quinta-feira, 11 de maio de 2017

#30 TEATRO FAAP + "CADA UM COM SEUS POBREMA" - ENCERRADO

Salve, salve, andarilhos! Como estão vocês? E esse friozinho?

Como eu já disse em outros posts por aqui, eu amo teatro. Não entendo quem não goste e não adianta tentar me convencer de que é ruim, chato e que não tem graça. Não vai me convencer. Acreditam que tem gente que pede para eu ser menos careta e menos inteligente? Pois é... 

O post de hoje é muito especial para mim. Primeiro, que é um dos lugares mais lindos de São Paulo e que eu já vi. Não vou dizer do mundo por que eu ainda não conheço o redor dele. Preciso resolver isso logo.
Segundo, é sobre algo que faz parte da minha vida e que não sei precisar quanto.

Quero falar sobre sonhos e ao longo do texto, vocês entenderão a importância de ter um e acreditar nele. Não queria ser tão clichê, mas pensamentos bons atraem coisas boas ( ok, frase clichê novamente). Enfim, não vou me enrolar muito. 
Então, convido vocês a assistirem 

 "CADA UM COM SEUS POBREMA"

Para quem ainda não conhece, reestreou ontem (10.05), no Teatro FAAP (aquele lugar lindo do qual eu falei ali em cima), o clássico do humor, "Cada Um com seus Pobrema" com o roteiro brilhante, humor ácido e atuação impecável do sensacional ator Marcelo Medici e a com direção ímpar de Ricardo Rathsam. 
A história conta a história de um ator que desiste de fazer a peça e começa a contar sobre sua vida e as dificuldades de se fazer teatro. 
A partir daí, surgem outros 6 personagens, todos politicamente incorretos, questionando situações do cotidiano. Coisas das quais passamos no dia-a-dia.
Vale a pena conhecer a empregada  Cleusa; Sanderson, o personagem corintiano, Jonson, o irmão do ator, Tia Penha, uma apresentadora infantil que odeia crianças; a vidente Mãe Jatira e o último Mico Leão Dourado gay do mundo. 
Os personagens podem ser qualquer um de nós. Qualquer um pode ter passado por alguma história contada ali, nas 2 horas de peça e que nos deixa com vontade de assistir, reassistir e assistir de novo. A hora passa e não sentimos. Dá a sensação que poderia ter tido mais. 
Acredito que é isso que gera essa identificação, a simplicidade da construção dos personagens, estereótipos parecidos com o seu amigo, com sua empregada, com seu pai ou com qualquer um em seu ciclo de amigos. Ou seja, gente como a gente. 
E essa identificação instantânea, leva a temporada esgotar os ingressos com meses de antecedência. 
O cenário é simples e funcional. O que é bom, pois dá a liberdade para o ator a transitar pelo palco, mantendo um ritmo ágil e dinâmico. É gargalhada na certa. Você sai do teatro com a barriga doendo de tanto rir. 
A trilha sonora é bem bacana. Para cada personagem existe uma música: Bjork, Amy Winehouse, entre outros... para quem curte música boa, escutar pelo menos um pedacinho, é bacana também. 

Marcelo Médici está cada vez mais maduro em cima desse palco. É a experiência de mais de 30 anos de carreira. É um diamante que foi lapidado e que mostra que seu brilho é único e intenso. 
Tudo fica mais fácil quando mostramos algo que foi feito por nós. E Marcelo mostra isso com essa peça: a segurança de se fazer aquilo que mais gosta para quem gosta e respeita uma arte tão linda e que por muitas vezes, é tão subestimada. 
Quando falei de sonhos ali em cima, falo da trajetória do ator também. Há pelo menos 17 anos, acompanho e vejo sua trajetória de perto e tenho a honra de participar de pelo menos um pouco disso. Vejo o quanto essa entrega é importante, o quanto há de verdade por trás e que existe um coração enorme e ávido em mostrar aquilo o que aprendeu, com tanta dedicação, suor, amor, intensidade e carinho.
É como se fosse um amigo esperando para contar um segredo bem importante e nos surpreender com o que será contado. 
E novamente, quando falo sobre sonhos, aprendi com essa peça e o significado dela ( todas as dificuldades no começo, lááááá em 2004 no falecido teatro Crowne Plaza) que não importa quanto tempo demore aquilo que se deseja, se ainda houver um coração, humildade e simplicidade, basta acreditar que acontece.
Pois é, é como se fosse um amigo nos dando conselhos. Uma pena nunca termos tomado um café antes. Imaginem que mega divertido seria?  

E como ontem foi a estreia, o teatro estava lotado de amigos, fãs e familiares. É sempre bom estar rodeado de pessoas queridas e que torcem pelo nosso sucesso.
Eu amo tudo isso. Amo estar no meio desse burburinho. Me faz bem. Teatro é algo pleno e que me faz viajar.

E, por falar em viajar, a peça aterrissará em solos gringos. Em setembro desse ano, estão previstas apresentações nos EUA ( Boston, Nova York, Miami e Orlando ). Aí, galera dos EUA que lê o "Somos Andarilhos". Aproveitem. Eu garanto a vocês que é tudo isso que eu citei aí em cima. 

Meu, que orgulho. O mundo será pequeno para você, meu amigo lindo!

Para quem quiser conferir, assistir a peça e de quebra ver os monumentos da FAAP depois:
TEATRO FAAP ( 500 lugares)
Endereço: Rua Alagoas, 903
Horários da Peça: Toda quarta -feira, às 21h00
Horário da Bilheteria: Às terças-feiras e sábados: Das 14h00 às 20h00 // Domingos: Das 14h00 às 17h00
Telefone: 11 36627233 // 11 36627224
Ingressos: R$70,00
Até 26 de Julho.
Recomendação mínima: 14 anos. 










Um aviso: Para quem não curte e se incomoda com palavrões, fica por sua conta e risco. 

Então, é isso. A dica de hoje é essa. O lugar é realmente lindo e vale a pena passar o tempo ali tirando fotos e mais fotos. 
Depois das fotos, vá assistir a peça e me conte o que acharam. Vou adorar saber. 

Love!
Carol Rossetto





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