sexta-feira, 13 de outubro de 2017

#72 MIS - MUSEU DA IMAGEM E DO SOM + EXPOSIÇÃO "RENATO RUSSO" - ENCERRADO

Hello, andarilhos. Vocês estão bem? Novidades? Desculpem-me em não ter postado ontem, mas fui andarilhar. Como está o feriado?

Já disse por aqui que amo exposições e que amo rock. Junta as duas coisas então, eu piro. De verdade. E piro ainda mais quando é em homenagem a um dos maiores artistas e poetas que o Brasil já teve.
Desde o dia 7 de Setembro, o Mis dedica o seu espaço, em 2 andares, a Renato Russo e a Legião Urbana. Um overdose de rock, rebeldia, militância, sensibilidade, amor, misticismo e genialidade.
Temos que agradecer muito e de joelhos, ao filho do Renato Russo, Giuliano Manfredini, por compartilhar uma vida tão rica, tão intensa e tão verdadeira. Se eu já admirava o Renato, essa exposição me fez simplesmente amar ainda mais esse artista tão único, tão completo e tão diferente. Se Renato soubesse a falta que ele faz,  ele voltaria rapidinho. Está precisando de pelo menos, uns 10 Renatos Russos na música, na arte, na TV... uma falta que é suprida, na minha opinião pelo Dinho Ouro Preto do Capital Inicial e por mais poucos...
Eu não cheguei a acompanhar o Renato em vida. Passei a gostar dele, após sua morte, por influência da antiga e verdadeira MTV.
Reserve um pouco do seu dia para andar ali dentro. É muita coisa. Eu e o meu andarilho ficamos 2h30 andando, curtindo cada pedacinho da vida e da obra do Legião Urbana.
Ao longo do percurso, somos agraciados com mais de 1000 itens do acervo de vida pessoal e profissional da Legião Urbana ( instrumentos musicais, vestuário, cartas, discos, livros, entre tantos).

Já no começo, uma sala nos mostra as suas referências, pôsteres da era punk e pós punk na Inglaterra, como Joy Division, Ramones e Siouxsie and the Banshees, além de letreiros em neon, com trechos de sua música. Não gosto muito de usar essa palavra, mas Renato era muito eclético. Bebia de várias fontes, tanto na música, quanto na literatura e gostos diversos.
Na escola, era um mini gênio, tirava excelentes notas. Víamos que era melhor na matéria de humanas do que em exatas. Suas redações eram fenomenais. E seu inglês, perfeito.Obviamente, era por ter morado nos EUA um tempo.

Caminhando, chegamos à parte dos escritos, dos rabiscos, rascunhos de letras das músicas que futuramente, seriam sucesso e consideradas hinos: Rabiscos de Eduardo & Mônica, Giz, Vento no Litoral, Natália, entre tantas, estão expostas ali, para o nosso deleite. Imagino o processo criativo desse cara. Queria ser nascida e ser amiga dele naquela época, para vê-lo compor. Imagina que loucura seria?
Por falar em amigos, ele era muito próximo de seus fãs. Relação de amor e carinho. Renato não era um ser inacessível. As pessoas chegavam a visitá-lo em sua casa. Era aberta ao público. Meu Senhor, que artista costuma fazer isso? Acho que nem a Ivete Sangalo que parece ser a pessoa mais legal do Universo, deve fazer isso.

Logo em seguida, uma sala de vidro, muito doida, tire muitas fotos ali, guarda seus gostos pessoais como livros e revistas ( desde revistas de nu masculino até a coleção de Senhor dos Anéis ), discos de diversos estilos ( música barroca e medieval até Menudos), entre outros. Essa sala pode ficar até 4 pessoas. Acredito que seja por causa do vidro, então aproveite o máximo e tire quantas fotos puder. Acho que essa foi a parte que eu mais gostei.

Há uma sala dedicada inteiramente a cartas e correspondências recebidas por ele e a banda. Claramente, Renato era considerado um Deus, mas tenho certeza de que ele não se achava assim e também não agia como um. Era simples e complexo ao mesmo tempo. Era intenso, verdadeiro, vivo e lutava por minorias também.

A mostra chega ao fim com algo bem inusitado e com um lado dele, que acredito, ser desconhecido por muitos. Renato era bem místico. Jogava tarô e fazia mapas astrais. Diversos papeis de rascunhos fazendo a numerologia, iching de pessoas que iriam trabalhar com ele e acreditava nos números ao nomear alguma música.
E sempre consultava o tarô. Inúmeros baralhos com as cartas estão expostas.

Ah, e para quem tem interesse, há um espaço que convida o público a mergulhar numa experiência 360º com óculos de realidade virtual para o mundo de Renato Russo. Não indicado para quem tem labirintite ou problemas cardíacos. Eu sofro de enxaqueca. Quis me poupar um pouco. E no 1º andar, temos acesso aos cadernos de escolas e redações dele, disponíveis na Midiateca.

E depois dessa caminhada toda, estiver com fome, o MIS tem um café super fofo, eu nunca fui. É caro, mas acredito que valha a pena. Conheça o CHEZ MIS que possui comida mediterrânea e uma ampla vista para o jardim.
Os horários são: de terças às sextas feiras: 12:00 à 00h00 // Sábados: 12h30 às 00h00 e Domingos: 12:30 às 17h00 // Segunda feira não abre


E é isso, andarilhos. Eu amo Renato Russo e ele ainda está muito vivo para mim. Sua voz, sua inteligência, sua poesia, seu carisma é o que mais importa. Ele não está presente em carne. Mas, na alma ele está pulsando. Vamos agradecer novamente ao Giuliano. É um presente. Imagino o quanto você deve se orgulhar do seu pai. É um exercício enorme de generosidade mostrar isso ao mundo.

Para quem quiser conhecer:

MIS
Endereço: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa
Horários: Terça -feiras ao Sábados: 10h00 às 21h00 // Domingos e Feriados: Das 9h00 às 19h00
Ingressos: R$30 ( INTEIRAS ) // R$15,00 ( MEIAS ) - As terças-feiras, o MIS é gratuito.
Importante: Exposição até 28.01.2018

Espero que tenham gostado, vão e depois contem para mim. Combinado?

Beijos!








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