Quando eu vejo algo diferente, algo novo, meu coração dispara. Você mesma descobrir um lugar que ninguém te falou, te dá uma sensação de poder inigualável. Mas é um poder, no sentido que aquilo passa a ser somente seu. Mas não é sentimento de posse. É como se fosse um arqueólogo que está prestes a descobrir algo que vai mudar a história do mundo. Mas, nesse caso aqui, a história começa a ser minha, para depois ser completamente de vocês.
É doido isso, eu sei e isso parece não ter sentido, mas tem.
Ok. Mais um achado na Zona Leste.
Está certo de que religiões são religiões e que cada um tem a sua, mas acredito que todos devem conhecer as mais diversas e que todas devem ser respeitadas.
Se vamos conhecer a cidade de São Paulo, parte dessa busca, está na história e na religião e não importa qual seja. Afinal, a religião e a fé foram
o princípio de São Paulo. O Pateo do Colégio está aí para provar isso.
Vamos conhecer melhor a MESQUITA KHALID IBN AL-WALID ou MESQUITA DE SÃO MIGUEL?
Só quero explicar que não entendo muito sobre o islamismo e que eu jamais colocaria algo inventado. É uma falta de respeito sem tamanho.
No dia em que escolhemos ir, fomos muito bem recebidos por Amer que nos deu uma verdadeira aula de história e de religião, nos apresentou o Alcorão e explicou como são os costumes e como são feitas as orações.
A Mesquita de São Miguel é Sede da Sociedade Beneficente Cultural Islâmica e foi fundada por Ali Barakat Abbas, um libanês que chegou aqui aos 14 anos de idade.
A sala de orações fica na parte superior da mesquita e é bem grande. O visual é bem arrojado e clean. É pintado com cores bem clarinhas. Os vitrôs são bem grandes para que a entrada da luz natural chegue e as cúpulas dão uma sensação de infinito.
Homens e mulheres oram separados. Não entrei na área das mulheres, mas li relatos de que a decoração é feita de tecido rendado acompanhado por um leve arranjo.
Ao entrar, se lembre de tirar os sapatos. É falta de educação não tirar e vá sempre com uma roupa adequada. Quem não for da religião, como eu, é necessário que você, mulher, cubra a cabeça.
No momento, eu não tinha e por falta de pesquisa, eu não sabia que teria que usar ali naquele momento. Mas, evite não usar. Da próxima vez, levarei um.
Essa mesquita é muito frequentada por libaneses e sírios. Aliás, o professor de história que nos apresentou a igreja é sírio. A comunidade também é frequentada por vários brasileiros convertidos ao Islam. A orientação é da escola sunita. Não confundam com xiita, pois, são duas coisas bem diferentes e vale a pena, dar uma pesquisada. Saber da coisas é bom, nos livra de certos preconceitos.
O sheik é natural do Egito e é maravilhosa a chamada para a oração.
As principais atividades na mesquita são os sermões às sextas -feiras ( estivemos lá em um sábado ) e aulas para crianças e mulheres aos finais de semana.
Enfim, acredito que é isso. Foram quase 2 horas de conversa e agradeço ao Amer, por responder minhas milhões de perguntas.
Não vá com o senso comum, não vi nenhuma ideia terrorista ou fanática. Terrorista somos nós que idealizamos algo com outras religiões e por nada desse mundo a ideia é mudada. Fanáticos somos nós que muitas vezes, obrigamos as pessoas a acreditarem naquilo que a gente acredita.
A experiência que eu tive na mesquita é uma imersão a um mundo novo e tive uma prévia de um conhecimento que eu sequer sabia.
As mulheres não são obrigadas a usarem véu. Elas tem vontade de usar, acham bonito e se sentem melhor dessa maneira.
Então, bora conhecer a Mesquita?
Telefone: 11 4122 2400
Orações às sextas-feiras e aulas aos domingos. Entre em contato para saber melhor os horários.
ENTRADA GRATUITA.
POSSUI ESTACIONAMENTO
É isso, andarilhos. Abra a mente e veja o quanto pode conhecer sobre a religião e sim, eles são muito amorosos. Acho que nunca fui tão bem recebida na vida. Acho que nem em casa de conhecidos, me senti tão à vontade.
Simplesmente vão e me contem como foi. Que Allah esteja com vocês!
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