E como está um sábado lindíssimo de sol ( não que eu ache tempo nublado horroroso ), aconselho a vocês a visitarem o Parque do Ibirapuera. Ainda farei um post apenas sobre o parque, aguardem. Mas ainda não é a hora.
A dica de hoje é um museu que fica dentro do parque e eu acho que deveria ser obrigação todo mundo conhecer. Seria uma boa para conhecer, investigar, quebrar limites, barreiras e principalmente preconceitos. Vamos nos despir do senso comum, quebrar estereótipos e conhecer o novo e o que é diferente de nossa cultura. Na verdade, tão diferente e tão igual. São os nossos antepassados, fazem parte da nossas história e da nossa raiz.
Falo do MUSEU AFRO BRASIL que é dedicado a uma cultura tão intensa, tão linda, tão verdadeira, mas que ainda é tão subjulgada, tão vítima de preconceitos e tão desprezada por muitos.
É um museu histórico, artístico e etnográfico voltado a cultura negra no Brasil. São mais de 6.000 obras de arte datadas do século 16 até agora. São mais de 400 anos de história mostrando uma identidade original e com muita força.
São obras como pinturas, esculturas, gravuras, jornais da época, roupas, acessórios religiosos, abordando temas como racismo, escravidão, religião, trabalho e a arte.
Inaugurado em 23 de Outubro de 2004, por iniciativa do curador Emanoel Araújo, artista plástico e ex-curador na Pinacoteca que doou mais de 1000 peças para iniciar os trabalhos do museu, cuja proposta foi aprovada pela até então prefeita, Marta Suplicy. O Museu tem o apoio e parceria da Petrobras e do Ministério da Cultura, a tão polêmica Lei Rouanet ( se informem sobre ela, ok? Não adianta falarmos sobre algo que não temos conhecimento ).
A proposta do Museu Afro Brasil é explorar a contribuição do homem negro no Brasil e com isso, criar reflexões no grande público. Então, o museu oferece, cursos, palestras, exposições temporárias para que a memória do negro no Brasil não seja esquecida. Às vezes, é preciso dar um chacoalhão em preconceituosos. Um dia, o mundo descobrirá que somos todos iguais, somos humanos, independente de raízes, culturas e raças. Só assim, acreditarei e voltarei a ter fé no ser humano. No momento, tenho desgosto.
São 11 mil metros quadrados de pura arte e cor. Reserve um dia para ver e passeie pelo parque depois. Lá é lindo de dia e à noite.
São 3 pavimentos: além as exposições, espaço administrativo, entre outros, abriga a biblioteca Carolina Maria de Jesus ( não deu tempo de conhecer; como eu falei o lugar é tão grande que quando eu cheguei na biblioteca, já estava fechada ) e o teatro Ruth de Souza, em homenagem a grande atriz brasileira.
Enfim, o acervo. São várias peças confeccionadas e trazidas de diversos países ( Congo, Nigéria, Camarões, entre outros ) e com uma rica gama de materiais utilizados: marfim, terracota e tecidos. A religiosidade africana também é muito presente no acervo. Destacam-se peças do Candomblé, Umbanda, assim como Iemanjá, Xangô, objetos dedicados a orixás.
Confesso que por falta de conhecimento, uns anos trás, eu não conseguia visitar essa parte. Eu morria de medo das máscaras, das músicas e dos objetos. Eu não conseguia sequer falar o nome da religião.
Eu até peço perdão a tanta ignorância, mas depois que me formei em Rádio e TV e fiz a minha pós em Gestão em televisão, minha mente se abriu de uma tal forma que descobri que aquele medo era impreciso, preconceituoso e muito mesquinho. Conhecimento liberta e nos afasta de qualquer ignorância. Por isso que nos informar é tão bom.
Hoje, eu acho essa cultura linda e que não deve ser escondida. De forma alguma.
Bom, eu poderia falar do museu aqui durante horas, já que a história é tão rica, tão completa, e tão intensa. Mas, eu iria me estender demais e a intenção é que você visite. Saia de preguiça, liberte-se da preguiça, pegue o seu carro e conheça o que os nossos antepassados, o que a origem de tudo tem a nos dizer.
Ah, eles tem aplicativo com todas as informações sobre eles. Disponível na Apple Store e no Google Play.
Telefone: 11 3320 8900
Site: http://www.museuafrobrasil.org.br/
Horário de funcionamento: Terças -feiras aos domingos: das 10h00 às 17h00 com permanência até às 18h00.
Ingressos: R$6,00 // Meia - Entrada: R$3,00 - AOS SÁBADOS É GRATUITO.
Para quem adora uma visita mediada: Terça a sexta-feira: 9h30, 11h30, 13h30 e 15h30
Sábados 10h30 e 14hDomingos: às 11h
Apenas solicite no site, ok?
Para quem tem problemas de acessibilidade: o museu disponibiliza cadeiras de rodas mecânicas e motorizadas, bancos para descanso, maquetes com fácil acesso a leitura ( letras grandes e braille ), audiolivros e educador surdo que se comunica através de Libras ( esse é preciso agendar com 1 mês de antecedência ).
Então, é isso, andarilhos! Espero que vocês curtam, assim como eu curti e depois me falem o que acharam, ok? Curtam, divulguem o blog para os amiguinhos, compartilhem, amem.
Para onde essa andarilha aqui deve ir?
Love!
Carol Rossetto
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