sábado, 22 de fevereiro de 2020

#304 ESPECIAL - UM DIA EM JUNDIAÍ: HISTÓRIA

Hello, andarilhos. Tudo bem com vocês? Carnavalizando?


Carnaval está aí e muitas vezes, as pessoas não tem tanta grana para ficar viajando para muito longe. Então, que tal uma cidade bem próxima?
Você que não curte bloquinhos, vem comigo que trarei uma série de 10 (!!!) posts sobre Jundiaí e o que fazer por lá em 1 dia inteiro.


Então, partiu JUNDIAÍ?


O INÍCIO...


Tudo começa no século 17, com povos indígenas vivendo por ali, em meio a clãs familiares, separados por nômades ( aqueles que viajavam para caçar) e sedentários (os que ficavam cuidando da tribo).
Os indígenas se dedicavam a plantação de milho, eram bons caçadores, pescadores e moravam em cabanas de palha. Tudo era tranquilo e feliz.

Mas, como tudo o que é bom, dura pouco, em 1615, chegaram os primeiros povos colonizadores. Ou seja, os portugueses chegaram na região de Mato Grosso do Jundiahi, como era conhecido anteriormente.
A chegada veio pelo Rio Jundiai, com a visita de Rafael de Oliveira e sua esposa, Petronilha Rodrigues Antunes junto com seus filhos.
Segundo fofocas da época, Rafael matou o primeiro marido da esposa e eles vieram fugidos para o Brasil. E sendo assim, fundou a Freguesia Nossa Senhora do Desterro, que hoje é o Largo da Matriz.

Pois bem, instalados aqui, esse filho da mãe do Rafael junto com os outros bandeirantes, começaram a perseguir os indígenas que passou a fugir, se escondendo dos perigos mata adentro. No entanto, ele comandou uma expedição para prender todos esse índios, atividade essa que era proibida pela Coroa Portuguesa.
Rafael iria ser preso, mas foi perdoado pela intensa participação de combate ao flamengos ( primeiro grupo de holandeses).

Mas, dizem os historiadores, que com essa caça aos indígenas, foi o start para que Jundiaí começasse a se desenvolver.
Índios escravizados, a igreja Nossa Senhora do Desterro ( que logo mais falarei dela por aqui) começou a ser construída em 1651, o povoado começava a crescer.
Pois é, um desenvolvimento a custa de muito suor, sangue e falta de paz.

Já no século 18, mesmo se tornado o caminho dos bandeirantes, a procura de ouro, até chegarem as minas de riqueza de Goiás, a economia deu uma bela de uma estagnada na época da mineração e só voltou a crescer após 1785, quando a cana de-açúcar, feijão, cereais, algodão e principalmente o café, deu aquela valorizada.

E foi com a fruticultura ( comércio de frutas ) no fim do século 19, com a inauguração das estradas de ferro ( Companhia Paulista das Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Santos - Jundiaí e muitas outras ) que os imigrantes espanhóis, ingleses e italianos chegaram por aqui, para servir de mão de obra, com incentivos governamentais e para substituir a força escravista, que já não tinha mais sentido algum.

E para onde esses imigrantes, fugidos da Guerra, com medo, fome e cheio de sonhos foram? Antonio de Queiroz Telles, conde de Parnaíba ou Barão de Jundiaí ( que logo falarei dele por aqui também) deu condições de trabalho ( ok, eram precários ) mas muitas dessas famílias começaram a plantar, cultivavam terras, criando filhos e cuidando de famílias, até que foram comprando pequenos lotes de terra e montaram armazéns e fazendas plantando milhos, ervilhas, arroz, batata, legumes, frutas e principalmente, uvas.


JUNDIAÍ ATUALMENTE...


Hoje, Jundiaí possui 75% de descendentes de italianos e que constitui uma das maiores colônias de todo o Brasil.
Não à toa, com toda esse histórico agrícola é conhecido pela plantação de uvas, principalmente a do tipo niágara, Jundiaí é famosa pela FESTA DA UVA que ocorre em 1934, que perdura até hoje e é sempre alternada com a festa do morango.

Vale lembrar que Jundiaí descobriu sua vocação industrial no século 20 e desde então possui um dos maiores parques industriais da América Latina.

E é maravilhoso quando os governantes investem em lazer e cultura para os moradores e turistas. Não a toa, que já faz um tempo que Jundiaí se transformou em Rota Turística de São Paulo, com diversos equipamentos culturais.

E com isso tudo, vale recomendar:


  • Use tênis confortáveis e loupas leves;
  • Sempre tenha garrafinhas dágua em mãos. Hidrate-se, pode parecer papo de coach boboca, mas é sério;
  • Jundiaí é uma cidade do interior, mas em nenhum momento se parece com uma. Não é tão calma assim e vive cheia de gente;
  • Tem bastante ladeiras. Respire fundo e se joga;
  • Os moradores da cidade são solícitos, engraçados e muito educados;
  • O caminho de trem de Jundiaí é lindo. Aproveite muito.
  • Chegamos ao meio dia e fomos embora à 19h00. Todo o caminho foi a pé. Não me senti cansada.
  • Se caso for de trem normal, se programe. Funciona até às 23h30.
  • Tire muitas fotos.
É isso então, andarilhos. Demos o start em Jundiaí e a partir de hoje serão 10 postagens no que fazer em um dia nessa cidade incrível e tão linda.
Bora comigo?

Beijos jundiaienses e até!




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