Quem me conhece sabe o quanto eu curto coisas diferentes para se fazer. Nada de muito radical. Vocês jamais irão me ver em uma montanha russa, por exemplo.
E nessa de buscar sempre o diferente, acabo não ouvindo muito as pessoas. Vou mais pela minha cabeça mesmo. Claaaaaro que eu sou uma pessoa super aberta a opiniões, debates e ideias.
Eu passei minha infância no bairro da Liberdade, meu pai ia comprar balas japonesas e cacarecos e era um passeio super gostoso de se fazer. Com isso, passava sempre em frente a um Jardim Oriental e eu sonhava em conhecê-lo. Ficava imaginando como era, ouvia as pessoas falando o quanto era lindo, o quanto era legal, o quanto era isso e aquilo. Era uma época em que o mundo não tinha ideia do que seria selfie.
Como minha família sempre foi meio noturna, jamais consegui pegá-lo aberto.
Foi preciso uns 20 anos depois para eu me programar e conhecer esse bendito jardim. Sinceramente, fiquei pensando seriamente se isso viraria post ou não, tamanha decepção.
Talvez pela expectativa, fiquei pensando que seria um mega jardim, com inúmeras coisas dentro,lugares para sentar, para comer, sei lá. Imaginei inúmeras flores de tudo o quanto é tipo, arranjos, coisas ornamentais e tal.
Vou falar a real para vocês: é um mini jardim, com um lago com meia dúzia de carpas, lindíssimas, por sinal, algumas pedras maiores para se fazer de banco e só.
Não tem flores exóticas, não tem nada de atrativo ou diferente para se orgulhar de ter saído de casa e tirar várias fotos bonitas.
Como se trata de Japão e japonês é um povo imensamente criativo, pensei que talvez pudesse ter algo mágico saindo das folhagens.
Meu jardim é mais bonito e mais bem cuidado. Eu estou falando sério. Se quiserem, eu filmo meu jardim e mostro para vocês.
Passando por outros blogs que falam de SP, li que esse é um dos passeios obrigatórios para quem vai a Liberdade. Não, gente, não é obrigatório. Arranjem coisas melhores a se fazer. Na Liberdade, tem um monte de coisa absurdamente incrível para se entreter. Eu amo esse bairro. Do fundo da alma.
Claro que conhecer nunca é demais, mas esse jardim precisa de uma modernização urgente. Tirar fotos com as carpas não são o suficiente.
Se você tiver passando pela rua e quiser entrar e sair rapidinho, fiquem à vontade. O bom é que é gratuito, mas para mim, não valeu a pena.
Vá na feirinha, gaste seu dinheiro com comida, sorvete e bugigangas. Vá na Galeria Sogo que eu já falei por aqui. Ali sim é um passeio bacana, legal e enriquecedor. Almoce no Sweet Heart do post passado. A comida é incrível.
Juro que não queria falar mal, mas meu olhar me impede de dizer outra coisa. Fiquei pensando 1000 vezes se eu falaria sobre ele.
Como eu vivo dizendo, cada experiência é única e você pode ter outra impressão quando for. De repente, pode ser a coisa mais legal do Universo para você e é isso que é legal. Esse compartilhamento de ideias.
O modo como enxergamos as coisas é que define se algo será bom ou não.
Endereço: Rua Galvão Bueno, 72 - Liberdade
Telefone: 11 2226 0400
Aberto somente aos sábados: Das 9h00 às 17h00.
Vá e me conte como foi. Sua impressão foi igual a minha ou foi diferente? Estou esperando.
Love!
Carol Rossetto
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