferentona. A cúpula esférica me faz lembrar aquela bolona gigante que o Playcenter tinha. Vocês se lembram? Quem é velhinho como eu, irá entender.
Realmente, é de intimidar.
O orquidário é uma homenagem à ex-mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que morreu em 2015. Sua flores favoritas eram as orquídeas que ela cuidava com muito carinho.
Ali dentro, possui espelhos dágua e um controlador de umidade, pois orquídeas são sensíveis e precisam de 60% do ar para se manterem estáveis.
Logo, na entrada, vários painéis mostra a biografia da Ruthinha, destacando sua vida e suas obras sociais.
Ela ganhou até uma flor híbrida, desenvolvida pelo botânico Damásio de Jesus. São mais de 16.000 vasos de diversas espécies de orquídeas. Mas, sempre tem um mas, as placas que explicam sobre as flores estão ficando desbotadas pelo sol. É uma pena.
Eu sou dessas que curte ler as explicações, senão não tem o menor sentido eu ficar no lugar, vendo flores bobamente, tirar fotos e só.Isso não é comigo. Se tem informações, é por que elas estão lá para serem lidas. Essas placas deveriam ser trocadas. Essa homenagem a Dona Ruth poderia ser constante.
Não entendo esse tanto de gente que frequenta o parque, passa por ali, dá uma olhada, joga água nos outros, enfiando o pé dos espelhos dágua (é PROIBIDO) e vai embora.
Olha, sinceramente é mais uma que parecem duas ou três...
Uma pena que quando eu fui, as flores ainda não tinham nascido. Devem ter sua época. Não sei qual a época de orquídeas ou se tem uma época certa para elas, sei lá.
Enfim, saí de lá porque me irritou e fui em mais um outro lugar que deveria ser de paz e tranquilidade. O que esperar de uma biblioteca? Para mim, é um dos locais mais sagrados do mundo.
Em uma área de 4.000 mil metros e mais de 27.000 itens em seu acervo, contando com livros, revistas, jornais, DVD, HQs, livros em braile, jogos de tabuleiro, entre outros, está a Biblioteca do Parque.
Uma coisa bem incrível é a acessibilidade e a preocupação da biblioteca em atender pessoas com algum tipo de deficiência, tanto que oferecem régua braile, mouse e tela adaptados, além de capacitar funcionários para ter um atendimento personalizado e humanizado.
São 4 andares com todos os tipos de livros e também conta com mini-exposições, salas de leitura, contação de histórias, cursos e oficinais, além de apresentações teatrais.
Há laguinhos também em frente da biblioteca que NÃO são permitidos para uso pessoal, mas claro que as pessoas desobedecem e abusam.
Eu aprendi que biblioteca é um local de silêncio e que é um lugar para se ler ou fazer qualquer coisa que é oferecida ali. Fiquei, pelo menos, 1 hora e meia ali dentro, tentando ler, mas tudo o que vi foi gritaria, criança correndo, gente falando alto, gente no celular... um verdadeiro inferno.
Pois então, essa foi a primeira impressão do Parque Villa Lobos para mim. Achei bem zoado, gente demais ( afinal, são cerca de 3000 mil visitantes por dia e 25.000 nos finais de semana), muita farofada... sei lá, eu nem consigo descrever o sentimento que eu tive. Decepção, talvez.
Eu queria ter gostado, queria muito. Não via a hora de conhecer, mas esse é o preço a pagar quando a expectativa é muita.
E, pode ter certeza de que será um lugar que eu vou demorar para voltar. Existem milhões de outros parque a serem conhecidos. Não vou acordar dizendo que estou morrendo de vontade para ir. Podem ter certeza.
Mas, a experiência é válida e a troca de ideia também é interessante. Vocês devem ir sim, conhecer e ver com os seus próprios olhos, o parque, o Orquidário, a Biblioteca, o Café da Biblioteca, os Food-Trucks.
Ah, sim. Alguns avisos: É proibido fazer churrasco, soltar drones, bexigas (???), soltar pipas com cortantes, trazer equipamentos do tipo: barraca, cadeira de praia, cadeiras, banquetas, etc... além de trazer animal devidamente equipado com focinheira para não atacar ninguém. Você não quer ser preso. Quer? Então...
Aviso 2: Se for de metrô/trem, evite sair no horário de fechamento do parque. Aquela montoeira de gente resolve ir embora no mesmo horário e o metrô fica parecendo segunda-feira, às 6 da manhã. Não faça como eu, tente ir embora, 1 hora ou meia hora antes.
Endereço: Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001 - Alto de Pinheiros ( Linha Amarela do Metrô)
Telefone: 11 2683 -6302
Horário de Funcionamento Parque / Orquidário: Diariamente: Das 9h00 às 17h00
Horário da Biblioteca: Terças-Feiras aos Domingos: 09h30 às 18h30 // Segundas-Feiras: Não funciona
Telefone da Biblioteca: 11 3024 2500
E-mail: contato@bvl.com.br
POSSUI ESTACIONAMENTO ( PAGO).
Então, é isso, andarilhos. Quero dizer que essa é minha opinião ( pessoal e intransferível) e que ela pode mudar sim. Aliás, eu sempre mudo e estou aberta para isso, graças a Odin. Por não gostar de multidões, talvez esse seja o fato de não ter amado o Villa Lobos logo de cara. Quando eu digo que vai demorar para voltar, é verdade, porque há parques melhores, com mais árvores, mais calmos e eu gosto de deitar na grama e ler tranquilamente. Com ele, não deu. O comportamento das pessoas na Biblioteca me deixou irritada. Enfim, o ditado diz que a primeira impressão é a que fica. Para mim, não. Espero voltar e ter uma experiência diferente do que essa. Vai demorar, mas um dia eu volto. E aí, vocês gostam do parque? Curtiram? Conta para mim.
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Beijos decepcionados e ate quinta.
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