sábado, 8 de fevereiro de 2020

#300 PARQUE LINA & PAULO RAIA: A HISTÓRIA DO JABAQUARA NO MEIO DA MATA ATLÂNTICA

Hello, andarilhos! Tudo bem com vocês? Já estão na contagem regressiva para o Carnaval?


300 POSTAGENS! NEM ACREDITO QUE CHEGAMOS TÃO LONGE!
MUITO, MUITO OBRIGADA!


Depois do blog, passei a amar parques. Realmente, não ligava muito e hoje, vejo o quanto eles fazem parte da história da cidade e do nosso comportamento também.
Não consigo mais viver sem.
Sempre digo que São Paulo não é só o Ibirapuera. Tem tanto parque incrível que deve ser conhecido e frequentado.

O parque de hoje conheci através do Antena Paulista, da Rede Globo. Ai, gente, esse programa é tão necessário.
Logo me encantei e decidimos que precisávamos ir o quanto antes.

Vamos passar um tempinho no PARQUE LINA & PAULO RAIA?

Com um pouquinho mais de 15.000 metros de extensão, esse parque foi idealizado em 1970 como parte integrante do PROJETO CURA ( Comunidades Urbanas de Recuperação Acelerada ) que buscava um desenvolvimento global do entorno por meio de associações pública e privada.

Na verdade, esse pedacinho de parque foi o que sobrou do antigo Parque Jabaquara, quando era um parque particular no século XX, mais precisamente na década de 1930 com 2.5 milhões e meio de quilômetros quadrados.

O dono dele, Antônio Cantarella, era tão poderoso, que comprou um anúncio no jornal anunciando que estava abrindo uma Sociedade Anônima. E, quem comprasse cotas, iria desenvolver e ajudar no crescimento agrícola e industrial.
Toninho ainda queria construir no local, quadras de tênis, futebol e crícket, bibliotecas e ainda realizar festas para a elite paulistana.

Era luxo, poder e riqueza. Imagina um bosque com tudo isso de extensão? Com 1 milhão em mata virgem,  com madeira de lei, 10 mil eucaliptos, 3 mil pinheiros, 1000 laranjeiras e mexeriqueiras, alem de cerejeiras, arbustos, gramados e muitas flores.

Antonio morava nisso tudo, em uma casa em estilo suíço, com estábulos, chiqueiros, galinheiros e muito mais.
Sim, era tudo isso junto e misturado. Quase um PARQUE DO PIQUERI do conde Matarazzo e que eu já falei por aqui.

Ele, Toninho, era tão visionário que ainda queria construir uma floricultura, horticultura, laticínio, fruticultura, e também tinha o desejo de criar porcos.

Mas, como tudo o que é bom dura pouco e não temos o controle de nada, o acesso ao parque era um pouco difícil, Toninho lutou e muito para que os vereadores, melhorassem a entrada da via que começava lá no Avenida da Saúde, para facilitar o acesso.

No entanto, a cidade continuava crescendo verticalmente e com isso, o Aeroporto de Congonhas chegou chegando. Toninho perdeu a luta e com isso, o parque foi desativado. Na década de 1950, os lotes foram vendidos, os bairros vizinhos cresciam e naturalmente, tudo foi se modificando.
Até que chegou o Metrô nos anos 1970 e o restante foi desativado.

Não sabemos qual foi o destino de Antonio, mas acho que ele não deve ter gostado nada, nada do que fizeram com o terreno dele e que de tudo o que ele possuiu de terras, sobrou apenas 3 parques: esse, o Nabuco e o Chuvisco que eu ainda não conheço.



ENFIM, O PARQUE LINA E PAULO RAIA...

Como eu disse acima, esse parque foi idealizado em 1970 e, atualmente abriga o ÚNICO centro de artes de São Paulo, para crianças de 05 a 12 anos. A Escola Municipal de Iniciação Artística trabalham com professores artistas e que, por meio da escola, contém conhecimento pedagógico.


Ou seja, é trabalho sério e confiável.
São cursos como Orquestras Infanto-Juvenis, Corais, Aulas optativas de teatro e dança, aulas individuais e em grupos com instrumentos musicais e muitos outros...

Realmente, esse parque se tornou um dos meus favoritos e o achei a coisa mais linda. É ótimo ficar sentindo o vento na cara, escutando o barulho dos passarinhos e vendo a natureza que é da época do Toninho, remanescente da chácara.

O que é mais incrível é eles identificam as árvores. Vocês não tem ideia do quanto eu respeito essa iniciativa. Eu não sou Botânica, então acho que isso ajuda tanto: Imagina você encontrar falsas-seringueiras, pinheiro do paraná, copaíba, quaresmeira... são mais de 125 espécies encontradas e algumas estão ameaçadas.

Para quem curte um animalzinho, há 34 espécies e 24 espécies de aves como beija-flor, periquito-rico , coruja orelhuda, beija-flor tesoura, bem-te-vi... a gente escuta bastante os pássaros conversando, mas dificilmente vê. O que eu vi bastante mesmo foi aranha. Uma mais linda do que a outra.

Em relação a segurança, há vários vigias no parque. Inclusive tem um que acha o parque horrível por quê tem muita árvore. Sério, ele disse isso para mim.
Caso você disponha de uma câmera profissional, será obrigatório assinar um termo de autorização para tirar suas fotos tranquilamente.

Não há restrições para animais domésticos; mas se o seu doguinho for muito bravo, é obrigatório colocar uma focinheira nele. Caso contrário, seu acesso ao parque é proibido.

Também é proibido bicicleta, patins e skates. Mas dá para se divertir fazendo uma caminhada ou dando uma corridinha.
Também há playgrounds para os Enzos e as Valentinas brincarem, banheiros limpos, aparelhos de ginástica de baixo impacto e quiosques.

Esse parque realmente é uma delícia e deu para perceber o quanto eu amei. Acho que por ele ser bem arborizado e espaçoso. Mesmo sendo pequeno.
E amei por que não tem tanta gente e sim, dá para sentir o silêncio.
Sabe aquela história de que nem parece que estamos em São Paulo? É real.

Endereço: Rua Volkswagen, s/n - Estação Conceição do Metrô - Em frente ao Conjunto Empresarial Itaú-Unibanco
Telefone: 11 50676522
Site: PARQUE LINA E PAULO RAIA
Horários: Diariamente: Das 07h00 às 18h00
POSSUI WI-FI
NÃO POSSUI ESTACIONAMENTO
GRATUITO

Curtiu? Realmente é muito bom sentir a história do Jabaquara no meio da Mata Atlântica. Eu curti demais esse parque e realmente quero voltar logo.
Muito obrigada Antena Paulista pela dica e espero que vocês gostem.


Beijos verdinhos e até quinta que vem!




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