quarta-feira, 29 de agosto de 2018

#155 MIS + EXPOSIÇÃO: "HITCHCOCK - BASTIDORES DO SUSPENSE" - ENCERRADO

Olá, andarilhos. Tudo bem com vocês? Novidades?


Quem acompanha o blog sabe o quanto eu amo cinema. Sempre foi assim. Para mim, cinema nunca será um programa apenas para sentar na poltrona e comer pipoca ou ficar horas no Netflix. Para mim, cinema é estudo e uma questão comportamental. É coisa séria.
Na faculdade, entrei amando TV e rádio, mas saí alucinada por cinema. Estudar sobre isso é algo incrível.
Fui uma criança que acompanhava musicais do tipo "Grease, nos Tempos da Brilhantina" e se tornou fã de Charlie Chaplin. Aos 9 anos, assisti "Tempos Modernos pela 1a vez. Acho que isso não era algo para uma criança ver, mas foi tudo influência dos meus pais, que sempre tiveram gostos peculiares para tudo. Em termos de música, passeios, cultura... sobre tudo. Se não fosse por essa bagagem toda, talvez não teria feito Rádio&TV, escrito dois livros quase 3, ser curiosa o suficiente para questionar tudo e talvez o blog não existiria. Vamos aplaudir meus pais de pé, andarilhos!

O homenageado de hoje conheci aos 10 anos com o filme "Os Pássaros". E desde então, me apaixonei pelo trabalho dele e é uma das minhas maiores inspirações. Claro que depois do Tim Burton, que é a minha paixão eterna.

Vamos visitar a exposição "HITCHCOCK - BASTIDORES DO SUSPENSE?"



Quem ainda não conhece, Alfred Hitchcock foi um renomadíssimo diretor inglês, com uma extensa carreira da qual se dedicou até a sua morte. Durante 20 anos, ficou apenas na Inglaterra e só em 1940, se mudou para os Estados Unidos onde fez filmes como "Janela Indiscreta", "Um corpo que cai", "Trama Internacional", entre outros e apenas em 1960, filmou talvez o que seja o seu maior sucesso até hoje: "Psicose" ( aquele da mulher no chuveiro).

Então, é nessa atmosfera macabra que o público entrará. Conhecer melhor o trabalho do homem que revolucionou a sétima arte e mudou o jeito de fazer suspense é um presente para qualquer entusiasta do cinema.
Foram 53 filmes do qual ele acompanhava cada processo, cada pedacinho e não deixava escapar nenhum detalhe. Acredito que ele não era tão chato e perfeccionista como o Charlie Chaplin ( duvido que ele tenha refeito uma cena 324 vezes como Chaplin ), mas era tão exigente quanto.

Essa exposição, acredito eu, traçou todo o panorama de sua obra do qual é totalmente imersiva e interativa. Hitchcock trouxe elementos para seus filmes que é incabível discutir o quanto a sua qualidade é impressa em técnica. Hitchcock pensava além do seu tempo.
Esse pleno domínio, segurança e controle de quem sabia o que estava fazendo vemos nos dois andares da exposição.

Foi preciso andar durante 4 horas e meia para enxugar tudo e aproveitar o máximo de tudo aquilo que está sendo exposto. Sim, eu estava estudando, aprendendo e me admirando com a genialidade de um homem que é copiado e referência até hoje.

Sua marga registrada é a sonoridade. Não há filme de Hitchcock sem uma trilha sonora impactante e inesquecível. É especial ainda mais por que ele transitou do cinema mudo para o cinema falado e isso, logo vemos na primeira sala; um teto com facas tilintando em um ambiente bem escuro nos saúda. Logo, nessa coisa sádica, já sabemos o que vamos esperar.

É maravilhoso andar por itens originais de seu acervo pessoal como a coleção de fotos, manuscritos e rascunhos gentilmente cedidos pela filha dele, Patricia Hitchcock, além de itens escolhidos pela curadoria de André Sturm como storyboards, croquis ( desenhos) de figurinos, cartazes e materiais de divulgação, depoimentos e trechos de sua vida como diretor, além de inúmeras matérias de jornal.

Como eu disse acima, a exposição é bem interativa. Então, cada sala tem resumos e trechos dos seus filmes. Caso você entre em uma sala e tiver um telefone tocando, pelo amor de Deus, atenda. Não passe sem ignorar. É mais legal participar assim. O que foi dito no telefone? Não digo. Só atendendo para saber.
E imersiva também. Eu não quis participar, mas há uma sala de Escape Room baseada no seriado "Bates Motel" que é baseado no filme "Psicose". A fila para participar é bem grande e se você tive paciência, pode valer a pena esperar. O que não é o meu caso. Acho que ficar 4 horas e meia andando dentro de uma exposição de um dos seus caras favoritos na vida e não ficar para jogar é mais do que perdoável.

As fotos são maravilhosas. Queria ter conhecido e conversado com ele. Imagina o quanto eu não aprenderia? Vejo as imagens dele orientando a Grace Kelly, sua atriz preferida tal como Johnny Deep é para o Tim Burton, brigando, mexendo, conversando com os roteiristas, assistentes e atores. Tudo isso é tão incrível.
Para quem não sabe, Hitchcock fez figuração em seus próprios filmes. Figuração não é exatamente o termo, tem outro nome, mas não me recordo agora. Foram 39 aparições de 53 filmes. Tudo para substituir um figurante que não foi, por reclamar da verba de produção, no filme "Inquilino Sinistro" de 1927. Então, sempre que vemos um filme dele, pode ter certeza de que sua imagem aparecerá ali, durante segundos, sem fala.
Se, você, fã da Marvel e vê o Stan Lee fazendo isso, pode ter certeza de que foi inspirado no Tio Alfred.

E acho que chegamos, a parte mais esperada. A casa de "Psicose", onde tudo foi recriado e vemos mobília, objetos e decoração. Entramos na intimidade de Norman Bates.Tudo fotografável.

Um conselho: É melhor chegar bem cedo. Caso vá mais tarde, a fila estará bem grande. Cheguei por volta das 14h00 e já tinha bastante gente. Chegue antes!

Curtiu? Então, lá vai:

Endereço: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa ( Metrô Consolação - Sentido  Rua Augusta - Lado direito)
Telefone: 2217 4777
Site: http://www.mis-sp.org.br
Horários de Funcionamento: Terças-Feiras aos Sábados: 10h00 às 20h00 // Domingos e Feriados: 09h00 às 18h00 // Segundas-Feiras: FECHADO - Abertura da Recepção: meia hora antes da visitação
Possui GUARDA VOLUMES
Ingressos: R$12,00 ( inteira )// R$6,00 (meia) // Terças -feiras: GRATUITO, porém sujeito a lotação. Crianças até 5 anos não pagam // R$20,00 - inteira ( ONLINE) // R$10,00 - meia (ONLINE)
Os ingressos começam a ser vendidos a partir da abertura da recepção, sujeito a disponibilidade.

That's all, andarilhos. Cinema é arte e merece ser compartilhado. Vale a pena ingressar nesse universo tão único e tão peculiar de Hitchcock. Sua genialidade vive e vemos elementos dos seus filmes até hoje. Não consigo entender como é que tem gente que estuda Cinema, Rádio e TV e não conhece esse gênio. Aproveitem a exposição e me contem como foi depois. Combinado?

Beijos cinematográficos e até sábado.









Nenhum comentário:

Postar um comentário