sábado, 28 de outubro de 2017

#77 CASA DO TATUAPÉ

Olá, andarilhos! Vocês estão bem? Novidades? O que vão fazer hoje? MUITO OBRIGADA PELAS 15.000 VISUALIZAÇÕES!!!! NÃO TENHO PALAVRAS! DE VERDADE! ISSO É COMBUSTÍVEL PARA QUE EU CONTINUE A MOSTRAR A CIDADE QUE EU AMO TANTO!


Quem me conhece sabe o quanto eu amo lugares diferentes. Em janeiro desse ano, decidi que mostraria a cidade através do meu olhar e parti em busca do novo e do desconhecido. Uma São Paulo que eu não conhecia e que através de muita pesquisa e curiosidade, pude ver que essa cidade ainda é mais incrivel do muita gente pensa. Não é a só a terra da garoa, não é só a terra dos arranha-céus, a de oportunidades, a cidade cinza que de cinza não tem nada. É maior que isso. É maior que do que o preconceito, da frase pejorativa que praia de paulista é shopping, que só sabemos trabalhar, enfim...

Descobri que em São Paulo tem mais de 100 sítios arqueológicos e prometi para mim mesma que eu iria visitar todos. É meta! 
Já falei de dois por aqui. e apresento hoje o terceiro: CASA DO TATUAPÉ. Esse é um lugar que me surpreendeu completamente. Bem no meio da Avenida Celso Garcia, uma das mais barulhentas de São Paulo, se esconde ( é bem escondida mesmo ) essa casa tão única, tão bucólica e tão paulistana.

Sua construção data-se dos anos 1668 e 1698, por Mathias Rodrigues da Silva, administrador das terras do Padre Matheus Nunes de Siqueira e que era donos das terras da região. Em meados do séculos XIX, o local passou a ser uma olaria, que fabricaria telhas e que durante 150 anos foi abrigo de tropeiros que chegavam pedindo por um teto. Durante a imigração italiana, a casa passou a fabricar tijolos também.

Construída por taipa de pilão, a casa teve alguns donos, até pertencer a tecelagem Textília em 1949. Mesmo com a tecelagem funcionando, algumas famílias moravam ali.
É íncrível a quantidade coisas que foram encontradas debaixo da terra. A exposição é muito legal. Mas, em termos de coisas achadas, eu prefiro o Sítios Morrinhos, que já falei por aqui. Tem uma variedade imensa de bugigangas. Até uma pira funerária foi encontrada debaixo da terra. Essas escavações e os objetos encontrados mostram muito como era a rotina das famílias daquela época. Sério, eu queria muito escavar a minha casa. Deve ter coisas incríveis aqui debaixo. Imagina: aqui já foi uma prisão e um cemitério. Imagina o quanto de coisa doida eu não encontraria?
Três décadas depois, entre 1979 e 1980, a Casa foi adquirida pela Prefeitura do Município de SP. Como é uma casa do século XVII, as paredes estavam desabando e precisavam de restauro. As paredes ainda conservam a técnica do uso de taipa de pilão ( argila, barro, etc ). As portas e as janelas são originais da época ( canela-preta).
Outra parte que da muito medo, é o sótão. É bem baixo e bem escuro. Sabe-se lá o porquê aquilo foi usado e o que era guardado nele.
O legal de lá também é que há banners extremamente explicativos como era a São Paulo de antigamente. Gente, SP sempre foi muito linda. É a nossa história. Não pode ser esquecida.
E o mais fantástico é que em meio a trânsito,  buzinas, gente falando, um pouco mais atrás da avenida, encontramos a casinha. Parece que estamos no interior e esquecemos que estamos em meio ao caos. Da para sentar e ouvir os passarinhos. Nem barulho de carro conseguimos ouvir.
Não há lanchonetes ou cafés no local. Também não há estacionamento. É na perna mesmo.

Vale a pena conhecer. Para quem quiser:

Endereço: Rua Guabiju, 49 - Tatuapé
Horário de Funcionamento: Terças-Feiras aos Domingos: Das 09h00 às 17h00
Segundas-Feiras não abre.
Telefone: 11 2296 4330
Site: www.museudacidade.sp.gov.br

É isso andarilhos! Espero que gostem e me contem como foi, ok? Vou lá para a próxima parada.

Beijos, Beijos,  Beijos! 








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